A Prefeitura de Goiânia desenhou um plano de recuperação para a Comurg, a fim de torná-la sustentável. A partir do aporte de R$ 190 milhões, a projeção é de que ela seja superavitária em agosto deste ano e que, em 2026, “caminhe com as próprias pernas”. O recurso será dividido em R$ 100 milhões para acertos trabalhistas para 692 empregados que a serem demitidos, R$ 45 milhões para pagamento de precatórios e outros compromissos, e R$ 45 milhões para sanar o déficit operacional. O Paço Municipal atua junto ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) para que a transferência não tenha de ser aprovada na Câmara Municipal. Uma tentativa de evitar interferências. É um plano ousado e dispendioso. Talvez seja uma última chance para evitar a liquidação da companhia, que há muito tempo deixou de prestar com qualidade os serviços a que se destina. Em vez disso, tornou-se cabide de emprego. O mínimo que se espera, após um gasto dessa proporção, é que a Comurg execute o que lhe restou, após a terceirização da coleta de lixo, com o mínimo de competência. Caso contrário, não há justificativa para que ela continue existindo apenas como fonte de gastos para o contribuinte.