Vítima parou a moto para ajudar a mulher que levava socos e chutes do marido e, irritado, o homem entrou no carro e o jogou em cima da enfermeira; ele fugiu do local. Homem mostrou uma arma de fogo para a jovem e deu três tiros para cima enquanto a agredia e torturava. Um motorista atropelou um homem de propósito após uma briga de trânsito. Um homem foi preso suspeito de atirar para cima com uma arma de fogo após uma briga em um bar. Todos esses fatos se deram em Goiânia ultimamente e são alguns acontecimentos noticiados pelos jornais locais que mostram um pouco como a população anda extremamente estressada. E a principal característica da pessoa no estresse é a agressividade. É comum a palavra estressada ser usada para descrever alguém que está sempre de mau humor ou tem pavio curto.As incompreensões e as violências já existiam anteriormente, mas parece que pós-pandemia da Covid-19 as pessoas andam mais irritadiças e nervosas, com o estopim curto e sem paciência, não controlando suas emoções. Basta uma buzinada no trânsito, uma fechada com carro sem querer numa rua ou avenida, um gole de bebida alcoólica, uma espera a mais em uma fila ou qualquer outra situação que incomode, o sujeito já perde o controle e sai dando pancada nos outros, atirando com arma de fogo, xingando e chutando tudo. Muita gente está correndo riscos enormes dentro e fora de casa. Ataques de raiva estão ficando patentes e corriqueiros, gerando sérias consequências para os esquentados. Comportamentos impulsivos, irritabilidade aguçada, explosão nas atitudes, nervosismo, e outras ações e reações estão se tornando comuns. Dá-se a impressão que não nos assusta muito mais, até porque vemos isso ao nosso redor corriqueiramente e acompanhamos a mídia noticiar isso diariamente. Não é novidade mais.O Poder Judiciário tem recebido para julgar muitos casos de pessoas com esse perfil, seja na área criminal, na esfera cível e no âmbito trabalhista. Dentre muitos, a violência doméstica e familiar contra mulheres, a violência contra crianças e adolescentes, a violência policial (em alguns casos), violência nas escolas, violência psicológica, violência obstétrica e até violência política e eleitoral. A Justiça tem analisado muitos feitos nessas searas.Se todos praticassem o que o grande sábio Salomão ensinou, que: “a palavra branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” ou o ensino de Cristo, “ama o teu próximo com a ti mesmo”, muitas circunstâncias seriam diferentes. E para melhor, sem sombra de dúvidas.Violência gera violência. Agressividade gera agressividade. Nervos à flor da pele geram desconforto e descontentamento para muitos. Ficar andando por aí dando uma de bravo e esquentadinho, querendo dar porrada nos outros, e não querer levar desaforo para a casa, mostrando ser valentão e o bambambã do pedaço, o maioral, o bonzão e o “fera”, só vai encaminhá-lo para a cadeia, para o hospital ou o cemitério.A escolha é de cada um. As consequências advirão de acordo com o escolhido.