Publicado com o objetivo de reunir informações sobre o estado,&nbsp;<a href="https://especiais.opopular.com.br/anuariogoias" target="_blank">o Anuário Goiás 2023-2024</a>&nbsp;trata no capítulo 3 sobre as funções das casas legislativas e traz dados dos parlamentares. O documento tem páginas com breve biografia de todos os senadores, deputados estaduais e federais de Goiás e vereadores de Goiânia. Além disso, estão disponíveis informações sobre partido, domicílio eleitoral, quantidade total de votos, região em que recebeu mais votos e participação em cargos da mesa diretora e em comissões.

O documento também traz informações sobre a função de cada casa legislativa, sua composição e quantidade de representantes. Constam ainda fotos de todos os parlamentares.

O levantamento sobre domicílio eleitoral mostrou que 52% dos 61 parlamentares com atuação estadual (senadores, deputados federais e estaduais) são da Região Metropolitana de Goiânia. Entre eles, estão os três senadores, além de 10 dos 17 deputados federais e 19 dos 41 deputados estaduais.

De acordo com o anuário, a Região Metropolitana de Goiânia tem 32 parlamentares. A região Sul tem 12 (9 deputados estaduais e 3 federais). A lista segue com informações sobre o Centro, que possui 9 representantes (8 estaduais e 1 federal), Entorno do Distrito Federal (DF), com 6 ( 4 estaduais e 2 federais); e o Nordeste, com dois deputados (1 estadual e 1 federal).

Segundo o documento, a maior concentração de representantes nas regiões Metropolitana de Goiânia e Sul pode ser vista como consequência de as duas áreas serem as mais ricas do estado e com maior proporção de eleitores. O anuário mostra que Goiânia e as cidades que fazem parte da Região Metropolitana são responsáveis por 36% do Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás e do eleitorado. Já a região Sul tem 32% do PIB e 22% dos eleitores.

“A análise demonstra, portanto, que a escolha dos parlamentares pode reforçar as diferenças regionais em termos econômicos e sociais. Isso também fica demonstrado na análise das regiões e cidades que mais votaram nos eleitos, que, quase sempre, coincidem com as regiões nas quais eles estão estabelecidos”, afirma o texto do anuário.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/anuario-goias-detalha-estrutura-e-gest-o-estadual-1.3058279" target="_blank">Anuário Goiás detalha estrutura e gestão estadual​</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/anuario-goias-traca-o-raio-x-de-cada-municipio-do-estado-1.3057948" target="_blank">Anuário Goiás traça o raio-x de cada município do estado</a>&nbsp; 
<a href="https://opopular.com.br/politica/o-popular-lanca-anuario-em-ac-o-inedita-1.3057300" target="_blank">O POPULAR lança anuário em ação inédita</a></div>

O documento foi publicado pelo POPULAR e tem curadoria da jornalista Cileide Alves. A coordenação técnica é de responsabilidade do jornalista especialista em dados Marcos Carreiro.

Publicado

O Anuário Goiás está disponível gratuitamente no site do POPULAR. É possível acessar a edição em PDF, com 468 páginas, e as planilhas com os dados completos e códigos usados na coleta. A publicação foi dividida em cinco capítulos, com objetivo de reunir informações que são públicas, mas estão dispersas em diferentes bases de dados.

Todas as fontes do anuário estão listadas no documento. Entre elas estão o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconfi), Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e portais de transparência de órgãos públicos.

Além do Legislativo, o anuário também traz números e análises sobre os 246 municípios goianos, o estado Goiás, Judiciário e presença federal. São detalhadas informações sobre estrutura administrativa, serviços públicos, infraestrutura, economia, educação, saúde, saneamento básico, segurança pública, entre outros.

Anuário Goiás apresenta dados de parlamentares

Política

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Matéria - Política

Informação

O governo federal se prepara para começar a liberar aos municípios as transferências especiais, modalidade de emenda impositiva individual que ficou conhecida como “pix”, por permitir o repasse direto, sem detalhamento de como o recurso será aplicado. O painel Transferegov, do Ministério da Gestão e Inovação, já registrou 441 minutas de empenho de emendas pix às cidades goianas, somando R$ 258,8 milhões para 204 municípios. Isso significa que estas indicações estão a um passo de serem empenhadas pela União.

Os números representam 84% do total de R$ 306 milhões em transferências especiais indicadas por deputados federais e senadores goianos no Orçamento de 2024. De um lado, prefeitos e parlamentares defendem a modalidade para acelerar a chegada do recurso aos municípios. Por outro, entidades, como a Transparência Brasil, apontam falta de clareza e dificuldade de fiscalização na aplicação da verba pública.

