É muito grave quando agentes da segurança pública se envolvem em atividades criminosas. Por isso, é fundamental que a investigação sobre a suposta participação de três policiais militares — que, segundo a Polícia Civil, contaram com a ajuda de mais dois homens — na morte do empresário Fabrício Brasil Lourenço seja conduzida de forma técnica.Fabrício foi morto na noite de 4 de outubro, em frente à pastelaria da qual era proprietário, no Bairro Feliz, região leste de Goiânia. Câmeras de segurança flagraram quando os assassinos se aproximaram e dispararam contra ele. O empresário foi atingido por dez tiros. A Polícia Civil ainda apura a motivação do crime.Infelizmente, não se trata do primeiro episódio do tipo. No ano passado, seis integrantes do Comando de Operações de Divisas (COD) se tornaram réus por, supostamente, simularem um confronto no Setor Jaó, na capital. Três deles devem enfrentar o júri popular.Casos assim precisam ser apurados com independência — e a Polícia Civil e o Ministério Público já demonstraram isso anteriormente. Por parte da PMGO, a Corregedoria deve cumprir seu dever com rigor, para separar o joio do trigo e preservar a corporação. Sempre, obviamente, garantindo a ampla defesa.