Goiás ficou estagnado em inovação nos últimos dez anos, segundo o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). Nesse período, o Estado recuou uma posição no ranking nacional, do 8º para 9º lugar, sendo ultrapassado pelo Espírito Santo e ficando muito atrás do líder nacional, São Paulo. Dois pontos pesaram para a perda: a qualificação da força de trabalho e a oferta de infraestrutura de apoio à inovação — constituída em laboratórios e parques tecnológicos. Com esses gargalos, apesar de ter melhorado o desempenho geral do Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento (Ibid), Goiás perdeu fôlego diante de outros estados, que avançaram mais rapidamente. A nota é calculada com base em 74 indicadores. Os pilares nos quais a economia goiana se sai bem são o ambiente de negócio e instituições, item em que saltou três posições em uma década. O ranking não é uma sentença, pois há outros estudos que demonstram mais ou menos dinamismo do estado. Há ilhas de inovação, como o Centro de Excelência em Inteligência Artificial da Universidade Federal de Goiás (UFG), e iniciativas como a edição anual da Campus Party. Mas Goiás precisa dar o salto para um ambiente inovador, e não depender apenas de iniciativas pontuais.