Rubens Salomão

<a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/a-frente-do-pl-goiano-wilder-tem-53-de-governismo-em-votac-es-no-senado-1.3223289" target="_blank">Integrantes do PL em Goiás</a> apontam que a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) poderá fortalecer o discurso e o apoio popular ao partido para a estruturação de projetos eleitorais na próxima disputa estadual, em 2026. Os bolsonaristas insistem na construção de pré-candidatura própria ao Palácio das Esmeraldas, com o senador Wilder Morais, mas admitem situação “desconfortável” a partir do indiciamento.

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“É uma situação muito desconfortável, porque estão querendo tratar o ex-presidente como bandido e ele não é. Tem tanto bandido que eles poderiam ir atrás e não estão fazendo. Muito desconfortável isso, mas é o preço que se paga. Acredito que não nos enfraquece porque o partido é forte e tem o nome de Bolsonaro, que é nosso líder”, avalia o deputado estadual Paulo Cézar Martins.

Presidente regional da sigla, <a href="https://opopular.com.br/opiniao/daniel-ou-wilder-para-onde-vai-o-pl-goiano-1.3233343" target="_blank">Wilder Morais</a> não respondeu à reportagem sobre os impactos políticos da denúncia, mas postou mensagem nas redes sociais em que condena “perseguição política implacável” contra o ex-presidente. “A justiça não pode ser usada como ferramenta de vingança ou manipulação política”, escreveu o senador.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/opiniao/daniel-ou-wilder-para-onde-vai-o-pl-goiano-1.3233343" target="_blank">Daniel ou Wilder: para onde vai o PL goiano?</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/wilder-busca-bolsonaro-por-unidade-no-pl-em-goias-1.3230501" target="_blank">Wilder busca Bolsonaro por 'unidade' no PL em Goiás</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/a-frente-do-pl-goiano-wilder-tem-53-de-governismo-em-votac-es-no-senado-1.3223289" target="_blank">À frente do PL goiano, Wilder tem 53% de governismo em votações no Senado</a></div>

Outros membros da bancada estadual do PL avaliam que o discurso baseado no apontamento de perseguição política poderá estimular maior engajamento de eleitores e militantes em torno de projetos bolsonaristas no estado, com destaque para eventuais candidaturas ao governo estadual e ao Senado.

“Fortalece. O PL está cada dia mais forte em Goiás e no Brasil. Essa investigação foi realizada sem critérios, sem observância dos mínimos princípios constitucionais; com delação premiada realizada sob coações, ao meu ver, sem nenhum elemento de prova robusto. Uma denúncia inócua que não culminará em condenação, caso o julgamento seja realizado com isenção”, avalia o deputado delegado Eduardo Prado.

Martins ainda aponta suposta “falsa narrativa” com o objetivo de “enfraquecimento da direita”. Já o deputado Major Araújo acredita que a denúncia e até a possível prisão de Bolsonaro terão impacto positivo para a construção dos <a href="https://opopular.com.br/politica/wilder-busca-bolsonaro-por-unidade-no-pl-em-goias-1.3230501" target="_blank">projetos do PL em Goiás</a> no próximo ano.

“Uma prisão do Bolsonaro, se acontecer, teria o efeito inverso da prisão do Lula. Não existe materialidade nenhuma nesse processo e é muito diferente da situação do Lula, quando as pessoas foram para as ruas exigir a condenação, com envolvimento dele com corrupção e depois do impeachment. O impacto de uma prisão do Bolsonaro seria o inverso e faz é fortalecer o partido. As pessoas sabem da injustiça”, argumenta.

A denúncia da PGR acusa o ex-presidente de tentativa de golpe de Estado em 2022, pelos crimes de liderança de organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União; e deterioração de patrimônio tombado. Se aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro se tornará réu e passará a responder a um processo penal.

