A operação nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, realizada na terça-feira (28), é mais um alerta de que o combate ao crime organizado não pode ser isolado. As facções atuam em todo o território nacional e têm ramificações no exterior.No Rio, mais uma vez, uma facção demonstrou grande poder de fogo, com uso intensivo de armamento tipicamente militar — como fuzis — e até drones capazes de lançar granadas.É preciso, ainda, discutir a metodologia e a eficácia dessas incursões. Não é a primeira vez — e tudo indica que não será a última — que o resultado é uma pilha de corpos. A contagem já ultrapassava 120 até o início da noite de ontem, sem qualquer esperança de que a segurança da população tenha alguma melhora.As facções estão presentes em todos os estados. Em Goiás, inclusive, como bem demonstraram a operação Carbono Oculto e a recente ação do Ministério Público em parceria com a Polícia Penal do estado, em presídios goianos.Já passou da hora de os agentes públicos deixarem de lado as diferenças políticas e se unirem para combater aquele que é o principal mal da segurança pública no Brasil. Para enfrentar o crime organizado, governo federal e estados devem agir juntos.