Preocupa a decisão da futura gestão de restringir a oferta de vagas da educação de jovens e adultos na rede municipal de Goiânia. A proposta do prefeito eleito Sandro Mabel (UB) é de fechar 38 das 54 escolas que oferecem a EJA.

A intenção é que os anos finais do ensino médio (6º ao 9º ano), para estudantes com mais de 15 anos e com idade incompatível com a série, fiquem na rede estadual. A justificativa é que o estado tem unidades mais equipadas e oferece bolsa estudo.

Há uma série de questões que devem ser observadas. Uma delas é a distribuição geográfica das unidades de ensino. Nem sempre será possível atender os estudantes em escolas próximas de casa.

A oferta por meio do ensino a distância, apontada como alternativa, tampouco é a ideal, pois ignora a realidade social de parte do público atendido. E qualquer dificuldade adicional contribui para o aumento da evasão.

Complica ainda mais o fato de que a Secretaria Municipal de Educação (SMS) ainda não ter concluído os estudos para a mudança, o que só deve ocorrer na segunda quinzena de janeiro, conforme disse ao POPULAR a futura titular da pasta, Giselle Faria.

Essa falta de informações só colabora para afligir quem se esforça para recuperar o tempo perdido fora da sala de aula.

Menos vagas no EJA

Editorial

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Matéria - Opinião - Editorial

Não foram poucas as vezes que O POPULAR ouviu pais e responsáveis por estudantes da rede municipal de Goiânia reclamarem da falta de uniformes para os alunos. Agora, sabe-se um dos motivos: cerca de 100 mil peças mofavam em galpões alugados pela Prefeitura de Goiânia. Nesse caso, havia dois dutos de desperdício. Um ligado aos materiais (que corriam o risco de se perder) e outro ao aluguel dos depósitos. No ano passado, o jornal mostrou que a Secretaria Municipal de Educação (SME) pagava R$ 111,2 mil mensais por eles. Os kits de uniformes fazem parte de um contrato de R$ 15,6 milhões firmado em 2021, para o ano letivo de 2022. A existência deles só veio à tona após visita do prefeito Sandro Mabel (UB) aos galpões, no fim da semana passada. A vistoria encontrou 100 mil peças de vestuário (camisetas, jaquetas, bermudas etc) e 19 mil pares de tênis. Os uniformes ajudam na segurança escolar (dificultando a entrada de estranhos), facilitam a organização e promovem a igualdade entre os alunos. Em regiões mais carentes, têm um papel social importante, ao representarem economia para as famílias. Quando não os entregou a quem de direito, a gestão anterior rasgou dinheiro público e feriu a dignidade de milhares de estudantes.

Uniformes esquecidos

Webstories - Mulher presa em enxurrada

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Prefeito Sandro Mabel anuncia parceria com aplicativo Waze em Goiânia (Alex Malheiros/Prefeitura de Goiânia)

O aplicativo de navegação por GPS Waze passará a indicar rotas alternativas para evitar que motoristas transitem pela <a href="https://opopular.com.br/cidades/alagamento-em-trechos-de-obras-recentes-da-marginal-botafogo-traz-preocupac-o-1.3192857" target="_blank">Marginal Botafogo durante períodos de chuva</a> em Goiânia. A iniciativa foi anunciada nesta quarta-feira (5) pelo prefeito Sandro Mabel. Com a nova funcionalidade, a Defesa Civil poderá realizar interdições virtuais diretamente no aplicativo.

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 85, 128); font-size: 12px; outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a>

Essa ação faz parte de uma parceria entre o Waze e a Prefeitura de Goiânia. Segundo o prefeito, a medida é preventiva e visa minimizar os impactos das chuvas enquanto o Gabinete de Crise Climática busca recursos para a realização de obras estruturais, como a construção de <a href="https://opopular.com.br/cidades/prefeito-prop-e-piscin-es-para-salvar-a-marginal-botafogo-1.3220490" target="_blank">piscinões de contenção</a>. O objetivo dessas obras é evitar que grandes volumes de água sejam direcionados ao leito do Córrego Botafogo, reduzindo o risco de alagamentos.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/adensamento-de-via-pode-agravar-situac-o-da-marginal-botafogo-1.3226250" target="_blank">Adensamento de via pode agravar situação da Marginal Botafogo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/prefeitura-traca-plano-de-ac-o-para-temporais-em-goiania-1.3224623" target="_blank">Prefeitura traça plano de ação para temporais em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/prefeito-prop-e-piscin-es-para-salvar-a-marginal-botafogo-1.3220490" target="_blank">Prefeito propõe piscinões para salvar a Marginal Botafogo</a></div>

Além disso, a prefeitura firmou parceria com mais de 20 emissoras de rádio para emitir alertas sobre chuvas e riscos de enchentes. O coordenador municipal da Defesa Civil, Robledo Mendonça, informou que os membros do Gabinete de Crise Climática estão sendo treinados para operar a ferramenta de interdição virtual do Waze.

