O Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG) atingiu, em 2024, uma marca histórica no número de transplantes. Foram mais de 180 procedimentos, segundo a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). Além do volume, chama a atenção a diversificação. Em 2022, a unidade atuava apenas com transplantes de fígado e rim. Desde então, foram incluídos pâncreas, pâncreas-rins e medula óssea, no rol de cirurgias. Com 1,2 mil transplantes nos últimos três anos, atualmente é a maior do Centro-Oeste nesta especialidade. Os números devem ser comemorados, especialmente em um contexto em que grande parte das famílias resiste à doação. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 45% delas se recusam a disponibilizar os órgãos de parentes falecidos. Esse comportamento, no entanto, tem melhorado gradualmente. No ano passado, o número de doadores efetivos chegou a 4 mil, o que possibilitou o aumento dos transplantes no País. Ainda assim, 78 mil pessoas aguardam por um órgão. Em Goiás, são 2,4 mil pacientes. A maior demanda é por córneas, com 1,7 mil na fila. Diante de dificuldades logísticas e da resistência da população, o HGG é um exemplo positivo do funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil.