A relação entre o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), e a Câmara Municipal se deteriorou nos últimos dias. O atrito se agravou com a inclusão de emendas ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o que levou o Paço Municipal a retirar o texto da pauta. Além de interromper a tramitação da LDO, Mabel fez duras críticas aos vereadores, utilizando termos agressivos ao se referir aos parlamentares como “figurinhas” e “malandrinhos”. Em resposta, a Câmara aprovou, nesta terça-feira (30), uma nota de repúdio contra o chefe do Executivo. O texto afirma que, ao usar tais expressões, Mabel atingiu não apenas alguns vereadores individualmente, mas toda a Casa. Divergências entre o Paço Municipal e a Câmara são naturais, desde que se respeite a autonomia de cada Poder. O que tem ocorrido nos últimos dias, porém, ultrapassa o tom esperado de uma relação institucional. Espera-se que o clima tenso não prejudique os projetos de que a cidade precisa, pois os interesses da coletividade devem estar sempre acima de picuinhas corporativas. A história recente de Goiânia prova como a cidade sai perdendo quando os homens públicos se esquecem dessa premissa.