A explosão de fogos de artifício por vários pontos de Goiânia e região metropolitana, na noite de terça-feira (4), provocou receio na população e deve ser investigada com rigor pelas forças de segurança pública de Goiás pela gravidade que representa. A manifestação é atribuída a integrantes e simpatizantes do Comando Vermelho — facção que nasceu nos presídios do Rio de Janeiro na virada da década de 1970 para a de 1980, se estabeleceu nos morros da capital fluminense e se espalhou por todo o Brasil. O objetivo seria “homenagear” membros da organização criminosa mortos durante operação no Rio, semana passada, que resultou em mais de 120 cadáveres. Entre eles, criminosos de Goiás que estavam refugiados nos complexos do Alemão e da Penha, onde ocorreram os confrontos. O próprio governo goiano admite que faccionados radicados no estado procuram abrigo no Rio de Janeiro. O foguetório foi uma tentativa da facção de demonstrar força. É momento, portanto, de ação rápida das polícias goianas — em um primeiro momento, foram presas mais de 30 pessoas — para coibir ações mais ousadas do crime. Tal tarefa exige um meticuloso trabalho de inteligência.