A Inteligência Artificial (IA) ocupa posição central na 4ª Revolução Industrial, não apenas como ferramenta de automação, mas como catalisadora de transformações econômicas, sociais e tecnológicas. Sua capacidade de processar grandes volumes de dados e tomar decisões complexas em tempo real tem reformulado setores como saúde, defesa, educação, transporte e finanças. Ciente da relevância estratégica dessa tecnologia, mas também atento a algumas externalidades negativas que ela suscita e, mais importante, tendo em mente que o timing é fator decisivo nessa corrida, o Estado de Goiás foi o primeiro ente da Federação a instituir uma política pública ampla e indutiva sobre inteligência artificial. A Lei Complementar estadual (LCE) n° 205, de 19 de maio de 2025, já sancionada pelo governador Ronaldo Caiado, é fruto de uma ação coordenada pela Secretaria-Geral de Governo (SGG) e de uma consulta popular aberta há um ano pela Abranet. A atuação proativa goiana rompeu a inércia da União e estabeleceu um marco regulatório que pavimenta um ambiente de negócios propício à criação e ao uso disseminado de IA no território goiano.