Aliados rejeitam enfraquecimento do PL goiano

Política

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Matéria - Política

Denúncia da PGR

O vice-governador, Daniel Vilela (MDB), negou, nesta quinta-feira (20), que a criação do Fundo de Estabilização Econômica de Goiás (FEG) tenha impacto nos investimentos a serem realizados pelas próximas gestões. Daniel deve assumir o governo em março de 2026, quando Ronaldo Caiado (UB) pretende se afastar do cargo e disputar a eleição para presidente. Além disso, o emedebista é, hoje, o principal nome da base para a reeleição.

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Para Daniel, o estado tem recursos suficientes para promover investimentos dentro do orçamento. “O desafio que eu imagino para os próximos anos é alcançar uma eficiência maior no gasto”, disse o vice-governador. Dados publicados em relatório da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) apontam que, em 2024, Goiás investiu 8% da receita total. O porcentual máximo alcançado na gestão de Caiado foi de 13,8%, em 2021.

“Nós já temos o próprio orçamento que não estamos conseguindo aproximar, por exemplo, de 20%, que eu entendo que deva ser uma meta de investimento do estado. Vamos chegar nos 20% do orçamento, para pensar no que tem de superávit”, afirmou o emedebista. “O problema não é dinheiro, o problema é eficiência. Isso que agora nós precisamos alavancar”, declarou o vice-governador.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-cita-atritos-e-diz-que-federac-o-seria-tiro-no-pe-1.3243519" target="_blank">Caiado cita 'atritos' e diz que federação seria 'tiro no pé'</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/gusttavo-n-o-tinha-nenhum-interesse-diz-governador-1.3243528" target="_blank">Gusttavo 'não tinha nenhum interesse', diz governador</a></div>

Daniel afirmou que, para 2025, há expectativa de crescimento substancial na área por causa de obras de infraestrutura relevantes que estão em execução ou devem começar nos próximos meses. A principal aposta do governo é acelerar a entrega de obras do Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra) por meio de parceria com o Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag). O projeto de lei que trata sobre o tema foi aprovado na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) nesta quinta.

Daniel nega impacto de fundo em próximas gestões

Governo de Goiás

O governo de Goiás lançou, nesta quinta-feira (20), o Fundo de Estabilização Econômica (FEG), em evento onde os discursos demonstraram a intenção de chamar atenção do restante do País para <a href="https://opopular.com.br/politica/daniel-nega-impacto-de-fundo-em-proximas-gest-es-1.3243544" target="_blank">medidas fiscais</a> adotadas no estado. O contexto é de aproximação da disputa de 2026, quando o governador Ronaldo Caiado (UB) pretende ser candidato a presidente.

<a href="https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9rbSgCHDyl4gQj7A1C" style="color: rgb(0, 85, 128); font-size: 12px; text-decoration-line: none; outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal do O POPULAR no WhatsApp</a>

Na vitrine da pré-campanha já são citados resultados em áreas como <a href="https://opopular.com.br/cidades/ministro-diz-que-policia-prende-mal-e-justica-e-obrigada-a-soltar-1.3243477" target="_blank">segurança pública</a>, saúde, educação e políticas sociais, mas o novo programa mostra a intenção do governador de apresentar o contexto de equilíbrio fiscal em Goiás que vai além da figura do estado que se restabeleceu usando mecanismos do Regime de Recuperação Fiscal (RRF).

O FEG prevê que Goiás tenha uma reserva de recursos que só poderá ser usada no caso de calamidade pública ou problemas financeiros. Em entrevista coletiva, Caiado chamou a medida de “vacina” contra irresponsabilidade fiscal no governo estadual (com referências a gestões anteriores) e do governo federal (fez críticas diretas à gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT).

