O cronograma do programa de descarbonização do transporte coletivo da região metropolitana de Goiânia, infelizmente, atrasou. A previsão era de que 150 ônibus a bateria estariam no sistema até o fim do ano passado, mas o governo estadual tem nova data e aposta em um novo modelo de veículo. Hoje, há 14 rodando: 2 no Eixo Anhanguera e 12 no BRT Norte-Sul. A frustração é explicada pela concorrência com outros compradores, o que sobrecarrega as montadoras, e pela dificuldade do fabricante de entregar ônibus do porte exigido. Diante dessa realidade, o governo parte para a diversificação. Até o fim de 2026, promete, haverá 100 elétricos e 50 a biometano, um combustível renovável, em uma frota de 1,5 mil veículos. É uma aposta ousada. Além da aquisição dos ônibus, há o desafio de produção e distribuição. Goiás tem uma usina em operação e duas em construção, além de seis empresas que manifestaram interesse. A saída para suprir a demanda até a conclusão é comprar o produto fora.A Coalisão para a Transição Urbana estima que o transporte é responsável por até 60% das emissões de gases de efeito estufa. Portanto, ter uma frota mais verde é uma política pública correta. Ao governo cabe acelerar a transição.