Estudos indicam que no final da última era glacial, há cerca de 2,5 milhões de anos, as geleiras que cobriam o planeta derreteram e abriram os primeiros desertos, florestas e rios. Com os cursos d’água estabelecidos, em áreas onde o solo era mais fértil, o homem se assentou e iniciou uma nova relação com a natureza. Nos arredores da antiga Mesopotâmia, as margens dos rios Tigre e Eufrates, tendo abundância de água, surgiram os primeiros espaços agrícolas. As pessoas foram se agregando em pequenas aldeias, criando laços sociais e plantando as sementes da vizinhança solidária. Desses grupamentos brotaram os primeiros jardins com plantas comestíveis e medicinais. Mas como o homem sempre foi atraído pelo belo, logo começou o cultivo das plantas ornamentais. Elas ofereciam conforto para momentos contemplativos e refúgios espirituais, mas eram também objetos de demarcação dos espaços da nobreza. Exemplo disso são os jardins suspensos da Babilônia (605-652 a.C.) que o rei Nabucodonosor instalou para homenagear a esposa. Não demorou para que os jardins se alastrassem e florescessem em outros continentes.