Fabiana Pulcineli

Maiores doadores

A campanha eleitoral deste ano em Goiás já conta com R$ 35,5 milhões de doações de pessoas físicas até esta quarta-feira (2). São quase 9,3 mil financiadores, com transferências que variam de centavos a R$ 580 mil, segundo dados das prestações de contas dos candidatos e partidos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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Entre os 18 doadores que contribuíram com mais de R$ 100 mil (veja quadro), 16 são empresários do setor de agronegócios ou produtores rurais, que financiaram campanhas em 15 cidades.

Ao total, a campanha nos municípios goianos já teve arrecadação de R$ 240,8 milhões, sendo R$ 182 milhões de recursos públicos (fundos eleitoral e partidário) e R$ 58,6 milhões de recursos privados, que incluem, além das doações de pessoas físicas, a aplicação de recursos próprios dos candidatos.

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Em 2020, na prestação de contas total das campanhas, as receitas somaram R$ 239 milhões (R$ 303,4 milhões atualizados com a inflação do período), com recursos de pessoas físicas em valores maiores - R$ 65,8 milhões (R$ 83 milhões corrigidos). Os recursos públicos somaram R$ 131 milhões (R$ 167 milhões) e privados, R$ 107 milhões (R$ 136 milhões). Os candidatos este ano têm prazo até 6 de novembro para prestar contas finais da campanha de primeiro turno.

Em balanço parcial divulgado no dia 16 de setembro, o Giro já havia mostrado a grande presença do agro nas maiores doações em Goiás. De lá para cá, o porcentual de doações de pessoas físicas subiu 62%, com entrada de novos doadores no ranking.

A maior transferência privada até agora é do empresário Fabio Cardoso de Oliveira, sócio de sete empresas do agro e uma do setor imobiliário em Ribeirão Preto (SP). Ele repassou R$ 580 mil para a campanha do ex-prefeito de Goiatuba Marcelo Coelho (MDB), que tenta voltar ao cargo.

Produtor rural, o emedebista destaca em seu perfil nas redes sociais que “o agro move o país”. Marcelo Coelho também recebeu R$ 130 mil de um outro nome da lista dos maiores doadores: Adevaldes Pereira Junior, ex-presidente do Sindicato Rural do município e proprietário de empresa que atua em inseminação artificial em animais.

A doação dos dois representa 90% do que o candidato declarou de receita até agora (R$ 841 mil). Coelho recebeu R$ 81,4 mil de recursos públicos: R$ 32,5 mil da direção nacional do MDB e R$ 48,9 mil do União Brasil.

No segundo lugar do ranking, está Isabela Leão Assad, proprietária de empresa de Rio Verde que tem cultivo de soja e milho e criação de gado entre suas atividades. Ela doou R$ 270 mil para o vereador do município Ronaldinho Cruvinel (PP), candidato à reeleição.

O empresário Alberto Borges de Souza, da Caramuru Alimentos, transferiu R$ 265 mil para o prefeito de Itumbiara, Dione Araújo (UB), que tenta mais um mandato. O empresário Marcos Helou, do Grupo Piracanjuba, distribuiu R$ 242 mil entre três candidatos a prefeito: Leandro Vilela (MDB), em Aparecida de Goiânia; Sandro Mabel (UB), na capital e Dione do Cará (PP), em Bela Vista de Goiás.

O produtor rural Antônio Simão Abdul Nour, que atua em cultivo de cana de açucar e criação de bovinos, além de ser dono de empresa do setor imobiliário no interior de São Paulo, doou R$ 232 mil para o ex-prefeito de Catalão Velomar Rios (MDB), que tenta voltar ao cargo. Ele contribuiu também com a campanha de Jorge Feres, candidato a prefeito de Borborema (SP), com R$ 50 mil.

Proprietário de empresas de agronegócio, Geraldo Bosco Figueiredo doou R$ 200 mil para a campanha do candidato a prefeito de Cristalina Dr. Luis Otávio (PL). O nome do PL também contou com R$ 156 mil do empresário e produtor rural do município Dario Luiz Turra, dono de empresas do agro e de construtora.

Já o empresário João Carlos Carneiro, que tem madeireira e construtora em Ipameri, contribuiu com R$ 197 mil para a campanha do prefeito Jânio Pacheco (UB) à reeleição. O prefeito também contou com R$ 120 mil da empresária Maria José Teixeira Gontijo, cuja família é dona da Agropecuária Lago Azul com fazendas em Ipameri e Cristalina.

O empresário Valterdan Fernandes Madalena, do Grupo Cristal Alimentos, doou R$ 150 mil para a campanha de Silvio Vaz (MDB) a vereador de Goiânia e R$ 15 mil para Jeronymo Siqueira (PL) à Prefeitura de São Miguel do Araguaia.

Produtor rural de Goiatuba, Gilberto Elias Zure fez doações para 51 candidatos a vereador da cidade, transferindo R$ 3 mil para cada um. A cidade tem ao total 127 postulantes a cadeiras na Câmara Municipal e são 13 vagas.

