O acesso à saúde é garantido pela Constituição Federal, juntamente com direitos como educação, moradia, segurança, trabalho e outros direitos fundamentais. O texto constitucional estabelece que o Estado deve promover políticas públicas que assegurem esse acesso de forma igualitária e universal.A Prefeitura de Goiânia tem falhado no cumprimento desse dever, como pode ser visto em reportagem publicada nesta edição. Às queixas diárias dos cidadãos soma-se agora um relatório do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que identificou problemas graves na rede municipal, principalmente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).O órgão visitou 51 unidades na primeira quinzena de novembro. Durante a inspeção, foram constatados problemas estruturais — como cadeiras danificadas nas recepções —, salas de vacinação fechadas ou com funcionamento parcial e ausência de profissionais. A situação é tão precária que o TCM encontrou até falta de medicamentos e insumos, como ataduras.É inaceitável que uma unidade de saúde que atende a população mais vulnerável não consiga fornecer o básico. A gestão municipal deve corrigir essas lacunas com urgência, pois vidas estão em risco.