Goiás tem quase 14 mil estrangeiros em situação de vulnerabilidade, segundo levantamento da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social. A população de migrantes, refugiados e apátridas (pessoas que não têm nacionalidade reconhecida por nenhum país) cresce, mas ainda é tratada com pouca prioridade pelo poder público. A maior parte dessas pessoas vem de países com graves problemas sociais, como Venezuela (45%), Haiti (12%) e Colômbia (10%). Procuram aqui melhores condições de vida e estabilidade política, o que nem sempre encontram. Em Goiânia, são cerca de 4 mil delas. É possível ver muitas nos cruzamentos da capital, com famílias inteiras, inclusive crianças, pedindo donativos. Outra porção sobrevive com subempregos e atividades informais. A partir de janeiro o estado terá o primeiro plano com políticas destinadas a esse grupo. O próprio governo estadual admite que chega com atraso. Essa população precisa de ações que garantam a segurança alimentar, moradia, trabalho e combate à xenofobia, para que seja verdadeiramente inserida na sociedade goiana e tenha direito à dignidade como os demais cidadãos que vivem no estado.