Fabiana Pulcineli

WEBSTORIES: Paço renova contrato da Comurg

A Prefeitura de Goiânia avançou na<a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-corre-para-reverter-dependencia-da-comurg-1.3337731#state=17d9e2a4-2eb7-4b06-85ed-ed0012194bc7&amp;session_state=c5ab22e7-2285-46f4-afde-cdc9362868f8&amp;code=c20273aa-f0b0-4712-bb9b-afbf6d9c74cf.c5ab22e7-2285-46f4-afde-cdc9362868f8.b9b3328a-640e-4deb-9f63-4c9096be6cf7" target="_self"> renegociação da dívida ativa da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg)</a> com a União, com plano de pagamentos mensais que variam de R$ 2,36 milhões a R$ 2,6 milhões por dez anos. Pela proposta de transação, a dívida de R$ 1,96 bilhão será reduzida a cerca de R$ 320 milhões - um perdão de 83% do valor devido.

A planilha do plano de pagamento consta em relatório da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) enviado à Prefeitura no início deste mês, com contraproposta sobre as condições de negociação. A PGFN recebeu esta semana resposta da Prefeitura, que aponta concordância com a maioria dos termos.

O POPULAR havia mostrado em julho que a Comurg protocolou requerimento de Acordo de Transação Individual na Dívida Ativa da União (DAU), depois de meses de articulação do prefeito Sandro Mabel (UB) em Brasília. Se a transação se concretizar, Mabel se livra de um dos maiores gargalos da gestão. A expectativa na Prefeitura é de que a transação seja assinada ainda este ano.

Na ocasião do pedido, <a href="https://opopular.com.br/politica/paco-preve-recuperac-o-da-comurg-em-dois-anos-1.3297664" target="_self">havia R$ 1,738 bilhão inscrito na DAU</a>. Agora, a PGFN aponta a soma de inscrição em DAU e valores devidos de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) em R$ 1,859 bilhão. No cálculo da negociação ainda constam débitos previdenciários, de R$ 60,3 milhões, e outros débitos, de R$ 48 milhões. A PGFN também propôs a inclusão de débitos com a Receita Federal, de R$ 22,9 milhões, e já teve o aceite da Prefeitura.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/decis-o-judicial-desfavorece-comurg-e-deve-impor-restric-es-a-empresas-em-aterro-de-goiania-1.3338319" target="_self">Decisão judicial desfavorece Comurg e deve impor restrições a empresas em aterro de Goiânia&nbsp;</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/paco-estuda-como-vai-mudar-loa-limite-para-emenda-sera-de-r-5-mi-1.3337727" target="_self">Paço estuda como vai mudar LOA; limite para emenda será de R$ 5 mi&nbsp;</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-corre-para-reverter-dependencia-da-comurg-1.3337731" target="_self">Mabel corre para reverter dependência da Comurg&nbsp;</a></div>

Na época do pedido formal de transação, havia divergência sobre o prazo para pagamento: de um lado, Mabel insistia em ampliar o prazo de pagamento para 180 meses; de outro, a PGFN alegou que há limitações legais e que os valores têm de ser quitados em até 120 meses. O prefeito acabou acatando o período de 10 anos nas conversas seguintes, mas com redução do valor total a ser quitado.

Mabel também havia pedido inicialmente que as parcelas comprometessem, no máximo, R$ 2,2 milhões mensais. Depois aumentou para R$ 2,3 milhões. Pela planilha, as oito primeiras parcelas serão de R$ 2,49 milhões, sendo R$ 2 milhões de FGTS. A partir do 9º mês passará a R$ 2,43 milhões e, do 13º ao 36º, a R$ 2,37 milhões. Seria o período de encerramento deste mandato do prefeito. Os valores variam pouco até o fim do pagamento, com parcela final (120ª) de R$ 2,02 milhões.

