Os números divulgados nesta segunda-feira (6) pelas secretarias estadual e municipal de Saúde são alentadores. Eles apresentam um balanço dos 40 dias de funcionamento do Gabinete de Crise, instalado emergencialmente para conter as consequências do colapso enfrentado por Goiânia na área. Números positivos foram obtidos nesse período, como atendimento em leitos de UTI em no máximo 24 horas, fim da fila de espera para internação e suprimento das unidades de saúde. Restam, no entanto, outros graves problemas a serem enfrentados, como o de pagamentos, que afetam a assistência nas maternidades, por exemplo. Os casos eletivos e ambulatoriais estão praticamente sem assistência. Outra situação que exige atenção imediata é a falta de macas nos postos de saúde, o que obriga ambulâncias a ficarem paradas à espera do equipamento para transferência do paciente. O governo estadual promete uma portaria que limitará o tempo a 20 minutos, enquanto o prefeito Sandro Mabel anuncia a intenção de criar uma central de macas, para melhor distribuição e gestão. Qualquer que seja a medida, é preciso agir diante de tão absurdo gargalo, que coloca vidas em risco.