Fazer política com transporte e fazer política de transporte são abordagens distintas e que refletem diferenças significativas na forma como a questão do transporte é tratada. Enquanto a primeira se concentra na utilização do transporte como uma ferramenta para atingir objetivos políticos populistas, a segunda coloca o transporte como um tema central de política pública, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população e a sustentabilidade urbana.Quando se faz política com transporte, o foco está em utilizar o transporte como um meio para atingir a conquista de eleitores, por exemplo, sem pensar na real necessidade da população.Exemplo disso é a gestão passada do governo de Goiás, que fez política com transporte de forma irresponsável. A redução da tarifa praticada pela Metrobus foi claramente uma jogada política para agradar a população antes das eleições, assim como a extensão do Eixo Anhanguera para Trindade, Goianira e Senador Canedo, sem nenhum investimento ou estudo na adequação da infraestrutura. Além disso, a CDTC foi abandonada e as tarifas foram congeladas, levando ao sucateamento do sistema.Por outro lado, quando se faz política de transporte, o objetivo é melhorar a eficiência, a segurança, a acessibilidade e a sustentabilidade do sistema de transporte em si, levando em conta as necessidades dos usuários do transporte, impactos ambientais, econômicos e sociais do sistema de transporte.A atual gestão está fazendo política de transporte de maneira responsável. Em vez de usar o transporte para fins políticos, o governo restabeleceu a CDTC e separou a tarifa paga pelo usuário da tarifa técnica do sistema, permitindo a criação de novas modalidades de tarifa. Um exemplo bem-sucedido disso é a política do Tarifário Meia Tarifa, que levou a um aumento significativo na demanda por transporte público em cidades como Senador Canedo (45%), Nerópolis (925%), Goianira (73%), Trindade (133%) e Aparecida de Goiânia (259%). E política do Passe Livre do Trabalhador saltou de 182.204 validações em junho/22 para 654.753 validações em março/23 um aumento de 259%.Outro sinal da seriedade do atual governo em relação ao transporte público é a recuperação da Metrobus, que antes era considerada a pior empresa da RMTC. Em abril de 2023, a estatal apresentou números excelentes em termos de cumprimento de largadas (100%), pontualidade na largada (99,60%) e cumprimento de viagens (101%), superando outras empresas que operam em conjunto do Eixo Anhanguera.A empresa do Lote 5 teve 99,85% de cumprimento de largada, com 99,45% de pontualidade e 98,3% de cumprimento de viagem. A empresa do Lote 3 teve 96,82% no cumprimento de largada, 98,41% de pontualidade e 93,5% de cumprimento de viagens. E por último a empresa do Lote 4 teve 99,58% de cumprimento de largada com 95,78% de pontualidade e 100% de cumprimento de viagemEm resumo, fazer política com transporte é uma prática irresponsável que prejudica a população, enquanto fazer política de transporte é uma abordagem séria e responsável que prioriza as necessidades dos usuários. O governo de Goiás está mostrando que é possível fazer política de transporte de maneira eficaz e trazer melhorias significativas para a população.

Seriedade no transporte público

Opinião

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Matéria - Opinião

A tarifa técnica do transporte coletivo urbano de Goiânia e Região Metropolitana subirá para R$ 10,50 a partir de maio, conforme resolução aprovada pela Agência Goiana de Regulação (AGR) no último dia 27. Isso significa aumento de 12% em relação à tarifa atual (R$ 9,38) e implicará em necessidade de maior subsídio por parte do governo estadual e da nova gestão da Prefeitura de Goiânia, responsáveis por 82% do pagamento ao sistema para manter a tarifa pública em R$ 4,30, congelada desde 2019. Outros quatro municípios - Aparecida, Senador Canedo, Trindade e Goianira - também são responsáveis pelo complemento tarifário (17,6%), todos com repasses atrasados em 2024.

No fim de outubro, a AGR já havia aprovado aumento para ao menos R$ 9,99, levando em conta apenas o plano de investimentos. Agora, a resolução faz a análise anual dos custos, estabelecendo R$ 9,89 de ontem a 30 de abril e R$ 10,50 de 1º de maio a março de 2026. Depois, cai a R$ 9,75. O prefeito Sandro Mabel (UB) cita o decreto de calamidade financeira ao falar em dificuldade de bancar mais subsídio, mas diz acreditar em revisão da tarifa ao longo deste ano.