<cite>Pelo plano de contraproposta aqui estruturado, o valor da parcela é muito próximo ao valor pretendido e abaixo do valor máximo da Capag (capacidade de pagamento da Comurg, avaliada em R$ 2,78 milhões), o que torna muito atraente a presente negociação para a parte requerente”, afirma a PGFN no ofício.</cite>

Mabel só discordou de dois pontos do relatório da procuradoria nacional, formalizados no documento enviado pela Prefeitura esta semana: pede a exclusão dos diretores da Comurg da condição de corresponsáveis tributários nas execuções fiscais em trâmite; e solicita a dispensa de encargos de 10% dos débitos com a Receita a serem inscritos em DAU para viabilizar o acordo.

“A aplicação do encargo, cuja natureza jurídica remunera o esforço de cobrança da PGFN, parece conflitar com o ânimo colaborativo do presente acordo, onde o esforço de cobrança está sendo substituído pela autocomposição”, alega a Prefeitura. A gestão pede que, caso não haja exclusão integral do encargo, que seja limitado a 1%.

<div attr-cid="policy:1.3339878" attr-version="policy:1.3339878:1763692412" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3339878" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3339878', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3339878">WEBSTORIES: Paço renova contrato da Comurg (1.3339878)</a></div>

Previsto em lei federal de 2020 e portaria da PGFN de 2023, o acordo de transação individual estabelece desconto de até 70% da dívida e o uso de prejuízo fiscal para abatimento adicional. Isso significa que, além do desconto inicial, há a possibilidade de utilizar os dados do balanço para reduzir ainda mais a dívida, fator utilizado pela Comurg.

A companhia também pediu reconhecimento de imunidade tributária, com exclusão de cobranças levando em conta a dependência da companhia em relação ao município.

No requerimento formalizado em julho, a Comurg alegou que a regularização fiscal é “essencial para a manutenção de suas atividades e a continuidade da prestação de serviços públicos relevantes para o município de Goiânia, garantindo a sustentabilidade financeira e a eficácia da gestão pública”.

Atualmente, a Comurg ocupa o 3º lugar no ranking dos maiores devedores de Goiás na lista da DAU. Segundo fontes em Brasília, a PGFN tem interesse na renegociação por considerar os débitos da companhia de difícil recuperação pelo histórico e pelo risco de insolvência da companhia. Mabel contou que procuradores comentaram que tentam fechar um acordo há cerca de 20 anos.

Além de débitos tributários, previdenciários, de FGTS e com a Receita, a Comurg tem R$ 16,4 milhões de dívidas de multas trabalhistas na DAU.

