O transporte público é um direito social acolhido pela Constituição Federal. Desde 2015, ele foi incluído no artigo 6º, junto da saúde, educação, alimentação, lazer, moradia e segurança, entre outros. Usufruir desse direito, no entanto, nem sempre tem sido possível. Estudo global recente, da companhia alemã Numbeo, estima que o brasileiro que ganha um salário mínimo compromete 20% dele em seu descolamento por este modal. Em Goiânia, conforme o mesmo levantamento, são 15% do salário mínimo. É aí que entram as políticas públicas para diminuir o rombo no orçamento familiar. Na região metropolitana da capital, elas se traduzem em gratuidades, tarifas reduzidas (Passe Livre do Trabalhador, Cartão Família) e subsídio. Por meio dele, a tarifa ao usuário está congelada desde 2019 em R$ 4,30. O valor para as empresas do setor (a tarifa técnica) é de R$ 9,38, e a diferença é complementada pelo governo estadual e as prefeituras, por meio de recursos arrecadados com os tributos. Em agosto, o subsídio foi de R$ 50 milhões. Está em discussão o reajuste, que traz preocupação aos prefeitos recém-eleitos. Contudo, está é uma política que beneficia milhares de cidadãos, e que merece prioridade nos orçamentos.