Os mercados municipais são cartões de visitas para quem quer conhecer uma nova localidade. Ao contrário dos shoppings, que são iguais em qualquer canto do mundo, esses refúgios preservam um pouco da história local, dos hábitos alimentares às manifestações artísticas. Em Goiânia, há uma série deles, alguns quase contemporâneos da fundação da cidade. Os mercados de Campinas, da Vila Nova, do Bairro Popular e o Centro-Oeste são da década de 1950. O do Setor Pedro Ludovico é de 1963. É nesses centros que o consumidor ainda encontra itens que remetem às raízes goianas, além de produtos oriundos da agricultura familiar. Contudo, os prédios sofrem com estrutura deteriorada e perda de público. Em muitas cidades, equipamentos do tipo são atrativos turísticos, colaborando com a economia local. Nesse contexto, o projeto de recuperação tocado pela Prefeitura de Goiânia deve ser encarado com bons olhos, ainda que seja tímido. Ao custo de R$ 2,5 milhões, a promessa é de que todos eles sejam beneficiados. O Mercado do Bairro Popular, conhecido como Mercado da 74, em alusão à rua onde está localizado, é um bom exemplo de que a revitalização pode trazer uma nova vida para esses espaços.