Na política, existem avaliações objetivas onde os agentes públicos apostam nas pessoas de maior conhecimento da população, já acostumadas ao funcionamento da máquina pública, dificultando a construção e formação de novos líderes. Essa ideia aposta que, à curto prazo, é mais fácil investir recursos partidários em quem já tem conhecimento dos atalhos, dos caminhos, e dos vícios, a fim de se obter mais facilmente o resultado esperado como, por exemplo, uma vitória eleitoral. O problema é que tais práticas fazem com que a classe política se torne refém dos métodos não republicanos. Isto gera um círculo vicioso de dependência, de métodos impróprios, antiéticos, sem escrúpulos, onde falta moralidade, e até corruptos. Tal cenário desfigura qualquer identidade ideológica ou programática. O pragmatismo causa uma cegueira política, um distanciamento e falta de conectividade do agente público com as pautas que realmente interessam à sociedade.