Novo Gama, cidade do Entorno do Distrito Federal, registrou R$ 10,5 milhões em minutas de empenho até quinta-feira (16). Este é o maior valor de um município goiano até o momento. O recurso foi indicado por Magda Mofatto (PRD), R$ 2 milhões; Wilder Morais (PL), R$ 3 milhões; Lêda Borges (PSDB), R$ 2 milhões; e Silvye Alves (UB), R$ 3,5 milhões.

Prefeito de Novo Gama, Carlos Alves dos Santos, conhecido como Carlinhos do Mangão (PL), defende a transferência especial e argumenta que a modalidade desburocratiza a aplicação do recurso de emendas parlamentares. Segundo o prefeito, a gestão está executando atualmente indicações tradicionais enviadas por deputados em 2021 e que, ao contrário do “pix”, tiveram que passar por convênio com a Caixa Econômica Federal.

Santos afirma que o processo no banco é demorado. Ainda de acordo com o gestor, o recurso destinado pelos parlamentares em 2024 será aplicado em ações como construção de um abrigo para crianças, obras de infraestrutura e compra de ambulâncias.

Sombra

A Transparência Brasil publicou nota neste mês apontando que o início do processo de liberação das emendas pix em 2024 demonstra “elevado nível de opacidade”. Segundo a entidade, a União mantém vícios dos anos anteriores e ignora “dispositivos mínimos de transparência”.

“Nos dados tornados públicos, é impossível rastrear como os recursos serão utilizados. Não há sequer informações estruturadas sobre o objeto de gasto, que os entes beneficiados deveriam cadastrar no Transferegov como condição para receberem as emendas”, afirmou a entidade na nota. O principal argumento é que a exigência de apontar o objeto do gasto foi inserida na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024, após contribuição da Transparência Brasil.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/emendas-pix-crescem-seis-vezes-e-chegam-a-r-92-milh-es-1.3105092">Emendas pix crescem seis vezes e chegam a R$ 92 milhões</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-cita-evitar-gastanca-ao-rejeitar-alta-em-emendas-1.3135649">Caiado cita evitar 'gastança' ao rejeitar alta em emendas</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/seis-parlamentares-goianos-tiraram-zero-em-ranking-de-transparencia-1.3106254">Seis parlamentares goianos tiraram zero em ranking de transparência</a></div>

“Temos pouca informação sobre o que de fato vai ser feito com o dinheiro”, afirma a diretora de programas da entidade, Marina Atoji. A diretora explica que é possível identificar no portal se o recurso será aplicado em investimentos ou custeio e a área de política pública em que a verba será usada. “E mesmo assim as informações não são muito precisas”, disse.

Segundo Marina, embora a LDO determine que as prefeituras indiquem o objeto em que a emenda pix será usada, este dado não está disponível e não há confirmação de que está sendo solicitado pelo governo federal, o que aponta para aparente descumprimento. O POPULAR entrou em contato com o Ministério de Gestão, mas não houve retorno até o fechamento desta reportagem.

Histórico

A transferência especial de emendas parlamentares foi criada em 2019. A fiscalização é feita após a despesa, com registro em relatório de gestão no Transferegov. As Câmaras Municipais e os Tribunais de Contas locais também são responsáveis pelo acompanhamento dos gastos. Para Marina, o histórico demonstra que as informações são prestadas por estados e municípios, em geral, com “pobreza de detalhes”.

Em 2023, o Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu que é responsável por analisar as condicionantes das transferências especiais, mas a regularidade da aplicação por municípios e unidades da federação fica a cargo dos tribunais locais. Para Marina, o contexto demonstra que “a brecha para mal uso, desperdício e ineficiência que marca as emendas pix continua aberta”.

