A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investigou o contrato do Consórcio Limpa Gyn com a Prefeitura de Goiânia, para a coleta de lixo, terminou de maneira frustrante — ainda que não surpreendente. Depois de 111 dias de trabalhos, os vereadores aprovaram um relatório anódino, que deixou para trás alguns indícios que mereciam mais apuração.É o caso, por exemplo, das condições inadequadas de funcionamento do Aterro Sanitário e das fragilidades no sistema de medição e pagamento dos serviços prestados. Em diligências, os membros da CEI identificaram inconsistências, como a falta de rastreabilidade das rotas e a dificuldade para o trabalho de fiscalização por parte do Legislativo. Como a comissão encerrou os trabalhos precocemente, não foi possível confirmar ou descartar tais situações, assim como as suspeitas levantadas inicialmente pelos próprios vereadores sobre a idoneidade do processo de terceirização do serviço. A conclusão melancólica da CEI deu sinais ao longo das sessões. Os interrogatórios se concentraram em servidores de segundo e terceiro escalões, e oitivas de agentes importantes foram feitas por e-mail. No fim, a CEI do Limpa Gyn entra para o rol daquelas que pouco produziram de útil.