Goiás pode ter papel estratégico na negociação com os Estados Unidos com relação ao tarifaço anunciado pelo governo Trump, previsto para vigorar a partir de agosto. O país americano manifestou claro interesse em estabelecer acordos com o Brasil para aquisição de minérios críticos, as terras raras. Trata-se de importante carta na manga nas conversações diplomáticas contra a taxação extra que, se aplicada, provocará grandes perdas econômicas para a cadeia produtiva. O subsolo brasileiro tem a segunda maior reserva de terras raras do planeta, e Goiás está entre os estados mais avançados na exploração dos minérios, estratégicos para a transição energética. Com três projetos, sendo que um deles é o único em produção no Brasil, o estado tornou-se foco de interesse de outros países. O Japão, por exemplo, já anunciou que quer investir no solo goiano, como forma de reduzir sua dependência da China. O acordo com os Estados Unidos depende agora de romper obstáculos com o governo brasileiro, mas já é fato que Goiás encontra-se em posição privilegiada, com chances de ser um dos protagonistas em negociação contra o tarifaço, além de ter possibilidade de atrair investimentos importantes para a economia local.