Não foram poucas as vezes que O POPULAR ouviu pais e responsáveis por estudantes da rede municipal de Goiânia reclamarem da falta de uniformes para os alunos. Agora, sabe-se um dos motivos: cerca de 100 mil peças mofavam em galpões alugados pela Prefeitura de Goiânia. Nesse caso, havia dois dutos de desperdício. Um ligado aos materiais (que corriam o risco de se perder) e outro ao aluguel dos depósitos. No ano passado, o jornal mostrou que a Secretaria Municipal de Educação (SME) pagava R$ 111,2 mil mensais por eles. Os kits de uniformes fazem parte de um contrato de R$ 15,6 milhões firmado em 2021, para o ano letivo de 2022. A existência deles só veio à tona após visita do prefeito Sandro Mabel (UB) aos galpões, no fim da semana passada. A vistoria encontrou 100 mil peças de vestuário (camisetas, jaquetas, bermudas etc) e 19 mil pares de tênis. Os uniformes ajudam na segurança escolar (dificultando a entrada de estranhos), facilitam a organização e promovem a igualdade entre os alunos. Em regiões mais carentes, têm um papel social importante, ao representarem economia para as famílias. Quando não os entregou a quem de direito, a gestão anterior rasgou dinheiro público e feriu a dignidade de milhares de estudantes.