Acordo sobre dívida da Comurg com a União avança em Brasília

Política

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Matéria - Política

Prefeitura de Goiânia

O arquivamento do inquérito que apura a morte do mecânico Marcus Phelipe de Souza Almeida, de 27 anos, após fugir junto de uma blitz da Balada Responsável no Jardim Itaipu, em Goiânia, deve ser revisto pela Procuradoria-Geral da Justiça (PGJ) – órgão máximo do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) – diante de recurso apresentado pela família. A possibilidade de que o processo seja desarquivado reacende a esperança dos familiares e amigos por um julgamento, que alegam excesso por parte dos policiais militares envolvidos na abordagem, ocorrida em outubro de 2023. Quase dois anos depois, o órgão ministerial decidiu arquivar o processo, sob alegação de indícios insuficientes para apontar que houve crime. Marcus Phelipe foi morto com tiros na cabeça e no ombro efetuados por um policial militar no início da madrugada do dia 21 de outubro de 2023, após ele e o amigo que conduzia o carro, o tapeceiro Gustavo Alves Maciel, de 21 anos, evadirem de uma blitz realizada na Avenida Vieira Santos, no Jardim Itaipu. Eles seguiam pela GO-040 com destino à casa de um terceiro quando, ao entrarem na avenida e verem a ação policial, resolveram dar ré a fim de fugir da fiscalização. Em seguida, uma perseguição foi iniciada por cerca de 8,5 quilômetros até a casa de Gustavo, no Residencial Solar Bougainville. Quando o condutor parou o veículo, a vítima já estava morta. À época, a alegação dos militares envolvidos era de que Marcus Phelipe havia atirado contra as viaturas que faziam a perseguição e, por isso, os policiais teriam revidado. Familiares e amigos prontamente contestaram a versão oficial. Após atrasos em meio ao andamento da investigação pela Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), o inquérito foi concluído em julho, apontando que a vítima provavelmente não estaria armada, afastando a tese de legítima defesa apontada. Dentre os cinco agentes envolvidos na ação, somente o terceiro sargento Fellipe Mecenas de Oliveira Lima, de 35 anos, foi indiciado. Ele foi responsável pelos tiros que atingiram e mataram a vítima.O andamento da investigação, contudo, foi marcado por uma série de falhas apontadas no relatório assinado pelo delegado Marcus Vinícius Cardoso do Nascimento. Não houve perícia no local de parada do carro, pois a vítima foi levada ao hospital sob a alegação de que o jovem foi socorrido ainda com vida – versão também afastada pelo laudo cadavérico, que demonstrou morte instantânea após o tiro na cabeça. Além disso, o laudo de vistoria veicular teria demorado ao menos 30 dias para ser realizado, comprometendo a preservação de vestígios. Nem mesmo a reprodução simulada conseguiu responder dar certeza a questões como o momento em que ele foi baleado, ou a trajetória das balas.Ao decidir pelo arquivamento do inquérito em setembro, a promotora Elissa Tatiana Pryjmak, da 29ª Promotoria de Justiça da comarca de Goiânia, apontou em seu parecer contradições nos depoimentos prestados por Gustavo. Logo após o crime, o amigo havia alegado que o mecânico havia disparado na direção dos policiais. Depois, afirmou não ter sido possível ver se ele havia atirado ou não. O parecer citou ainda divergências nos depoimentos dos militares, e ela também se atentou à ausência de perícia no local.Para a promotora, não havia dúvidas sobre a autoria dos tiros, já que o próprio terceiro sargento admitiu ter efetuado os disparos. Contudo, ponderou que “as divergências probatórias impedem a formação de convicção ministerial acerca das circunstâncias específicas que motivaram o uso da força letal pelos agentes policiais”. “Neste contexto, é impossível estabelecer, com segurança, se houve efetiva troca de tiros entre os ocupantes do veículo e os policiais militares, elemento fundamental para a avaliação da legitimidade da atuação policial.”Logo após, a família de Marcus Phelipe ingressou com recurso para que a decisão fosse revista. A promotora manteve a decisão de arquivamento e, no dia 24 de outubro, fez um despacho repassando a possibilidade de revisão à PGJ. No documento, ela cita que a família sustenta “que não foram produzidas provas imprescindíveis – tais como reprodução simulada e demais exames complementares – o que torna impossível concluir, neste momento, pela ocorrência de legítima defesa apresentada pelos policiais militares”. “Aduz que as lesões resultantes da ação policial foram desproporcionais a uma mera reação a uma tentativa de evasão, o que afasta a aplicação da sobredita causa justificante.”A revisão sobre o arquivamento ainda não foi concluída na PGJ. Ao POPULAR, a mãe de Marcus Phelipe, Janaína Fabiana de Souza Almeida, pontua que a decisão pelo arquivamento do processo foi um baque à família “pois a promotora alegou que não havia provas suficientes”. “Para mim e para minha família, nunca houve dúvida quanto à inocência do meu filho. Sabemos que existem provas e que elas são mais do que suficientes para demonstrar que ele era inocente. Estamos confiantes e esperançosos de que o processo seja desarquivado, para que ele possa ser devidamente julgado e para que os verdadeiros responsáveis sejam condenados. Meu filho foi uma vítima e, embora nada o traga de volta, o desarquivamento e o julgamento nos trarão algum conforto e alívio. Ainda acreditamos na Justiça e queremos que a imagem do Marcus, meu filho, seja limpa”, comenta.