Entre os dois do ranking que não são do agro, está o empresário Raul Alencar de Sena, fundador do canal Investidor Sardinha e dono de empresas de educação financeira e outros ramos. Ele transferiu R$ 150 mil para a campanha de Mabel em Goiânia.

O outro nome é Daniel Ferreira Rodrigues, que atua no ramo imobiliário em Nova Veneza (GO). Ele doou R$ 114,3 mil para Elisa da Saúde (PP), candidata a prefeita de Nerópolis.

Completam a relação dos 18 maiores doadores os produtores rurais Júlio Raimundo do Prado Neto, dono da Fazendas JP em Jataí; Welson Gomes da Silveira; e Frederico Lemos Cardoso Cunha. Júlio repassou R$ 120 mil a três partidos de Jataí: União Brasil, MDB e Podemos, com R$ 40 mil para cada.

Welson doou R$ 100 mil para ajudar o ex-prefeito de Inhumas José Essado (UB), que tenta voltar ao cargo, e R$ 9 mil para o prefeito de Araçu, Milton de Paula (UB), candidato à reeleição.

Já Frederico repassou R$ 105 mil ao prefeito de Quirinópolis, Anderson de Paula (PDT), que também disputa a reeleição.

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Agronegócio se destaca entre os R$ 35,5 milhões já doados por pessoas físicas

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Matéria - Política

Eleições 2024

Chega pra Cá #131: Daniel Vilela, vice-governador e presidente do MDB

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O Jackson Abrão Entrevista desta segunda-feira (18) recebe o prefeito eleito Marcio Correa (PL) que acaba de vencer a corrida pela Prefeitura de Anápolis com 58,56% dos votos válidos. O candidato apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro derrotou o candidato Antônio Gomide (PT).

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Acompanhe a transmissão a partir das 10h. 
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Jackson Abrão entrevista Marcio Correa

AO VIVO

Gastos de ex-auxiliares e vereadores na eleição

Os 12 vereadores de Goiânia que foram derrotados na disputa pela reeleição neste ano gastaram, juntos, R$ 2 milhões na campanha. O número corresponde às despesas contratadas declaradas pelos candidatos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os dados foram extraídos do portal Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais na sexta-feira (15).

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O maior valor, de R$ 782 mil, foi registrado por Sabrina Garcêz, presidente do Republicanos na capital. As principais despesas da vereadora durante o período eleitoral foram com atividades de militância e mobilização de rua (R$ 343 mil), serviços prestados por terceiros (R$ 159 mil) e publicidade por materiais impressos (R$ 97 mil). A campanha de Sabrina recebeu R$ 547 mil do Republicanos.

O POPULAR já mostrou que a despesa de Sabrina não é a maior apenas entre os derrotados na disputa pela reeleição, mas entre todos os candidatos a vereador de Goiânia. A parlamentar já se posicionou sobre o assunto, destacando a relevância de recursos do Fundo Eleitoral chegarem de forma consistente a uma candidatura feminina.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/ex-auxiliares-de-cruz-gastaram-r-1-milh-o-e-n-o-foram-eleitos-1.3200526" target="_blank">Ex-auxiliares de Cruz gastaram R$ 1 milhão e não foram eleitos</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/ccj-derruba-vetos-de-cruz-a-emendas-feitas-no-refis-por-mabel-1.3199154" target="_blank">CCJ derruba vetos de Cruz a emendas feitas no Refis por Mabel</a> 
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A vereadora também ressaltou que as despesas foram declaradas de forma integral e reiterou que quase a metade dos recursos foram aplicados em militância e mobilização, “porque acreditamos na boa política do corpo a corpo para ampliar nossa mensagem em favor do cidadão”. Sabrina teve 6.039 votos e é a primeira suplente do Republicanos, que elegeu dois vereadores.

A segunda maior despesa foi de Paulo Magalhães (UB), com R$ 286 mil. O parlamentar gastou quase 90% do valor (R$ 257 mil) em materiais impressos. O União Brasil repassou R$ 244 mil para Magalhães. O vereador também investiu R$ 45 mil do próprio bolso. Além disso, consta doação de R$ 315 de Sandro Mabel (UB), que venceu a disputa pela Prefeitura de Goiânia.

Magalhães argumentou que prestou contas integralmente e criticou candidatos que supostamente omitiram despesas à Justiça Eleitoral. Segundo o vereador, sua campanha também ajudou nas mobilizações a favor de Mabel. Magalhães era suplente do antigo DEM e tomou posse na Câmara em outubro de 2022, após cassação da chapa do PRTB por desrespeito à cota de gênero. Com 3.612 votos, o vereador ficou como suplente mais uma vez.

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Na lista, Leandro Sena (SD) aparece em seguida, com despesa contratada de R$ 273 mil. Os principais destinos dos recursos foram pessoal, com R$ 87 mil; materiais impressos, com R$ 36,9 mil; e impulsionamento de conteúdo nas redes sociais, com R$ 34 mil. Sena recebeu R$ 50 mil da direção do Solidariedade, investiu R$ 20 mil do próprio bolso e recebeu R$ 1 mil de financiamento coletivo. O restante do recurso veio de pessoas físicas.

