O gasto público é norteado pelos princípios da legalidade, transparência e economicidade. O gestor deve ter capacidade de gerir os recursos disponíveis, sem comprometer a prestação de serviços à população.Nesse ponto, faz bem o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), quando procura cortar desperdícios. Porém, é preciso cuidado extra quando o assunto é a saúde. A Prefeitura fez um acordo para reduzir os repasses para a gestora das três maternidades públicas da capital, a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc). O contrato de R$ 20,5 milhões foi para R$ 12,3 milhões. Assim, as maternidades Célia Câmara, Nascer Cidadão e Dona Iris deixarão de realizar atendimentos eletivos ligados à saúde da mulher, além de remanejar serviços. Desde o ano passado, esses hospitais atendem apenas casos de urgência e emergência, por causa da dívida do Município. A Fundahc alega débito de R$ 200 milhões. Só que a demanda pelos procedimentos eletivos existe e deve ser atendida. Desde agosto de 2024, 32 mil atendimentos deixaram de ser feitos. A austeridade com o dinheiro público é fundamental. Mas a planilha da Prefeitura também terá de incluir a garantia do acesso à saúde pela população.