Caso de morte de mecânico após abordagem da PM em Goiânia será reaberto

Cidades

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Matéria - Cidades

Violência policial

Um termo de compromisso assinado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia a partir de uma <a href="https://opopular.com.br/politica/igor-franco-vai-relatar-projeto-de-emprestimo-com-o-bndes-1.3339469" target="_self">emenda impositiva</a> do ex-vereador Sandes Júnior com a Associação Cooperar Mais Ação prevê um custo de R$ 2.140, em média, para atendimentos preventivos na área de odontologia. Ao todo, a entidade, que é sem fins lucrativos e existe apenas no papel, foi autorizada pela pasta a receber R$ 533,7 mil destacados pelo ex-vereador no orçamento municipal deste ano.

O registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) da Cooperar Mais Ação estava em nome do vereador Igor Franco (MDB) até o dia 4 de novembro de 2024, quando foi repassado para a dentista Helen Maria Lima, que, segundo o próprio vereador, foi uma apoiadora dele <a href="https://opopular.com.br/politica/ex-lider-volta-a-ocupar-assento-em-duas-comiss-es-1.3332056" target="_self">durante o mandato anterior na Câmara</a>. O endereço da entidade é um escritório de coworking no Setor Bueno que oferece serviço de locação do espaço para uso como endereço fiscal.

O plano de trabalho da associação aprovado pela SMS é vago sobre o tipo de atendimento que será ofertado de forma gratuita para essas 250 pessoas. Fala em “procedimentos preventivos e curativos, intervenções clínicas básicas e atividades educativas em saúde bucal”, além de “atendimentos odontológicos não especializados, com consultas, triagem, tratamento completo e encaminhamento quando necessário”. Este tipo de atendimento já é ofertado pela rede pública de saúde.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/prefeitura-de-goiania-vai-trocar-90-de-seus-computadores-1.3339447" target="_self">Prefeitura de Goiânia vai trocar 90% de seus computadores | O Popular</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/contrato-de-consignado-em-goiania-termina-nesta-semana-1.3339468" target="_self">Contrato de consignado em Goiânia termina nesta semana | O Popular</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/igor-franco-vai-relatar-projeto-de-emprestimo-com-o-bndes-1.3339469" target="_self">Igor Franco vai relatar projeto de empréstimo com o BNDES&nbsp;</a></div>

<a href="https://opopular.com.br/cidades/mulheres-agredidas-esperam-aplicac-o-de-lei-de-reconstruc-o-dentaria-1.3250417" target="_self">O público alvo são crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, mulheres vítimas de violência e alunos da rede pública</a>, mas também pessoas da comunidade próxima ao consultório alugado a serem atendidas por demanda espontânea. “As ações incluem anamnese, exame clínico, estratificação diagnóstica, elaboração do plano de tratamento, execução de procedimentos odontológicos não especializados e orientação às famílias”, afirma a entidade no plano de trabalho.

<a href="https://opopular.com.br/cidades/pacientes-especiais-recebem-tratamento-odontologico-pelo-sus-em-goiania-1.3213436" target="_self">Os atendimentos serão feitos</a> ao longo de 10 meses, sendo 25 pacientes por mês. Na planilha entregue à SMS, o maior custo é com o item “tratamento preventivo/curativo”: R$ 333 mil, ou R$ 1.332 para cada paciente. Um consultório particular no Jardim Planalto está sendo alugado por R$ 5 mil por 12 meses, totalizando R$ 60 mil. Há previsão de pagamento de R$ 40 mil para um coordenador geral e de R$ 22 mil para um auxiliar do dentista. O trabalho de mídia custará R$ 20 mil.

Prestação de contas

Procurada pelo jornal, Helen apresentou uma lista de custos para justificar o valor do atendimento. Dois profissionais ouvidos pelo POPULAR afirmam que os preços são similares aos cobrados por clínicas populares. A previsão da associação é que todos os pacientes tenham cinco dentes restaurados, duas retiradas de cáries e uma limpeza completa. Há previsão de outros serviços para um público menor. Mas pelo menos 100 vão passar por todos, segundo a planilha apresentada.

