É inadmissível que ainda existam casos de exposição de trabalhadores a condições degradantes, como os revelados pelo POPULAR nesta segunda-feira (13). Durante inspeção em duas empresas em Goiás, o Ministério Público do Trabalho (MPT) resgatou 108 pessoas submetidas ao que, no jargão popular, é conhecido como “trabalho escravo”. Elas atuavam em duas empresas em recuperação judicial. Segundo o relatório do MPT, os trabalhadores não tinham acesso a banheiros — precisavam fazer suas necessidades fisiológicas no mato —, a água era imprópria e os alojamentos estavam superlotados, com mau cheiro e sem ventilação. Em resumo, o ambiente de trabalho era indigno. As empresas foram obrigadas a assinar um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), comprometendo-se a pagar verbas indenizatórias de R$ 1,5 milhão. Todo ano, o Ministério do Trabalho atualiza a chamada “Lista Suja”, que inclui empresas que expõem funcionários a esse tipo de condição. Infelizmente, Goiás é um dos líderes dessa lista, com 21 empresas incluídas.