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Revisão extra

“No estudo técnico, há razão de ser este valor. Mas, em 120 dias, vamos aumentar a velocidade dos ônibus e haverá mais viagens, assim o custo tem de cair. Caindo, podemos barrar esse aumento. Fiz esse acordo com eles”, afirma Mabel.

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Curva crescente

Dados do Portal da Transparência do Estado mostram que, de janeiro a outubro deste ano, governo e Prefeitura pagaram, cada um, R$ 194 milhões de subsídio. Aumento de pelo menos 60% sobre 2023.

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Volta

No pacote de decretos de Mabel, está a determinação de retorno de todos os servidores cedidos a outros órgãos ou em teletrabalho não regular. Apenas no dia 26, o agora ex-prefeito Rogério Cruz (SD) autorizou cessão de nove pessoas.

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Teste amplo

As primeiras vias que terão autorização para motos em corredores de ônibus serão as avenidas 85, T-63, T-7, T-9 e Universitária.

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Pacificação - O vice-governador Daniel Vilela (MDB) conversou com os vereadores Major Vitor Hugo e Oséias Varão, ambos do PL, na solenidade de posse ontem, brincando que defende paz e diálogo. A visita de Vilela a Jair Bolsonaro, articulada pelo major, provocou crise no PL, com ameaça até de expulsão. Parece que agora houve trégua. (Léo Iran)

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Devolução

Apesar de aprovar as contas de campanha de Mabel, a Justiça Eleitoral, em primeira instância, apontou ressalvas e determinou que ele devolva R$ 50,9 mil por conta, principalmente, de uso do fundão eleitoral em material casado com candidatos a vereadores de outros partidos. Ele recorreu pedindo a reforma da sentença.

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Pé-de-guerra

O prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa (PL), e o antecessor Roberto Naves (Republicanos) trocam ataques sobre estrutura da UPA da Mulher, inaugurada em dezembro, com contrato de médicos por apenas 15 dias feito pelo agora ex-prefeito. Corrêa, que fechou a unidade, diz que o contrato é irregular e que não há nem alvará de funcionamento.

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E os pacientes?

Já Naves alega que houve 3 mil consultas desde a inauguração e nega irregularidades no contrato. Diz que o fechamento ocorre por questões políticas. Previsão do prefeito é reabrir em 15 dias.

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<h2>Pergunta para:</h2>

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O vereador Romário Policarpo (Pros) assumiu a presidência da Câmara Municipal de Goiânia. De acordo com o novo presidente, uma das principais medidas da nova gestão será uma reforma administrativa. Na foto Romário Policarpo (Pros). (Benedito Braga)

Romário Policarpo presidente da Câmara (PRD)

O sr. tem histórico &nbsp;de divergências com o vereador Igor Franco, &nbsp;que será líder do Prefeito. Como será a relação?

Eu só olho para a frente. &nbsp;Não fico olhando o que passou &nbsp;e acho que da parte dele o comportamento é o mesmo. &nbsp;Ele me ajudou muito nessas últimas articulações políticas e nos projetos que aprovamos a pedido do Sandro. Então acho que será tranquilo. Não vejo problema nisso.

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Arremate:

Equipe - Está marcada para 9 horas desta quinta-feira (2), na Assembleia Legislativa de Goiás, a posse do secretariado de Mabel. Ele ainda não fechou o titular da Secretaria da Eficiência e disse que pode nomear um interino.

Recesso -&nbsp;Titulares do Executivo e Legislativo estaduais não estiveram na posse de Mabel, mas enviaram representantes. Já o Tribunal de Justiça não mandou ninguém.

Chilique -&nbsp;O deputado Clécio Alves discutiu com o cerimonial da Câmara ontem ao exigir cadeira na mesa da solenidade de posse de Mabel, por ser vice-presidente da Alego. O presidente Bruno Peixoto havia comunicado a Câmara que Cairo Salim o representaria e o deputado já estava na mesa quando teve de sair.

