A atual gestão tem executado um plano de recuperação na Comurg. A etapa atual consiste no desligamento de servidores aposentados que permaneciam vinculados à empresa.São 667 pessoas nessa situação, com estimativa de uma economia de R$ 48 milhões por ano. Embora pareça pouco diante do rombo companhia — somente na dívida ativa da União há R$ 1,75 bilhão em aberto —, cada centavo economizado é relevante.Em dezembro de 2024, havia 532 servidores comissionados, segundo a própria companhia. Hoje, são 102. A folha de pagamento saiu de R$ 46,7 milhões para R$ 32,9 milhões em um ano.Há 38 sindicâncias em andamento para apurar possíveis irregularidades em acordos trabalhistas extrajudiciais. Em apenas quatro casos, os valores somam R$ 1,4 milhão, dos quais R$ 755 mil teriam sido repassados a servidores que facilitaram tais acertos. A Prefeitura também realizou um aporte financeiro, cuja projeção inicial era de R$ 190 milhões, mas foi reduzida para R$ 140 milhões.Durante anos, a Comurg foi utilizada como cabide de empregos para indicados políticos e tornou-se um sorvedouro de recursos públicos. Ainda há muito a ser feito, mas uma empresa saneada terá condições de prestar um serviço eficiente a Goiânia.