Sena afirmou que a parte mais importante do seu trabalho “é o serviço prestado à sociedade”, destacando projetos e requerimentos aprovados, além de audiências públicas realizadas nos últimos anos. “Fiz meu melhor até o último minuto e estou tranquilo”, disse, sobre a campanha.

<h2>Regras</h2>

O prazo para os candidatos que disputaram o primeiro turno da eleição deste ano prestarem contas à Justiça Eleitoral terminou no dia 5 de novembro, mas ainda é possível que os dados passem por atualização no sistema do TSE. Em 2024, o limite de despesa para candidatos a vereador de Goiânia foi de R$ 768 mil, mas o teto não considera os gastos com serviços advocatícios e de contabilidade.

Atualmente, a Câmara de Goiânia tem 35 vereadores, mas terá 37 a partir de 2025. A mudança foi feita por causa do aumento da população. A Constituição Federal permite que cidades com até 1,5 milhão de habitantes, como é o caso de Goiânia, tenham até 37 representantes no Legislativo municipal.

Na eleição deste ano, dos 35 vereadores com mandato, 23 conseguiram se reeleger. Na configuração para a próxima legislatura, o MDB continuará com a maior bancada, com oito vereadores.

O segundo partido que mais elegeu parlamentares foi o PL, com quatro - entre eles, o campeão de votos, com 15.678, ex-deputado federal Major Vitor Hugo.

Reportagem do POPULAR mostrou que os 37 vereadores eleitos na capital registraram, juntos, R$ 9,9 milhões em despesas contratadas e 258 mil votos. Com isso, cada voto em parlamentares eleitos “custou” R$ 38,31.

Gastos de 12 não reeleitos somam R$ 2 milhões

Câmara de Goiânia

Cinco auxiliares do prefeito Rogério Cruz (SD) deixaram o Paço Municipal para disputar a eleição para vereador em 2024, mas não conseguiram cadeira na Câmara de Goiânia. Ao todo, as despesas de campanha contratadas por eles atingiram R$ 1 milhão. O maior valor é de Zander Fábio (Podemos), que gastou R$ 300 mil. Zander é ex-vereador e assumiu a Secretaria Municipal de Cultura em abril de 2021. Ele se desincompatibilizou do cargo no início de abril deste ano.

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Sem sucesso na eleição, Zander foi nomeado novamente no comando da mesma pasta em decreto publicado no Diário Oficial do Município (DOM) de 30 de outubro. Na eleição, Zander recebeu 3.282 votos. “A minha despesa é real, não é maquiada. (...) Acho que fui muito bem votado. Resultado compatível com o que eu declarei ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral de Goiás)”, disse. Quanto ao retorno à Prefeitura, Zander disse que Cruz pediu que ele voltasse ao cargo para dar continuidade a projetos, realizar o pagamento de emendas impositivas, entre outras ações.

Neste recorte, o segundo maior valor da lista é de Michel Magul (PSDB), que gastou R$ 233 mil. Em 2020, Magul disputou eleição para vereador pelo MDB e também foi suplente. Ao longo dos últimos anos, ele ocupou diferentes cargos na Prefeitura, como o comando das secretarias de Governo e de Desenvolvimento Econômico. O ex-auxiliar também ocupou interinamente o comando da pasta de Planejamento Urbano. Foi ainda secretário-executivo de Educação, de Comunicação e de Planejamento Urbano.

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<a href="https://opopular.com.br/politica/secretario-de-financas-aponta-reduc-o-em-80-dos-contratos-do-paco-1.3199165" target="_blank">Secretário de Finanças aponta redução em 80% dos contratos do Paço</a></div>

Magul destacou que não disputou a eleição deste ano na base de Cruz - o PSDB teve Matheus Ribeiro como candidato à Prefeitura - e afirmou que não recebeu apoio do atual chefe do Executivo ou da estrutura do Paço Municipal.

Na lista também estão o ex-titular da Agência Municipal de Turismo Eventos e Lazer e da Secretaria de Administração, Valdery Jr. (PRD); o ex-presidente da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Alisson Borges (DC); e o ex-liquidante da Companhia de Processamento de Dados do Município de Goiânia (Comdata), Rodrigo Melo (Mobiliza).

O ex-presidente da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), Luan Alves (MDB), foi o único ex-auxiliar de Cruz que venceu a eleição para vereador. Alves atribui a vitória ao trabalhode &nbsp;grupo político do qual seu pai, o deputado estadual Clécio Alves (Republicanos), faz parte.

Ex-auxiliares de Cruz gastaram R$ 1 milhão e não foram eleitos

vídeo do jackson e vilela

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O Jackson Abrão Entrevista desta segunda-feira (11) recebe o prefeito eleito Leandro Vilela (MBD) que acaba de vencer a corrida pela Prefeitura de Aparecida de Goiânia com 63,60% dos votos válidos. O candidato apoiado pelo governador Ronaldo Caiado (União) e o vice-governador Daniel Vilela (MDB) derrotou o candidato Professor Alcides (PL) apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. 
 
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