Helen aparece como presidente da Cooperar + Ação, enquanto outra pessoa divide os cargos de vice-presidente e tesoureira e mais duas outras como integrantes do conselho fiscal. São apenas as quatro que estão citadas como representantes da diretoria da associação. O POPULAR achou informações sobre elas como tendo passagem por Xinguara (PA), cidade que também é um reduto eleitoral de Igor e de seu irmão, Diogo Franco.

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Sobre o valor do aluguel, Helen afirma que não é o preço apenas do local, mas de todos os equipamentos. “Ele está completo para iniciarmos os atendimentos odontológicos.” Ela também explica que os serviços preventivos incluem palestras sobre saúde bucal que serão feitas em forma de “mutirões para grupos de pessoas” e que, nessas oportunidades, serão feitas as triagens de pacientes. Todos receberão “aplicação tópica de flúor” e kits com escova, creme e fio dental.

Helen diz que será ela quem vai atender todos os pacientes. O coordenador ainda não está definido, mas, segundo ela, será escolhido por meio de análise de currículo. “Vamos fazer o atendimento completo por paciente, vamos iniciar e concluir cada paciente. Nosso objetivo é atender a população mais carente e necessitada que não tem condições de pagar pelo tratamento, iremos dar prioridade às crianças”, afirmou.

A odontóloga reconheceu ao POPULAR que a associação não tem sede própria e que por isso está alugando um consultório para os atendimentos. Helen nega, entretanto, que a entidade exista só no papel e afirma que neste ano já fez trabalhos sociais, como entrega de cestas básicas. Ela diz que para o projeto previsto na emenda os pacientes serão captados por meio de “demanda espontânea, site da Cooperar Mais Ação, redes sociais, panfletos e triagem de pacientes por meio de mutirões”.

O plano de trabalho passou por poucas alterações desde que foi apresentado à SMS. Em julho, houve um pedido de inclusão de informações sobre onde os atendimentos seriam realizados, se o local tem registro no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (Cnes) e alvará sanitário, como seria feita a triagem dos pacientes e qual seria o número total de atendimentos, uma vez que parte do documento falava em 200 e outra em 250. Posteriormente, o número de kits ficou mantido em 200.

Histórico

A emenda de Sandes foi protocolada em 11 de dezembro de 2024, 37 dias depois da assembleia da Cooperar Mais Ação em que se definiu a transferência de Igor para Helen. O autor da emenda afirmou ao jornal, em março, quando foi publicada a primeira reportagem sobre o repasse, que não sabia sobre o registro do CNPJ em nome do então colega de Câmara. Sandes disse que chegou a analisar o projeto apresentado por Helen e que todo tratamento dentário é muito caro.

Ainda em março, o ex-vereador também defendeu o fato de a associação estar com uma diretoria totalmente nova, não ter sede e não ter experiência ou ter realizado atividades antes de receber uma emenda de valor expressivo. Segundo ele, todos precisam “ter um começo”. “Ela me falou que estava começando e que estava procurando os vereadores para dar um primeiro passo.” O POPULAR levantou que Helen atuou como voluntária em duas entidades que receberam emendas de Igor.

Igor também foi procurado pelo jornal em março e disse que a associação funcionou por muito tempo quando ele deu início a sua vida pública e política, com sede no Jardim Mariliza, mas depois, quando virou vereador, não via mais finalidade para a Cooperar Mais Ação. Por isso, pediu a um contador que cuidasse do CNPJ e foi quando surgiu a possibilidade de repassar o registro para Helen, que ele disse ser uma pessoa “que tem aptidão, que tem conhecimento para poder cuidar”.

O vereador disse na época que não tinha nenhum vínculo com a dentista nem com a associação e que ela chegou a procurá-lo, mas que por coerência não poderia destinar uma emenda para a entidade. Helen ocupou um cargo comissionado na Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Economia Criativa (Sedec) de Goiânia entre março e novembro de 2023, quando o titular da pasta era o irmão de Igor, Diogo Franco.