Tarifa técnica de ônibus vai para R$ 10,50 em maio

Matéria - Coluna Giro

Giro

A implantação de corredores preferenciais para ônibus e motos é a promessa de campanha do prefeito eleito Sandro Mabel (UB) que deve ser iniciada já em janeiro, usando as estruturas hoje preferenciais e exclusivas para o sistema de transporte coletivo. A inclusão de motocicletas na preferência das faixas que hoje são apenas dos ônibus é vista como negativa pela maioria dos especialistas em mobilidade urbana, principalmente pela perda de velocidade dos coletivos, que terão mais obstáculos, mas há quem veja positividade, pelo provável aumento de fluidez das motos e dos carros, com o possível esvaziamento das demais faixas.

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Para a medida ser implantada, basta um ato do próximo secretário de Mobilidade e a previsão é que isso seja feito já no dia 2 de janeiro. Essa ação é também motivo de crítica, já que ocorreria sem um período de testes na cidade ou mesmo sem estudos prévios dos impactos. Os especialistas alertam que, como os ônibus possuem pontos cegos devido a seu porte e pelo tamanho das motocicletas, há uma maior probabilidade de acidentes, além das paradas dos ônibus nos pontos de embarque e desembarque, que podem causar colisões dos motociclistas ou trocas de pista sem sinalização.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/plano-de-mabel-de-revisar-a-loa-de-2025-e-visto-com-ressalvas-1.3201734" target="_blank">Plano de Mabel de revisar a LOA de 2025 é visto com ressalvas</a> 
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Mototaxista há mais de 24 anos, Vilnei Barbosa Gonçalves, é contra colocar a motocicleta no corredor de ônibus de forma generalizada. “O motociclista não tem limite, vai ter muito acidente. E muita complicação para o próprio veículo do transporte coletivo, ao disputar a pista com motociclista e motoqueiro, que é o imprudente total”, afirma. Para ele, a proposta vai gerar aumento na velocidade das motos e, com isso, um maior número de acidentes. Vilnei acredita que a ideia deveria ser formulada para beneficiar os condutores profissionais, que possuem maior prudência no trânsito, de modo a comparar com os táxis, que já têm a liberação desde 2018.

Porém, o mototaxista entende que a liberação do uso dos corredores de ônibus, para minimizar o impacto no transporte coletivo, deveria ocorrer só se estiver em trabalho, ou seja, com a presença do passageiro ou carregando alguma encomenda. Geógrafo e especialista em transporte, Miguel Ângelo Pricinote participou da elaboração da proposta do prefeito eleito e explica que “com pequenas alterações na largura da faixa” é possível compartilhar o ônibus com a moto.

Goiânia x Londres

“Hoje compartilhamos o ônibus com carro, moto, estacionamento. Com a proposta, passamos a compartilhar somente com as motos”, ressalta. A alteração na largura da faixa seria necessária para dar espaço a que as motos possam ultrapassar os ônibus na mesma faixa. A inspiração na ideia de Mabel é no trânsito de Londres, em que a permissão para as motocicletas existe desde 2010, como teste, e depois em definitivo a partir de 2012. Lá, as motos podem ocupar os corredores de ônibus com mais de 4 metros de largura, justamente para ter o espaço de ultrapassagem. Em Goiânia, os corredores possuem faixas de no máximo 3 metros.

Isso ocorre mesmo no corredor exclusivo do Eixo Anhanguera. A exceção na capital é a estrutura do BRT Norte-Sul, onde há espaço para a ultrapassagem somente nas estações de parada. Além disso, em Londres, as vias com corredores de ônibus têm um limite de até 50 km/h, com forte fiscalização e educação de trânsito, enquanto que em Goiânia as vias são de até 60 km/h – e a cidade está sem equipamentos de fiscalização eletrônica desde meados de junho deste ano.

Pricinote confirma que a maneira de garantir a fluidez dos ônibus é a proibição dos carros e dos estacionamentos nas faixas de ônibus, como já ocorre, além da fiscalização. “A moto é mais ágil e, nisso, o ônibus será uma barreira para os motociclistas. Então, em horários de alta demanda, as motos vão preferir ir para o trânsito geral do que ficar no corredor. Já em horário de baixa oferta de ônibus, as motos ficariam rodando no corredor, aliviando o tráfego geral”, afirma. Até por isso, ele diz não acreditar que os ônibus serão prejudicados, mas que, em tese, o prejuízo pode mesmo ocorrer.