<h2>Chuvas e Alagamentos</h2>

De acordo com o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), o período chuvoso deve se estender até o final de abril. Desde setembro do ano passado, a Defesa Civil identificou 129 pontos de alagamento na cidade.

O diretor de Trânsito da Secretaria de Engenharia de Trânsito (SET), Luís Tiago Santos, destacou que o trecho mais crítico fica no cruzamento com a Avenida Independência. Outros pontos de atenção incluem áreas próximas ao complexo viário da Avenida Jamel Cecílio, o acesso à Rua 91, no Setor Sul, e o complexo Mauro Borges, também no Setor Sul, próximo ao Ministério Público estadual.

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<h2>Queda de 34 árvores em apenas um dia</h2>

A combinação entre ventos fortes e a pancada de chuva que caiu à tarde fez com que a quarta-feira (5) fosse um dos dias mais trabalhosos para a equipe de Parques e Jardins da Companhia Municipal de Urbanização de Goiânia (Comurg) nesta temporada chuvosa. A empresa divulgou que, até o início da noite, havia chamados para <a href="https://opopular.com.br/cidades/tempestade-com-ventos-fortes-assusta-e-derruba-34-arvores-em-goiania-1.3228057" target="_blank">34&nbsp;quedas de árvores</a>&nbsp;e outros 5 para galhos caídos somente na capital. Ruas foram bloqueadas e um homem ilhado precisou ser resgatado pelos Bombeiros.

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Queda de árvore interdita completamente rua no Jardim América (Wildes Barbosa / O Popular)

As ocorrências se espalharam praticamente por todas as regiões da cidade, como nos bairros Jardim Guanabara (norte) – setor onde houve mais quedas –, Pedro Ludovico (Sul), Nova Vila (Centro), Bairro Goiá (Oeste) e Vila Santa Helena (região de Campinas). O caso mais marcante ocorreu na Avenida Goiás Norte, no Setor Urias Magalhães. Uma árvore ao cair feriu um motociclista no rosto. Ele foi levado para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage (Hugol), mas em quadro sem maior gravidade, segundo informações.

Waze passará a indicar outros caminhos para motorista não passar na Marginal Botafogo durante as chuvas em Goiânia

Cidades

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ROTAS ALTERNATIVAS

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O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), afirmou, nesta quarta-feira (5), que 31 funcionários da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) foram afastados dos cargos em meio a investigações de suposto desvio de conduta. “São pessoas que precisam entender que o serviço público precisa ser respeitado. Não pode ter desvio, não pode faltar, tem que ser uma coisa que a pessoa tem que gostar do emprego dela e tem que entender que é pago pelo contribuinte”, disse o prefeito, em vídeo publicado nas redes sociais.

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Mabel disse que “seremos duros com quem não andar direito na Prefeitura” e que estes são “os primeiros 31”. Segundo o prefeito, a medida pode atingir mais servidores, “se as pessoas não arrumarem suas condutas”.

Ainda nesta quarta, em entrevista coletiva, Mabel também questionou a possibilidade de <a href="https://opopular.com.br/politica/paco-busca-viabilizar-aporte-de-r-190-milh-es-na-comurg-1.3227552" target="_blank">aporte de R$ 190 milhões</a> da Prefeitura para a Comurg. “A minha conta é de <a href="https://opopular.com.br/politica/comurg-quer-r-100-milh-es-para-promover-demiss-es-1.3225881" target="_blank">R$ 100 milhões</a>. Aí, apareceram com o número de R$ 190 milhões, que até vou perguntar para o presidente (da Comurg, Cleber Aparecido Santos) quem deu esse número. Eu acho que esse número está errado.” Mabel disse que os R$ 100 milhões devem ser usados para as rescisões dos aposentados.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/paco-busca-viabilizar-aporte-de-r-190-milh-es-na-comurg-1.3227552" target="_blank">Paço busca viabilizar aporte de R$ 190 milhões na Comurg</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/politica/comurg-quer-r-100-milh-es-para-promover-demiss-es-1.3225881" target="_blank">Comurg quer R$ 100 milhões para promover demissões</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/politica/repasse-a-comurg-tem-de-ser-detalhado-diz-mp-1.3228089" target="_blank">Repasse à Comurg tem de ser detalhado, diz MP</a></div>

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Segundo Mabel, o objetivo é fazer o aporte para aumento de capital da companhia. “Eu preciso fazer um aumento de capital para viabilizar a empresa. Eu não posso ficar o tempo inteiro mandando dinheiro para lá. É preciso ir viabilizando”, disse o prefeito. <a href="https://opopular.com.br/politica/repasse-a-comurg-tem-de-ser-detalhado-diz-mp-1.3228089" target="_blank">O MP-GO</a> não concorda com o uso de recurso de aumento de capital na rescisão de contratos.

