A privatização da CelgPar, autorizada pela Assembleia Legislativa de Goiás no último dia 20 de setembro, marca a consolidação do controle privado sobre a energia elétrica no estado. Vinculada a processos políticos e econômicos mais amplos, a exemplo da neoliberalização e acumulação financeirizada, significa também a ampliação da disputa pelo setor elétrico brasileiro. Por que isso é da nossa conta? Criada em 2006 como holding estadual, a CelgPar controlava os ativos de geração, transmissão e distribuição. Com a privatização das subsidiárias Celg-D (distribuição) e Celg-T (transmissão), a companhia representa o último resquício da antiga Centrais Elétricas de Goiás (Celg), estatal goiana criada em 1955 para atender à demanda de abastecimento elétrico no estado. Assim como a Eletrobras - recentemente também privatizada -, a Celg constituía verdadeiro patrimônio público importante para o desenvolvimento socioeconômico do estado e do país.