O especialista, por outro lado, acha que o “risco” vale a pena porque pode facilitar o diálogo com a sociedade para abrir mais corredores preferenciais na cidade. “A ideia é abrir mais vias para aumentar a fluidez. Atualmente temos somente a T-63, Universitário e 85.” Pricinote lembra que, quando os corredores foram implantados, entre 2012 e 2016, na gestão Paulo Garcia (PT), houve manifestações contrárias de comerciantes das avenidas e isso teria travado a implantação de novos corredores. Com a inclusão das motos e uma melhoria na mobilidade, ele pensa que será mais fácil esse diálogo e a adição de mais corredores que, mesmo se sem a mesma vantagem de velocidade de uma via só para o transporte coletivo, ainda seria melhor que a faixa normal.

A Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) informou que foi procurada sobre a proposta do uso do corredor preferencial por motociclistas por Sandro Mabel. No entanto, “a Companhia vai aguardar a posse para conhecer melhor e oficializar o projeto”. A reportagem também entrou em contato com o consórcio das empresas concessionárias do sistema metropolitano (Redemob), que não se manifestou. Houve tentativa também com Mabel, que não respondeu até o fechamento desta matéria. Ele esteve em Londres nesta semana e, nas suas redes sociais, fez postagens mostrando o funcionamento dos corredores com as motos na cidade.

cidades diferentes

Doutora em transportes, a arquiteta e urbanista Erika Kneib, professora da Universidade Federal de Goiás (UFG), entende que não é simples implantar uma medida de Londres em Goiânia ou outra cidade com características tão diferentes. “Londres possui mobilidade eficiente e segura, que permite motos circularem nos corredores de ônibus.” A capital inglesa, explica Erika, possui sistema de transporte coletivo de qualidade e vias com baixa velocidade, com muitas pessoas se deslocando a pé e por bicicleta, fiscalização de trânsito rígida e exemplar e, assim, baixos índices de sinistros.

A professora ressalta que a cidade da Europa possui medidas de restrição ao uso e à circulação de carros e motos em diversos trechos. “Por isso, é possível permitir motos em corredores nessas cidades, sem causar prejuízos. Goiânia não cumpre nenhum desses requisitos. Não é justo compará-la a essas cidades.”

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<h2>Prejudicar transporte contraria subsídio</h2>

Desde 2023, o sistema de transporte coletivo metropolitano de Goiânia recebe subsídios do Estado e das cidades metropolitanas (Goiânia, Aparecida de Goiânia, Trindade, Senador Canedo e Goianira), que deve chegar a R$ 5,70 por passagem a partir de 2025. A doutora em transportes, Erika Kneib, entende que investir no transporte coletivo e propor uma medida que vai prejudicá-lo, com a inclusão de motos nos corredores, é uma contradição da nova gestão municipal. “Os corredores vão majorar o custo de operação do transporte coletivo, gerando a necessidade de aumento do subsídio”, garante.&nbsp;

Erika explica que a permissão para as motos afeta a velocidade e a fluidez dos ônibus, “notadamente nas horas de pico, o que pode impactar a pontualidade, o tempo de viagem e a confiabilidade, podendo inclusive contribuir para anular as melhorias recentemente alcançadas pelo serviço, uma vez que o sistema de transporte coletivo recebeu investimento vultoso de recursos públicos e vem recebendo melhorias a partir de então”. “É um contrassenso não só legal, como econômico. O gestor público deve atuar para minimizar custos do transporte coletivo e risco de sinistros, não para majorá-los.”

O especialista em transportes que colaborou com a proposta do prefeito eleito Sandro Mabel, Miguel Ângelo Pricinote, entende que não há contradição, visto que a ideia é que a permissão das motocicletas vá facilitar a implantação de novos corredores pela cidade, ampliando a rede estrutural do sistema metropolitano. Erika lembra que a Lei Federal de Mobilidade estabelece a “prioridade dos modos de transportes não motorizados sobre os motorizados e dos serviços de transporte público coletivo sobre o transporte individual motorizado”.&nbsp;

A professora da UFG enfatiza ainda que, em Goiânia, corredores como os dos BRT são para uso exclusivo do transporte público coletivo. “Para ser considerado BRT, a existência de corredor exclusivo é uma premissa. Permitir o uso dos corredores exclusivos por motos prejudica o BRT, podendo fazer com que eles deixem de ser caracterizado como BRT. Ou seja, o serviço, que demandou um grande investimento de recursos públicos para sua construção e operação, pode ser posto a perder a partir da abertura dos corredores para o uso de motos”, diz.

