-Imagem (1.2389545)A Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) retirou, nesta quarta-feira (19), um outdoor que estava localizado em um terreno na Avenida Mambaí, no Residencial Clea Borges, em Goiânia, e tinha uma propaganda do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e do deputado federal Vitor Hugo (PSL).Em nota, a Amma informou que o painel é clandestino, e não possui identificação ou autorização da agência. Por este motivo, a estrutura foi apreendida.Reportagem publicada pelo POPULAR nesta quarta mostrou que o uso do outdoor seria investigado pelo Ministério Público Eleitoral por possível desrespeito à legislação, com propaganda que supostamente favorece os dois políticos. Bolsonaro é pré-candidato à reeleição e Vitor Hugo tenta viabilizar caminho para disputar o Palácio das Esmeradas no pleito deste ano.O outdoor trazia e nomes dos dois políticos e a frase “Unidos pelo Brasil e por Goiás”. Outra frase informava que a propaganda foi produzida por um grupo chamado “Patriotas Voluntários”. A reportagem não conseguiu localizar membros do movimento.Uma foto do painel foi publicada, nesta terça-feira (18), no Twitter pelo promotor Haroldo Caetano, da 133ª Zona Eleitoral de Goiânia, com a denúncia de possível propaganda ilegal e antecipada. Ao POPULAR, Caetano disse que está de férias, mas deveria atuar no caso a partir de seu retorno, em fevereiro. Com a retirada do outdoor, Haroldo afirmou que avaliará, após o fim das férias, se vai iniciar investigação do caso.Segundo o promotor, o uso deste outdoor pode ser visto como propaganda antecipada porque os partidos ainda não decidiram em convenções quais serão os candidatos da eleição deste ano. Além disso, o uso deste tipo de painel é proibido até mesmo durante a campanha. RespostaNas redes sociais, Vitor Hugo postou um artigo da Lei Eleitoral que afirma que a menção a uma possível candidatura, desde que não envolva pedido explícito de voto, não pode ser considerada propaganda eleitoral antecipada. A movimentação do Ministério Público, que também ocorreu em caso semelhante, demonstra que há diferentes interpretações do caso. Na postagem, o deputado também agradeceu “manifestações espontâneas que têm surgido” em relação ao seu mandato. A reportagem entrou em contato com a Presidência da República, mas não houve retorno.