Ranking do Ministério da Agricultura e Pecuária traz uma boa notícia para Goiás. Das cem cidades mais ricas do agronegócio, 11 são goianas, o que evidencia a força do estado no setor. O cruzamento da informação com dados do IBGE sobre escolaridade revela, por sua vez, um dado preocupante. Os municípios que se destacam em riqueza econômica no agro não têm desempenho satisfatório na escolarização, na faixa dos 6 aos 14 anos. Isso mostra que a movimentação de produtos, renda e impostos não está sendo adequadamente utilizada para o efetivo desenvolvimento do município e qualidade de vida da população. Sem políticas públicas eficientes para investimento na educação, a riqueza econômica não se reflete em melhorias sociais e redução da desigualdade. O resultado disso é, ao contrário, aprofundamento na divisão de classes e empobrecimento de um grande grupo populacional. Longe da escola, crianças e adolescentes são empurrados para a violência e para o trabalho precoce, distanciando-se cada vez mais de um futuro como cidadão e perdendo as chances de competir . As gestões públicas precisam enxergar que riqueza não é só dinheiro.