Os vereadores de Goiânia, inclusive os que compõem a base do prefeito Sandro Mabel (UB), ensaiam uma rebelião na Câmara Municipal. Na sessão de terça-feira (2), membros do primeiro e do segundo escalões do Paço foram duramente criticados no plenário — e não foi a primeira vez.Os alvos foram o titular da Secretaria de Engenharia de Trânsito (SET), Tarcísio Abreu, e uma diretora da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Os ataques ganham força por não serem inéditos — outros secretários já receberam críticas públicas — e por terem partido do presidente da Câmara, Romário Policarpo (PRD), e do líder do prefeito, Igor Franco (MDB).Por trás dos discursos de insatisfação estão as emendas impositivas. Desde o início do mandato, Mabel tenta conter o apetite dos parlamentares sobre os recursos do município, o que tem provocado reações.Em reunião nesta quarta-feira (2), no Paço Municipal, o clima entre os vereadores e o prefeito era mais ameno e não lembrava nada o que se viu no plenário da Câmara. Mas esse jogo de tensão e distensão entre Legislativo e Executivo já foi visto na gestão de Rogério Cruz — e, todos se lembram, o resultado para a cidade foi o pior possível.