Erika lembra ainda há que os corredores foram implantados a partir de financiamento do governo federal. “A proposta de Goiânia de ‘corredores preferenciais para transporte coletivo e motocicletas’ pode inclusive impedir a obtenção de novos financiamentos federais para corredores, já que ela fere tanto o Plano Diretor quanto a Lei Federal de Mobilidade.” O Plano Diretor, aprovado em 2022, garante a necessidade de priorizar o transporte coletivo, como no inciso XIII de seu artigo 26: “implantar corredores exclusivos e preferenciais para o tráfego de transporte público coletivo”. “Em nenhum momento o plano diretor menciona ou se refere a ‘corredores preferenciais de transporte coletivo e motocicletas’, ou algo do tipo”, diz Erika.

<h2>Medida deve aumentar uso de motocicletas e acidentes nas vias</h2>

A permissão do uso dos corredores de ônibus pelas motocicletas tem a capacidade de causar o aumento do uso do modal. Para a urbanista Erika Kneib, o uso de motos se tornou parte da economia urbana. “O motociclista merece uma atenção necessária e urgente para garantir sua segurança e diminuir a morbi-mortalidade no trânsito. Porém, a proposta dos ‘corredores preferenciais para ônibus e motos’ não vai garantir essa segurança”.

Ela explica que, no curto prazo, haverá uma sensação de maior fluidez para os motociclistas. “Porém, no médio prazo, o prejuízo alcança toda a sociedade. Será percebido o aumento do número de motos, que passarão a utilizar, além dos corredores, as faixas de rolamento destinadas aos demais veículos”, diz. Ela ainda afirma que o aumento de velocidade desenvolvido pelos motociclistas levará a um maior número de conflitos e de acidentes com os ônibus, com os demais veículos e com os pedestres.

Erika considera que, para o transporte coletivo, o prejuízo é certo. “Como garantir o que diz o Código de Trânsito Brasileiro: “os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores”? A responsabilidade dos sinistros com moto nos corredores será imputada aos motoristas do transporte coletivo?”, indaga a especialista em transportes.

Para o engenheiro Marcos Rothen, “certamente teremos mais acidentes” e, a cada acidente, o trânsito será prejudicado pela obstrução da via. “As motos já circulam em muitas situações de risco, muitas delas causadas pela velocidade dos motociclistas, que geralmente é excessiva. Aumentar essa velocidade só vai piorar a situação.” Ele afirma que ainda há o risco para os pedestres, já que eles não estão acostumados com as motos nos corredores de ônibus.

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Qualidade do transporte coletivo pode ser afetada com de motos em faixa exclusiva, dizem especialistas

Cidades

Cidades - título

Matéria - Cidades

Mobilidade

De um serviço irregular e impontual, com uma frota marcada por constantes quebras e atrasos em anos anteriores, a um exemplo de eficiência no transporte público. A Metrobus, que antes enfrentava desafios com a manutenção dos seus ônibus, agora vive uma nova fase. Fruto de uma gestão focada em melhorias e no bem-estar dos passageiros, o cenário de veículos parados nas ruas deu lugar a um sistema ágil e confiável.

Saímos da última posição para a liderança do ranking de operadoras com o melhor índice de cumprimento de viagens no Eixo Anhanguera. Esse avanço foi possível graças a uma reorientação de gestão que, desde o governo Caiado, promoveu uma ampla melhoria na estrutura operacional da empresa, com foco na recuperação da frota, capacitação dos funcionários, melhorias operacionais e solução de passivos cíveis e trabalhistas.

A empresa vive um dos melhores momentos de sua operação nas últimas décadas, atuando em conjunto com outras operadoras no Eixo e suas extensões. A Metrobus já soma 24 meses consecutivos alcançando a realização de 100% das viagens programadas, com uma frota a diesel revitalizada e em pleno funcionamento. Esse comprometimento diário tem garantido regularidade, segurança e pontualidade nos serviços.

Alcançar esse patamar não foi fácil. A frota envelhecida, sem reparos adequados, gerava diversos transtornos, agravados pelo pavimento deteriorado. Hoje, esse cenário é completamente diferente. A manutenção cuidadosa não apenas reduziu drasticamente os problemas mecânicos, mas também elevou o padrão de atendimento, proporcionando uma experiência mais segura e confortável ao usuário. A renovação e o monitoramento dos ônibus tornaram-se prioridades da gestão e foram cruciais para essa transformação.