“Tratamento completo”

A SMS de Goiânia argumentou ao POPULAR que o termo de compromisso assinado com a associação no final de outubro prevê não apenas uma consulta preventiva, mas “todo o tratamento preventivo e corretivo oferecido aos pacientes”, com a elaboração de um plano terapêutico individualizado a partir de uma avaliação clínica, e que este tratamento pode incluir radiografias, extrações, restaurações e raspagem.

A secretaria também alega que a previsão de gastos pode ser alterada “conforme a necessidade de cada paciente” e que a instituição deverá comprovar, em prestação de contas à pasta, todos os procedimentos realizados. “Caso haja discordância de valores em relação aos procedimentos, a pasta poderá aplicar sanções à entidade, solicitando inclusive a devolução ao erário dos valores pagos”, afirmou.

A pasta ainda acrescenta que os termos de fomento e compromisso para a execução de emendas parlamentares impositivas são assinados após a apresentação de documentação que comprove o cumprimento das exigências legais para a efetivação das parcerias. A Prefeitura de Goiânia torna público apenas o termo de fomento, publicando-o no site. Outros detalhes, como o plano de trabalho ou a prestação de contas, não ficam à disposição do goianiense.

Igor foi procurado pelo jornal nesta quinta-feira (20) e respondeu que não tem conhecimento dos apontamentos feitos pelo POPULAR, de modo que não teria “dados fáticos para responder”. Já Sandes não retornou à mensagem deixada em seu celular.

Prefeitura de Goiânia vai pagar R$ 2,1 mil a dentista por atendimento preventivo

Gastos públicos

Últimos dias do Refis 2025

Entrando em sua reta final e com o intuito de reduzir o alto volume de dívidas existentes hoje no município, o Programa de Recuperação de Créditos Tributários, Fiscais e Não Tributários, o Refis 2025, da Prefeitura de Goiânia, segue até o próximo dia 30 de novembro. Criado pela lei nº 11.520, o programa oferece condições especiais para que empresas e pessoas físicas regularizem seus débitos com o município vencidos até 30 de julho de deste ano.

Os devedores podem fazer negociações para obter descontos especiais pela internet até 30 de novembro, último dia do programa. O atendimento presencial, porém, vai somente até o dia 28 de novembro, no saguão do Paço Municipal, das 8h às 17h. No dia 29, último sábado do mês, também haverá oportunidade presencial, mas os interessados deverão se dirigir às unidades do Atende Fácil da Estação Goiânia e Praça da Bíblia, até às 13h.

O diretor de dívida ativa da Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz), Bruno de Castro, aponta que atualmente são aproximadamente R$ 3 bilhões em débitos acumulados e cerca de 240 mil contribuintes inadimplentes na capital.

O diretor reforçou ainda que o programa também deve atrair um grande número de contribuintes que quebraram acordos antigos ou que foram negativados no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) ao longo deste ano. “Só em 2025, cerca de 50 mil pessoas tiveram seus nomes incluídos no serviço de proteção ao crédito por débitos municipais. Para muitos deles, o Refis se torna a chance de limpar o nome antes das compras de fim de ano”, disse Castro.

Os contribuintes podem fazer sua negociação à vista com até 99% de desconto ou débito ajuizado de forma prática, através do site: www.goiania.go.gov.br/refis2025/, sem necessidade de comparecimento em alguma unidade Atende Fácil até 30 de novembro.

Já quem optar pelo parcelamento, deverá comparecer em qualquer unidade do Atende Fácil ou à estrutura provisória no saguão do Paço, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Nesse caso, os descontos são progressivos conforme o número de parcelas: sendo 90% entre 2 e 10 parcelas; 80% entre 11 e 20 parcelas; 70% entre 21 e 30 parcelas; 60% entre 31 e 40 parcelas; 50% entre 41 e 60 parcelas. Nenhuma parcela pode ser inferior a R$ 100 para pessoa física, ou R$ 300 para pessoa jurídica.

