É desoladora a situação do Mutirama, referência de lazer para moradores e visitantes em Goiânia. Criado em 1969, e agora batizado com o nome de seu idealizador, o ex-prefeito Iris Rezende, o parque tem vários brinquedos estragados, como mostra reportagem nesta edição. O Mutirama recebe cerca de 20 mil pessoas por mês, segundo cálculos do ano passado. Desde a inauguração, teve fases de brilho, mas também momentos de crise. Em 2011, ficou dois anos fechado para reforma, envolta em polêmica por causa dos valores envolvidos. Mas foi em 2017 que o parque viveu um dos momentos mais tristes. Primeiro, por causa de uma investigação do Ministério Público sobre desvio da arrecadação com ingressos. Depois, um acidente com uma das atrações, o Twister, feriu 13 pessoas. O local foi fechado e reaberto só dois anos mais tarde, com ingressos gratuitos. No fim de 2024, o então prefeito da capital, Rogério Cruz (SD), assinou a lei 11.268, que tornou o ponto de lazer Patrimônio Cultural e Material de Goiânia. O honroso título, porém, não significou melhorias efetivas. Ao contrário.O Mutirama faz parte da história da capital e é referência afetiva para muitos de seus moradores. Recuperá-lo deve ser um compromisso da gestão municipal.