O debate da reforma tributária e do papel dos incentivos fiscais tem sido objeto de calorosas opiniões. No lugar da discussão se subsídios fiscais são importantes olhando o passado e fazendo terrorismo que empresas irão embora com perdas de postos de trabalho, precisamos responder: Quem se beneficia de subsídios fiscais são as empresas mais produtivas ou as menos produtivas? São empresas mais novas ou as mais antigas? Como as empresas gastam o crédito subsidiado via redução de impostos? Uma lição importante da literatura moderna de Crescimento Econômico e macroeconômico é que não basta o governo distribuir crédito subsidiado ou benefícios fiscais, pois empresas com baixa produtividade podem ser as campeãs em receber benefícios. O estudo “Incentivos Fiscais e o Estado de Goiás: Uma análise de Impacto e do Custo Econômico dos Programas Fomentar/Produzir e Crédito Outorgado” (IMB, Julho 2019), Teixeira e coautores inferiram algumas pistas, no mínimo preocupantes sobre a efetividade dos programas em Goiás: i) A estrutura industrial do estado de Goiás é pouco diversificada, ii) O setor que mais ganhou espaço na dinâmica industrial goiana são os produtos alimentícios e fabricação de biocombustíveis, por outro lado a indústria automobilística foi o segmento que mais perdeu participação; iii) A distribuição espacial do programa Fomentar/Produzir entre os anos de 2012-2018 reforça o argumento do aumento das desigualdades regionais.