Em Goiás, desde 2019, o governo estadual e as prefeituras de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Trindade e Goianira custeiam parte do sistema de transporte da região metropolitana da capital.O subsídio tem um custo elevado. Em novembro, foram R$ 70 milhões. Graças ao investimento, a tarifa para o usuário está congelada há seis anos em R$ 4,30. Sem ele, a passagem custaria R$ 8,20. Para se ter uma ideia do alcance, só em outubro foram 12 milhões de viagens subsidiadas.Porém, nem tudo são flores. O gasto pressiona os cofres dos municípios, especialmente os menores. É o que ocorre com Goianira e Trindade, que estão inadimplentes, como mostra reportagem nesta edição. Os débitos chegam a R$ 27,6 milhões e R$ 16,9 milhões, respectivamente. Os moradores dessas cidades correm o risco de ter de arcar com a tarifa cheia.Os casos de Goianira e Trindade colocam o modelo em xeque, mas, em tempos em que se discute a tarifa zero, é fundamental que não ocorra retrocesso em Goiás. O subsídio é uma política pública de grande impacto social: por meio dele, mais pessoas têm acesso ao serviço, o que amplia as oportunidades de trabalho, estimula o comércio com mais gente circulando e contribui para a mobilidade urbana.