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/daniel-nega-impacto-de-fundo-em-proximas-gest-es-1.3243544" style="font-size: 12px;" target="_blank">Daniel nega impacto de fundo em próximas gestões</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-cita-atritos-e-diz-que-federac-o-seria-tiro-no-pe-1.3243519" style="font-size: 12px;" target="_blank">Caiado cita 'atritos' e diz que federação seria 'tiro no pé'</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/gusttavo-n-o-tinha-nenhum-interesse-diz-governador-1.3243528" style="font-size: 12px;" target="_blank">Gusttavo 'não tinha nenhum interesse', diz governador</a></div>

“Isto aqui é para mostrar uma coisa só: o quanto as pessoas têm que entender que se um estado não tem equilíbrio fiscal, não tem governabilidade”, disse Caiado. O gestor argumentou ainda que, embora Goiás esteja no RRF (com intenção de migrar para o Propag), conseguiu alcançar resultados melhores do que outros estados que também aderiram ao programa de ajuda federal.

Caiado voltou a mencionar o cenário de crise financeira que encontrou no estado no início de 2019, apontando que, naquela época, seriam necessários 13 meses de arrecadação para quitar a dívida. “Hoje, o que eu tenho em caixa, eu preciso de 3 meses de arrecadação do estado para quitar a minha dívida. Eu tenho R$ 15 bilhões em caixa e tenho R$ 26 bilhões de dívidas consolidadas. Então, é mostrar com clareza para o Brasil tudo aquilo que Goiás hoje é referência. Então, quando eu saio pelo Brasil, a vitrine que eu tenho é Goiás”, disse o governador.

<h2>Projeto </h2>

O secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, explicou que, após a criação, o FEG será abastecido com 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado (aproximadamente R$ 5 bilhões), com recurso que virá do montante que atualmente o <a href="https://opopular.com.br/politica/teto-de-gastos-exigiu-esforco-e-cancelamento-de-empenhos-1.3223815" target="_blank">governo tem em caixa</a>. O porcentual de 1,5% do PIB permanecerá como parâmetro mínimo do fundo.

A regra a ser criada pela nova legislação é que, todos os anos, em caso de superávit nas contas, o governo deve transferir 90% da “sobra” para o fundo. Caso o resultado fique acima de 1,5% do PIB, a gestão poderá retirar dinheiro do FEG para aplicar em investimentos. Se o fundo estiver abaixo do mínimo, o “saque” só poderá ser realizado para os casos de calamidade pública ou frustração de receita (para equilibrar as contas do estado).

O cálculo do tamanho mínimo do FEG será feito anualmente, a partir da análise da média do PIB dos últimos três anos, para evitar flutuações repentinas.

<h3>Trâmite</h3>

O FEG será criado por meio de proposta de emenda à Constituição (PEC) que será encaminhada à Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Em seguida, o governo enviará um projeto complementar para regulamentar detalhes do novo fundo (porcentual de 1,5% e detalhes relacionados ao prazo para os cálculos). O planejamento para envio do projeto foi revelado pelo POPULAR em reportagem publicada na terça-feira (18). Nos discursos do evento desta quinta, Caiado e outros representantes do governo destacaram o caráter inédito do modelo entre estados brasileiros.

Após chegar à Alego, uma PEC fica parada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) por dez sessões até começar a tramitar. O presidente da Casa, Bruno Peixoto (UB), participou do evento e citou o comprometimento da Casa com a aprovação da matéria. A proposta tem sido divulgada pelo governo como “reserva para <a href="https://opopular.com.br/politica/daniel-nega-impacto-de-fundo-em-proximas-gest-es-1.3243544" target="_blank">prevenir cortes nos serviços públicos</a>, atrasos de salários e não pagamento de fornecedores em caso de crise econômica”.

O diretor-executivo do Instituto Mauro Borges (IMB), Erik Figueiredo, disse que o FEG foi criado levando em consideração parâmetros de responsabilidade fiscal da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Figueiredo também citou o caráter nacional do projeto. “Ouso dizer que, num futuro muito próximo, a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) vai observar a criação desse fundo como uma condição necessária para que você tenha Capag, capacidade de aprovação de pagamento, mais alta”, disse.