Esse salto de qualidade foi dado com responsabilidade e transparência. Nesse sentido, tivemos o orgulho de receber o selo Diamante de Transparência do Programa de Compliance Público do Estado de Goiás (PCP). Além disso, com controle rigoroso e relatórios transparentes, tivemos a aprovação das contas de gestão sem ressalvas pelo Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO).

Agora, o horizonte da empresa se projeta para a eletromobilidade. Desde o primeiro semestre deste ano estamos operando dois veículos elétricos articulados de 23 metros, climatizados e equipados com alta tecnologia. Em breve, novos ônibus estarão chegando à nossa garagem para entrar em operação no Eixo. Até 2026, toda a frota será substituída por modelos elétricos.

A Metrobus será referência em eletromobilidade. Além do Eixo Anhanguera, a partir de 2025, com nossa expertise, vamos expandir nosso mercado ao operar veículos elétricos do Sistema BRT Norte-Sul, também dentro do projeto da Nova RMTC, sendo uma operadora participante do novo consórcio SMB. Essa trajetória de crescimento e inovação consolida a empresa como um exemplo de adaptação e eficiência, buscando atender às necessidades de mobilidade urbana de forma moderna e sustentável.

Francisco Caldas, diretor-presidente da Metrobus

Transporte público em evolução

Artigos

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Francisco Caldas

Eleitos prefeitos de Goiânia e de Aparecida de Goiânia, Sandro Mabel (UB) e Leandro Vilela (MDB) demonstram preocupação com a capacidade financeira para bancar o subsídio do transporte coletivo da Região Metropolitana diante da <a href="https://opopular.com.br/politica/peso-de-nova-tarifa-tecnica-do-transporte-coletivo-no-caixa-preocupa-municipios-1.3193763" target="_blank">previsão de novos aumentos da tarifa técnica em 2025</a>. Ambos dizem que querem analisar de forma detalhada a planilha de cálculo de custos das empresas do sistema e cobrar revisão.

<a href="https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9rbSgCHDyl4gQj7A1C" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Mabel teria reunião no final da tarde desta quarta-feira (30) com representantes do setor e disse ao POPULAR que cobraria não apenas a melhoria da prestação de serviços como também esclarecimentos sobre as despesas. Segundo ele, a reunião foi marcada antes dele ter conhecimento do aumento da tarifa técnica aprovado pela Agência Goiana de Regulação (AGR), do governo estadual, para R$ 9,99 em março de 2025. “O valor de R$ 9,38 já é bem alto e precisamos compreender bem esta planilha”, diz.&nbsp;

“Temos de rever, senão isso vai penalizar demais a cidade, que já está com repasses atrasados. Vai inviabilizar a gestão, diante da necessidade de investimentos em tantas outras áreas”, afirma Vilela, que também disse não ter conhecimento sobre a nova tarifa aprovada pela AGR. O emedebista afirma que pretende conversar com o governador Ronaldo Caiado (UB) e com os demais prefeitos eleitos para buscar uma saída para reduzir o peso do custo para o caixa do município.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/peso-de-nova-tarifa-tecnica-do-transporte-coletivo-no-caixa-preocupa-municipios-1.3193763" target="_blank">Peso de nova tarifa técnica do transporte coletivo no caixa preocupa municípios</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-fala-de-medidas-ainda-na-atual-gest-o-pacotaco-e-plano-de-8-anos-1.3192847" target="_blank">Mabel fala de medidas ainda na atual gestão, 'pacotaço' e plano de 8 anos</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-quer-adequar-loa-e-avalia-antecipar-reforma-1.3193348" target="_blank">Mabel quer adequar LOA e avalia antecipar reforma</a></div>

O POPULAR não conseguiu contato com prefeitos reeleitos de Senador Canedo, Fernando Pellozo, e de Trindade, Marden Jr, e com o futuro prefeito de Goianira, Cleyton Bento - todos do União Brasil. Eles também são responsáveis por bancar parcela do complemento.&nbsp;

No dia seguinte à eleição, Mabel havia dito ao POPULAR que a tarifa técnica cairia em prazo de um ano e meio e que o plano de agilizar as viagens do transporte coletivo acarretaria redução de custos.&nbsp;