No Brasil, o esforço do governo Lula é para prestigiar a rede de comando legalista das Forças Armadas, de um lado, e cobrar a responsabilidade de militares golpistas, de outro. Nos EUA, Donald Trump sinaliza o oposto: punição aos militares liberais, pró-democracia, direitos humanos, meio ambiente e minorias, e premiação para radicais e retrógrados. Lula precisa do trigo, Trump investe no joio. Com a Cúpula do G-20 no Rio e as explosões em Brasília, investigadas como terrorismo pela PF, o Brasil parece desatento aos sinais de Trump aos EUA e ao mundo com suas escolhas para cargos estratégicos favorecendo a linha dura e usando o critério da lealdade - não à maior potência mundial e às boas causas, mas a ele próprio. Para a Saúde vai Robert Kennedy Jr., que não tem intimidade com uma área tão sensível e faz campanha feroz contra vacinas, com a fake news criminosa de que elas fazem mal e transmitem doenças às crianças. Parece até um certo presidente brasileiro que acusou a vacina contra covid de causar aids…