<h3>Críticas</h3>

Caiado afirmou que o FEG é “vacina contra um governo federal que não tem compromisso com o equilíbrio fiscal, que não cumpre o arcabouço fiscal, que só sabe cada vez mais usar de forma perdulária o dinheiro público”. O governador citou aumento no <a href="https://opopular.com.br/politica/governo-de-goias-descarta-ampliar-isenc-o-de-icms-de-alimentos-1.3239717" target="_blank">custo da cesta básica</a> e tentativa do governo federal de repassar a responsabilidade aos estados, em referência a recente pedido feito por representantes da União para que estados diminuam as alíquotas de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de alimentos. Caiado também apontou o FEG como medida de enfrentamento às possíveis dificuldades financeiras que a reforma tributária pode provocar a estados de menor porte, como Goiás.

Em 2022, na gestão de Jair Bolsonaro (UB), houve redução no ICMS dos combustíveis, que também impactou as contas dos estados. A União pagou compensação, que foi considerada pelos entes federados como insuficiente.

Caiado vê medidas fiscais como 'vitrine' para o país

Eleições 2026

O governador Ronaldo Caiado (UB) afirmou nesta quinta-feira (20) ao POPULAR que&nbsp;conversou por telefone com o cantor Gusttavo Lima e percebeu “sinais de que ele não tinha nenhum interesse” em manter a <a href="https://opopular.com.br/politica/gusttavo-lima-desiste-de-candidatura-a-presidencia-em-2026-1.3242863" target="_blank">pré-candidatura à Presidência da República</a> ou mesmo o engajamento em projeto político para a eleição de 2026. Caiado manteve expectativa de participação do artista em sua pré-campanha até a véspera da desistência.

“Ele mostrou a mim, no telefone, uma inquietação diante da demanda toda da população, dos empresários que trabalham ao lado dele, alegando que ele pouco ficaria no Brasil. Ele já tinha um grande contrato para fazer, em poder fazer mais de &nbsp;30 shows na Europa. Então ele já mostrou sinais de que realmente não tinha nenhum interesse”, admitiu. Em nova tentativa de manter alinhamento político com o cantor, <a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-minimiza-impacto-de-saida-de-gusttavo-lima-1.3243119" target="_blank">Caiado voltou a direcionar elogios a Gusttavo Lima</a> e apontou que ele “já entrou na política”. “Qualquer opinião dele reflete positivamente e eu tenho certeza que, no momento que ele achar novamente correto, ele vai entrar na vida pública”.

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O governador apontou que, sem o sertanejo como cabo eleitoral, manterá foco na apresentação dos resultados do governo estadual para combater o desconhecimento no país. “Você pergunta o que isso interfere. Eu tenho humildade de reconhecer, que, lógico, o Gusttavo Lima é conhecido no Brasil todo, está certo? <a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/gusttavo-lima-sai-de-cena-e-caiado-segue-com-o-desafio-de-se-tornar-conhecido-1.3243095" target="_blank">E qual é o desafio do Ronaldo Caiado?</a> É ser conhecido”, disse. “A maior vitrine que existe no Brasil hoje é Goiás”, defendeu.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/gusttavo-lima-desiste-de-candidatura-a-presidencia-em-2026-1.3242863" target="_blank">Gusttavo Lima desiste de candidatura à Presidência em 2026</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-minimiza-impacto-de-saida-de-gusttavo-lima-1.3243119" target="_blank">Caiado minimiza impacto de saída de Gusttavo Lima</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/gusttavo-lima-sai-de-cena-e-caiado-segue-com-o-desafio-de-se-tornar-conhecido-1.3243095" target="_blank">Giro |&nbsp;Gusttavo Lima sai de cena e Caiado segue com o desafio de se tornar conhecido</a></div>

Gusttavo 'não tinha nenhum interesse', diz governador

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, afirmou, nesta quinta-feira (20), que uma federação entre o seu partido, União Brasil (UB), e o Progressistas (PP), “é um tiro no pé, para não dizer na cabeça”. Presidente do partido em Goiás, Caiado destacou que o UB ainda enfrenta problemas criados pela fusão entre DEM e PSL (realizada em 2022) e apontou os desafios internos do PP. O cenário conturbado teria de ser administrado pelo grupo “na reta de uma eleição”.