Senadores indicam maiores valores

Entre os parlamentares de Goiás, o senador Wilder Morais (PL) foi o que indicou o maior volume de transferências especiais - emendas pix - em 2024, R$ 29,7 milhões. De acordo com dados do painel Transferegov, já foram registradas R$ 22 milhões em minutas de empenho relacionadas às indicações de Morais.&nbsp; 
O senador Jorge Kajuru (PSB) foi o segundo que mais usou essa modalidade, com R$ 28 milhões. “Tomei a decisão de fazer (transferência especial) para prefeitos que eu conheço e confio, e para obras especiais”, disse Kajuru. O senador cita como exemplo, entre outros, as destinações feitas a Catalão (R$ 5 milhões), que tem Adib Elias (MDB) como prefeito. Kajuru também alegou que suas emendas são acompanhadas por plano de compliance.&nbsp; 
Já entre os deputados federais, José Nelto (PP), Lêda Borges (PSDB) e Professor Alcides (PL) empatam em primeiro lugar com, cada um, R$ 18,9 milhões de pix orçamentário. O Transferegov tem registro de minuta de empenho para todas as emendas pix destinadas por Lêda (11 cidades), ao contrário de Nelto e Alcides, que têm R$ 18,4 milhões e R$ 4,6 milhões, respectivamente. 
Entre os 20 parlamentares de Goiás, Zacharias Calil (UB) foi o único que não indicou transferência especial em 2024. Para o deputado, apesar da vantagem de rapidez para chegar ao destino, a modalidade ainda precisa de mais transparência. 
As emendas impositivas são indicações de recursos feitas por parlamentares no Orçamento do governo federal para beneficiar suas bases.&nbsp; 
O ano de 2024 é eleitoral e, por este motivo, é proibido realizar, nos três meses antes do pleito, a transferência voluntária de recursos da União aos estados e municípios, e dos estados aos municípios. A regra se aplica a emendas impositivas e, com isso, os repasses devem ser suspensos no início de julho. 
A transferência especial é uma modalidade dentro das emendas individuais (cada deputado teve direito a indicar R$ 37,8 milhões; senadores indicaram R$ 69,6 milhões). É proibido o uso do recurso para pagamento de despesas com pessoal, encargos sociais e de encargos referentes ao serviço da dívida.

Direto na conta

Cidades têm R$ 258 milhões de emendas 'pix' a um passo do empenho

Economia

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Matéria - Economia

Parlamentares

Dependência

Administração pública e serviços são os setores mais fortes na economia em metade dos 246 municípios de Goiás. Apesar de registrarem porcentuais próximos, é o poder público que fica à frente, com 25,2% das cidades. Serviço registra 24,7%. Os dados são referentes às atividades com maior valor adicionado bruto em 2020, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Estas são as informações mais atualizadas sobre o tema e foram compiladas no Anuário Goiás, publicado pelo POPULAR.

Quando a categoria “administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social” é a mais forte em um município, significa que a economia local depende mais do poder público, como na geração de emprego. O Anuário aponta que a situação é mais comum em cidades com menos de 20 mil habitantes (são 56 nesta situação).

No entanto, também existem municípios com mais 100 mil habitantes nesta circunstância. São os casos de Águas Lindas de Goiás, Novo Gama e Planaltina. As três cidades ficam localizadas no Entorno do Distrito Federal e têm 225 mil, 103 mil e 105 mil habitantes, respectivamente.

Prefeito de Novo Gama, Carlos Alves dos Santos (PL), conhecido como Carlinhos do Mangão, afirma que o cenário é consequência de a cidade ser dormitório de Brasília, com alto número de moradores que trabalham na capital federal. Santos ressalta que a cidade não tem indústrias. Com isso, comércio e prefeitura são responsáveis pela economia. Segundo o prefeito, cerca de 150 mil pessoas saem todos os dias de municípios do Entorno do DF para trabalhar em Brasília e suas cidades-satélites.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/mais-de-40-dos-deputados-na-alego-s-o-parentes-de-politicos-1.3061759" target="_blank">Mais de 40% dos deputados na Alego são parentes de políticos</a> 
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Santos lembra que Novo Gama está entre as cidades goianas que mais devem ser favorecidas caso a reforma tributária seja aprovada. A matéria já foi votada na Câmara dos Deputados e está em debate no Senado. Estudos realizados pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontam possibilidade de crescimento de receita em Novo Gama e outras cidades do Entorno.

Esse benefício seria resultado de mudar a cobrança do imposto da origem para o destino. O prefeito comemora a possibilidade de ver a arrecadação própria crescer, mas afirma que a reforma precisa ser seguida de políticas que atraiam empresas para o município, o que leva a aumento de emprego e renda.

O presidente da Federação Goiana dos Municípios (FGM), Haroldo Naves (MDB), argumenta que o Distrito Federal recebe “duas mesadas”, com acesso a recurso de fundo constitucional e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Segundo Naves, esse cenário faz com que o DF tenha mais facilidade de atrair empresas do que as cidades goianas vizinhas.

“Isso faz com que a mão de obra vá para o Distrito Federal. E outras cidades viram dormitório, dependendo do serviço público municipal, saúde, educação, creche, transporte. E aí, a dependência do município. E o lucro vai para o Distrito Federal por causa dessa discrepância federativa”, afirma o presidente da FGM.