<div attr-cid="policy:1.3218225" attr-version="policy:1.3218225:1736440348" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3218225" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3218225', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3218225">webstories (1.3218225)</a></div>

Mabel volta a falar sobre afastamento de servidores da Comurg

Política

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Matéria - Política

Prefeitura de Goiânia

Um dia após a ida do prefeito Sandro Mabel (UB) à Câmara Municipal de Goiânia para a abertura dos trabalhos da 20ª legislatura, vereadores subiram o tom contra o mandatário na sessão ordinária desta quarta-feira (5). Eles criticaram a tentativa de Mabel de aplicar modelos de administração privada na gestão pública e saíram em defesa dos servidores municipais, alertando para o risco de desrespeito aos seus direitos. Além disso, levantaram questionamentos sobre a transparência da cobrança da taxa do lixo.

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Lucas Vergílio (MDB) disse que a eleição de Mabel trouxe expectativas de eficiência e inovação, mas que a gestão pública exige respeito à legalidade e ao interesse coletivo. “No setor privado, as decisões são tomadas com base na autonomia do gestor e no desempenho econômico. Já na administração pública, a legalidade é inegociável. Sem ela, não há estado”, afirmou.

O emedebista criticou a postura do prefeito ao ignorar questionamentos técnicos e jurídicos, alertando para as consequências de decisões unilaterais. “Uma boa administração não se faz com modelos importados do setor privado, mas com respeito à lei e valorização dos servidores”, completou.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/sabrina-critica-indicac-es-com-cruz-e-quer-regular-emendas-1.3228086" target="_blank">Sabrina critica indicações com Cruz e quer regular emendas</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/politica/prefeitura-de-goiania-teve-deficit-de-r-389-milh-es-em-2024-1.3227566" target="_blank">Prefeitura de Goiânia teve déficit de R$ 389 milhões em 2024</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/politica/primeiros-projetos-testar-o-a-base-afirma-novo-presidente-da-ccj-1.3227559" target="_blank">Primeiros projetos testarão a base, afirma novo presidente da CCJ&nbsp;</a></div>

Aava Santiago (PSDB) também expressou preocupação com o clima de tensão entre o Executivo e o Legislativo, enfatizando que, neste primeiro contato da Câmara com o Paço, ainda não está clara a ordem de prioridades. A tucana criticou a hostilidade do prefeito em resposta a pedidos de valorização dos servidores, como os agentes de trânsito, feita por Vergílio na sessão de terça-feira.

“Qual Goiânia queremos? Uma cidade onde os trabalhadores são tratados como vilões? Não podemos reconstruir Goiânia com servidores imprensados na parede”, disse Aava, que sugeriu que o sistema de inteligência da Prefeitura, usado para investigar atestados médicos de servidores, seja estendido para fiscalizar contratos da Comurg e da LimpaGyn e a aplicação da taxa do lixo.

Novato na Câmara, Coronel Urzêda (PL) criticou a aprovação da taxa do lixo e disse, sem citar nomes, que “nos enganaram com discurso” de que a implementação do tributo “era obrigatória”. Ele disse que a forma da cobrança pode ser injusta, especialmente para moradores que produzem menos resíduos. “Minha mãe mora sozinha e produz cerca de 1 kg de lixo por dia. Já o vizinho dela, que mora com dez pessoas, produz 20 kg. Seria injusto cobrar o mesmo valor dos dois”, afirmou.

Urzêda sugeriu que a cobrança fosse simbólica, no valor de R$ 5 para todos, ou temporária, até que se definisse um critério mais justo. O parlamentar ainda cobrou explicações do secretário da Fazenda, Valdivino de Oliveira, sobre os critérios e prometeu fiscalização.

“Enganaram a gente com discurso aí que era obrigado a implantar a taxa de lixo e não era. É facultativo. Sugeri que seja simbólica, 5 reais para todo mundo, ou temporária. Estou preocupado como vai se fazer isso. Eu vou ficar atento e não vou aceitar que se cobre de quem produz menos lixo igual de quem produz mais”, disse. “O senhor secretário da Fazenda tem de nos explicar. Se não tem jeito, revoga a lei. Nós vamos fiscalizar e saber se todo mundo vai pagar igual. O que mais tem nessa casa é advogado”, seguiu Urzêda.

Vereadores criticam prefeito um dia após ida à Câmara

O Popular