A operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal na quinta-feira (8), bem como a apuração dos atos de 8 de janeiro, remontam a um incômodo passado. Um dos alvos da ação foi o tenente-coronel Guilherme Marques Almeida, comandante do Batalhão de Operações Psicológicas, localizado na região norte de Goiânia. O oficial é suspeito de integrar o “núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral” — a central de fakenews montada para desacreditar as eleições de 2022. O batalhão liderado por Marques Almeida — a quem deve ser garantido amplo direito de defesa — integra o Comando de Operações Especiais. A estrutura nasceu como 10º Batalhão de Caçadores, no governo de Juscelino Kubitschek, em abril de 1960. Após o golpe de 1964, o local sediou inquéritos militares dirigidos pelo coronel Danilo Darcy de Sá, que culminaram na cassação de centenas de agentes políticos goianos.