<div attr-cid="policy:1.3339842" attr-version="policy:1.3339842:1763686572" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3339842" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3339842', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3339842">Últimos dias do Refis 2025 (1.3339842)</a></div>

Arrecadação

A Prefeitura espera atingir cerca de R$ 500 milhões de receitas com o Refis e atender, neste período em que o programa avança para sua reta final, cerca de 20 mil contribuintes que optarem pelo parcelamento, além daqueles que devem quitar seus débitos à vista pelo site, sem necessidade de atendimento presencial.

“Apesar da alta inadimplência, a expectativa de arrecadação é expressiva, considerando o desempenho dos últimos cinco anos. A Prefeitura projeta pelo menos R$ 500 milhões em receitas. Esse valor inclui tanto os pagamentos à vista, que costumam ter maior adesão devido aos altos descontos, quanto as primeiras parcelas dos acordos firmados durante o Refis”, disse o diretor.

Ainda conforme Castro, o objetivo do Refis é trazer regularidade aos devedores com a oferta de condições reais para os que estão com débitos em impostos como IPTU, ISS, ITBI, ITU, e multas administrativas, a exemplo dos embargos de obras, com exceção de multa de trânsito. “A Prefeitura de Goiânia oferece uma oportunidade de descontos sobre juros e multas. É importante destacar que o valor principal da dívida não se reduz. É uma forma de o contribuinte parcelar em valores que cabem no orçamento e, ao mesmo tempo, colocar sua vida financeira em ordem”, afirmou o diretor da Sefaz.

Castro explicou que os boletos emitidos até o dia 30 de novembro podem ser pagos em até sete dias. “Com base no que foi quitado à vista e nas primeiras parcelas dos parcelamentos, conseguimos fazer uma previsão do montante arrecadado já no início de dezembro”, salientou.

Na reta final, Refis 2025 terá última semana de renegociação

Economia

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Matéria - Economia

<img attr-cid="policy:1.3339775" attr-version="policy:1.3339775:1763677071" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3339775/Proporção para foto do site (50) (1).png?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Wanessa Rosa de Oliveira, de 31 anos (Arquivo pessoal / André Luiz)

A atendente Wanessa Rosa de Oliveira, de 31 anos, morreu após ter complicações durante o parto, em Goiânia. Ao POPULAR, o esposo dela, André Luiz Lourenço disse que a tão sonhada filha deles, a Hadassa, sobreviveu, mas que houve uma série de erros médicos durante o procedimento.&nbsp;

O parto ocorreu durante a manhã de quarta-feira (19), no Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (HEMNSL), na Vila Jaraguá. Ao&nbsp;POPULAR, a unidade respondeu em nota que a paciente foi submetida a um parto cesariano e apresentou "complicações clínicas no período pós-parto imediato". Acrescentou que diante da gravidade do quadro, foram adotadas "todas as medidas assistenciais indicadas", incluindo estabilização clínica e transferência para outra unidade". Por último, lamentou a morte da mulher e disse que está à disposição para prestar esclarecimentos às autoridades" (veja a nota completa abaixo).

Hadassa é a segunda filha do casal. Segundo o marido de Wanessa, a equipe médica informou à família que a mulher teve uma “colagem de placenta”.&nbsp;

<cite>A explicação foi de que teve um rompimento da bolsa e uma colagem de placenta. Parece que a placenta, em vez de descolar, para tirar, ela colou nos órgãos. Colando nos órgãos, dificultou a tirada dela”, apontou.&nbsp;</cite>

André disse que acompanhou toda a cirurgia e mencionou que houve uma série de equívocos por parte do hospital.

