A investigação sobre a morte de uma estudante de medicina de Mineiros, em Goiás, começou com a suspeita de suicídio, mas revelou um caso de venda ilegal de medicamentos. De acordo com a Polícia Civil, a graduanda teria sido vítima de overdose provocada por um coquetel contendo analgésico, ansiolítico e substância para emagrecimento e controle do diabetes. Foram presos um médico, dois farmacêuticos e o atendente de uma drogaria. Os indícios são de que as receitas eram estocadas no estabelecimento para facilitar o comércio de medicamentos sem a devida indicação para cada paciente. Em Goiânia, como mostrou O POPULAR, cerca de 200 drogarias foram punidas por essa prática, desde 2022. Oito delas foram interditadas. O número tende a ser maior, por causa da subnotificação e alta incidência de automedicação, inclusive com medicamentos sujeitos ao controle especial. A situação se agravou após a suspensão do sistema que gerenciava esses produtos no Brasil.