A morte de Bruno Alexandre Ribeiro, de 47 anos, durante um provável surto psicótico no domingo passado, suscita mais uma vez o questionamento sobre a capacitação da Polícia Militar de Goiás para lidar com situações semelhantes. A corporação agiu após ser acionada pela família da vítima. Segundo os policiais que atenderam a ocorrência, Bruno estava armado com uma faca e não recuou mesmo com o uso de “munição de impacto controlado”. Diante da agressividade, teria sido necessário recorrer à arma de fogo. Imagens mostram Bruno sendo atropelado pela viatura e, depois, é possível ouvir dois tiros. A família fala em excesso. Apenas uma investigação minuciosa poderá esclarecer os fatos. É, pelo menos, o quarto caso similar em um período recente. Luiz Cláudio Dias, 59 (em janeiro deste ano), Vinícius Vieira Brito, 40 (em abril), e José Carlos Alves Coimbra, 49 (em agosto de 2022), foram mortos durante supostos surtos que demandaram a intervenção da polícia. Por mais que a corporação insista que segue as melhores práticas, a recorrência indica que há necessidade de garantir equipamentos adequados e qualificação para os profissionais de segurança que vão lidar com pessoas nessa condição.