Com a gestão, que assumiu há menos de um mês, surgem novas informações sobre como a Comurg se transformou em um sorvedouro de recursos públicos. O pacote que se abre está recheado de salários inflados artificialmente, gratificações concedidas sem critério e pagamento de indenizações com valores exorbitantes a membros do alto escalão. Um dos casos que chama a atenção é o de um servidor da limpeza urbana que recebeu mais de R$ 50 mil em diversos meses de 2024. O salário-base desse funcionário era de R$ 1,5 mil, segundo investigação do Ministério Público. Nos últimos dias, veio à tona o escândalo das indenizações milionárias. Há indenizações, concedidas por meio de acordos extrajudiciais, de R$ 336 e até R$ 662 mil. A investigação interna suspeita que esses pagamentos abasteciam um esquema da chamada “rachadinha”. Todos esses problemas ocorreram em um contexto de loteamento político da companhia, e as denúncias reforçam, mais uma vez, que a Comurg serviu muito mais a apetites pessoais que à população. É preciso estancar de vez essa sangria de dinheiro público, que contribuiu para a anemia dos serviços essenciais em Goiânia, e promover a sanitização completa da companhia.