“No início do procedimento, romperam algum vaso, cortaram a bexiga, aconteceu alguma coisa durante a cirurgia, que eu tenho quase certeza que foi erro médico, para não falar certeza. Eu vi que eles desesperaram. Eles erraram na hora de transportar, chegou sangue errado, voltou. A ambulância foi para o lugar errado, e eles pagaram uma ambulância por fora para levar minha esposa à outro hospital, porque a ambulância estava demorando demais. Então foi uma série de coisas que trouxeram ela a óbito”, afirmou.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/irm-da-ex-vereadora-gabriela-rodart-morreu-apos-dar-a-luz-diz-m-e-1.3335113" target="_blank">Irmã da ex-vereadora Gabriela Rodart morreu após dar à luz, diz mãe</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/bebe-morre-apos-demora-em-parto-dentro-de-maternidade-denuncia-familia-1.3293883" target="_blank">Bebê morre após demora em parto dentro de maternidade, denuncia família</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/bebe-prematuro-dado-como-morto-e-retirado-do-proprio-velorio-com-vida-1.3328717" target="_blank">Bebê prematuro dado como morto é retirado do próprio velório com vida</a></div>

Conforme o marido, Wanessa foi transferida para o Hospital Estadual da Mulher Dr. Jurandir do Nascimento (Hemu), mas para ele, a esposa morreu ainda na unidade anterior.&nbsp;

<cite>Na minha cabeça, eu perdi minha esposa naquela mesa de cirurgia. Foi lá que ela fechou o olho e nunca mais abriu. Só entupiram ela de droga para levar para o outro hospital, porque ela, no caminho, teve uma parada cardíaca, onde ela ficou 19 minutos sem oxigênio. E, se ela sobrevivesse, ela ia ter sequelas”, lamentou André.&nbsp;</cite>

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Wanessa era mãe de um menino e tinha o sonho de ter uma menina (Arquivo pessoal / André Luiz)

<h2>Homenagem</h2>

O velório foi realizado na noite de quarta-feira (19) na Funerária Fênix, no Setor Gentil Meireles, em Goiânia. O sepultamento ocorreu na manhã desta quinta-feira (20) no Cemitério Parque. Ela deixa dois filhos e o esposo.&nbsp;

André disse que a esposa trabalhava muito, desde os 8 anos de idade, quando ajudava o pai na feira. Quando os dois se casaram, ela passou a vender polpas de frutas à noite, e ainda trabalhar de atendente em uma lanchonete durante o dia.

Ele lamentou profundamente a morte da esposa, que, segundo ele, lhe deu sentido para a vida. Prometeu que cuidará dos filhos com muito amor.&nbsp;

“Está sendo difícil, mas eu tenho que dar o máximo que agora eu tenho um anjinho e uma anjinha para cuidar. Ela me deixou dois presentes, mas você pode ter certeza que eu vou cuidar, eu vou fazer o que eu sempre fiz, dei meu máximo. Eu perdi uma grande mulher, guerreira, trabalhadeira, trabalhava desde cedo, desde criança. Quando ela juntou comigo, ela tirou eu do nada, e hoje nós tínhamos tudo”, revelou.&nbsp;&nbsp;

Os dois haviam adquirido há pouco tempo a casa própria, no setor Estrela Dalva: “Nossa vida estava perfeita”, disse o marido.&nbsp;

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Marido disse que esposa era uma mulher guerreira e trabalhadora (Arquivo pessoal / André Luiz)

<h2>&nbsp;Nota do hospital e maternidade</h2>

O Hospital e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes informa que a paciente W.R.D.O. deu entrada na unidade no dia 18/11/2025, por demanda espontânea, com 37 semanas e 3 dias de gestação, em segunda gestação, com pré-natal realizado em outro serviço. Foi submetida a parto cesariano na instituição e apresentou complicações clínicas no período pós-parto imediato. 
 
Diante da gravidade do quadro, foram adotadas todas as medidas assistenciais indicadas, incluindo estabilização clínica e transferência imediata para uma unidade de maior complexidade, conforme os protocolos vigentes de atenção obstétrica e emergência materna. 
 
Apesar dos esforços das equipes multiprofissionais envolvidas, a paciente infelizmente evoluiu a óbito. 
 
O recém-nascido encontra-se estável, em acompanhamento hospitalar, ainda sem previsão de alta. 
 
Manifestamos nossa solidariedade e profundo pesar aos familiares e permanecemos à disposição dos órgãos competentes para prestar todas as informações necessárias, sempre respeitando o sigilo médico e a legislação vigente.

Atendente morre após complicações no parto, em Goiânia

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