Estudos produzidos por instituições acadêmicas e organismos como o FMI e a OCDE têm atestado, ao longo dos anos, que o Brasil país possui um sistema tributário injusto, complexo, repleto em benefícios para os setores privilegiados e pesadamente oneroso em desfavor dos mais vulneráveis. Para exemplificar este cenário, basta constatar que a alíquota efetiva do Imposto de Renda incidente sobre as faixas com ganhos superiores a 320 salários mínimos é inferior a 4%, enquanto os impostos e contribuições que oneram o consumo das famílias mais pobres se incluem entre os maiores do mundo. Somos um paraíso fiscal para a minoria abastada e um regime quase confiscatório para as multidões empobrecidas. À injustiça do nosso sistema fiscal é acrescentada sua falta de transparência. O mais impactante exemplo deste problema se encontra na falta de informação, monitoramento, avaliação e revisão dos benefícios e incentivos fiscais.