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As articulações para possível composição entre as siglas foi iniciada ainda no passado, mas as conversas foram paralisadas à espera das definições para o comando das presidências da Câmara dos Deputados e do Senado. Depois da retomada, a direção nacional do Progressistas aprovou a federação, em reunião realizada na terça-feira (18), e cabe apenas ao União Brasil confirmar o acordo. O consenso já teria sido alcançado entre os presidentes das duas legendas, mas o assunto é alvo de resistência interna.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/gusttavo-n-o-tinha-nenhum-interesse-diz-governador-1.3243528" target="_blank">Gusttavo 'não tinha nenhum interesse', diz governador</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/tre-go-retira-de-pauta-julgamento-de-ac-o-contra-caiado-e-mabel-1.3243172" target="_blank">TRE-GO retira de pauta julgamento de ação contra Caiado e Mabel</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-resiste-a-federac-o-com-o-pp-por-entraves-a-projeto-eleitoral-1.3243129" target="_blank">Caiado resiste a federação com o PP por entraves a projeto eleitoral</a></div>

O governador goiano confirmou as dificuldades e argumentou, em resposta ao POPULAR, que o instrumento da federação foi criado para “salvar alguns partidos, que corram o risco de não ter sequer o critério mínimo para ter o fundo partidário e nem ter o tempo de rádio e televisão”, o que não é o caso de UB e PP.

“Quando você busca dois partidos, o terceiro maior partido, e o quarto ou o quinto, que é o PP, para fazer uma federação, é algo que não tem o menor sentido que aconteça. Até porque o PP deixou nove estados que serão geridos pela nacional”, critica o governador. Caiado aponta que os conflitos nos estados não serão administráveis, caso a federação seja efetivada, diante das divergências.

“Como é que você vai gerenciar pela nacional? Um atrito entre o União Brasil e o PP no Distrito Federal, no Rio de Janeiro, em São Paulo, Minas Gerais, Paraná, e nos outros quatro estados? Com cinco desses aqui dizendo que não deu acordo, como é que vai dar acordo?”, questiona.

Caiado aponta que o União Brasil só fechou posicionamento favorável à composição nos estados do Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia. “O que é que veio para nós? Rio Grande do Norte, Amapá e não sei qual outro. Então, quer dizer, isso vai criar uma guerra interna e nós ainda estamos administrando as sequelas da fusão dos Democratas com o PSL”, disse.

“Nós não resolvemos ainda o problema de Pernambuco, nós não resolvemos ainda o problema do Amazonas. Então, nós temos ainda vários atritos na base e isso já tem mais de três anos. Você imagina bem a reta de uma eleição, você pegar dois partidos grandes, que são independentes, e você querer tutelar um ou outro nesses estados. Não fecha”, define Caiado.

Como antecipado pelo POPULAR, o governador mantém receio de que a federação dificulte ainda mais seu projeto de disputar a Presidência da República em 2026. Neste sentido, os dois partidos encaram falta de consenso sobre os projetos para o próximo ano e dificuldade em lidar com os interesses das lideranças como o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, e dos ex-presidente da Câmara Arthur Lira.&nbsp;

Caiado já enfrenta posições desfavoráveis dentro do UB, com governistas que mantêm indicação de ministérios na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e opositores ao Palácio do Planalto que defendem seguir as orientações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A eventual chegada do PP seria mais um amplo grupo de lideranças com diversos pontos de vista.

O governador confirma os problemas internos quando questionado diretamente sobre possíveis dificuldades para a pré-candidatura a partir da federação. “Isso não é questão só de uma candidatura para presidente, isso explode o partido”, disse.

“Você tem que entender, se você faz uma fusão ou uma federação como essa, e desagrada nove estados, que são os maiores estados da federação, o que é que você vai fazer com esses deputados? No momento da janela eles vão sair do partido. Então, quer dizer, nunca vi uma coisa dessa. Isso é um tiro no pé, para não dizer na cabeça”, concluiu Caiado.