Para Naves, o caminho para que municípios consigam mudar o cenário está em políticas de combate a desigualdades regionais, incentivo a parcerias público-privadas e o que o presidente chama de “instituir o pacto federativo”. Na opinião de Naves, o pacto federativo não funciona como determina a Constituição, por causa da transferência de responsabilidades aos municípios desacompanhada de recursos para que os compromissos sejam cumpridos. Entre os exemplos citados com frequência estão reajustes para categorias como professores e programas como Estratégia de Saúde da Família.

Eficiência 

O coordenador da Inteligência Técnica do Centro de Liderança Pública (CLP), Pedro Trippi, afirma que a força do setor público na economia local não é apenas uma característica de Goiás, mas se repete em municípios de outros estados. O CLP é o responsável por elaborar o Ranking de Competitividade dos Estados e dos Municípios. O levantamento que analisa dados de 410 cidades brasileiras que têm mais de 80 mil habitantes. O ranking é publicado com informações de 17 cidades goianas.

Para Trippi, não há problema em o setor público ser o principal empregador e força econômica de um município, desde que seja eficiente, mantendo as contas equilibradas e com boa prestação de serviço à população. “Mas é importante que os gestores não se acomodem com isso e adotem políticas públicas que incrementem o desenvolvimento dessas cidades. E busquem fortalecer o setor privado desses municípios”, diz. O coordenador cita como exemplos a melhora no ambiente de negócios e a disponibilidade de crédito local.

Trippi explica que, para o CLP, um município competitivo é aquele que consegue prover bons serviços para a população, tanto nas atividades que são de sua responsabilidade quanto aquelas que são de competência do estado, como segurança pública. O coordenador argumenta que os municípios podem fazer composições com o estado para garantir serviço de qualidade.

<div attr-cid="policy:1.3066385" attr-version="policy:1.3066385:1694827985" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3066385" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3066385', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3066385">Dependência (1.3066385)</a></div>

Setores

O Anuário Goiás também mostra que a agricultura e a pecuária são a principal atividade econômica em 35,7% dos municípios. Segundo a publicação, a agricultura é mais forte em cidades do Sul de Goiás, são 33. Já a pecuária é a principal atividade em mais municípios do Centro, são 13. O Sul também se destaca com mais cidades em que a economia se apoia na indústria de transformação.

Em Goiânia, o setor de serviços é o mais forte. Presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás (Fecomércio-GO), Marcelo Baiocchi destaca o crescimento da área ao longo dos últimos 10 anos e sua importância para a geração de empregos. Segundo Baiocchi, no caso da capital, é preciso fomentar investimentos. Um dos pontos que pode ajudar, de acordo com o presidente, é a criação de ambiente na gestão municipal (secretaria ou superintendência, por exemplo) que unifique os processos para abertura de empresas.

Setor público e serviços sustentam municípios

Anuário Goiás

Secretário-geral de Governo do estado de Goiás, Adriano da Rocha Lima afirma que é preciso aguardar o período chuvoso passar para fazer análise da atuação da Equatorial. “Temos que observar quando começar a chover, se foram feitas manutenções preventivas necessárias. No que for inevitável, como vento forte, se vai ter reparo rápido”, diz o auxiliar do governador Ronaldo Caiado (UB).

A Equatorial é responsável pela distribuição de energia elétrica em Goiás há pouco mais de 8 meses. Para Lima, ainda é cedo para avaliação geral de investimentos. No entanto, o secretário destaca que foram finalizadas ações importantes no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia), no Sudoeste do estado e na capital. “Traz melhorias para as regiões. Mas ainda são melhoras pontuais, que, na análise da deficiência do estado todo, ainda está muito longe”, afirma. Lima destaca que houve avanço no atendimento à população.

Quanto ao cenário de alto consumo de energia elétrica no Sul e na Região Metropolitana de Goiânia e demanda inferior no Norte, Noroeste e Leste, Lima destacou a relação direta entre o tema e o desenvolvimento econômico. O secretário citou que a gestão tem programas para diminuir a desigualdade entre as regiões do estado, mas argumentou que problemas históricos “não se resolvem de uma hora para outra”.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/grande-goiania-e-sul-de-goias-consomem-mais-energia-eletrica-1.3064253" target="_blank">Grande Goiânia e Sul de Goiás consomem mais energia elétrica</a> 
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O auxiliar lembrou projeto de produção de cerveja por meio de mandioca adquirida de pequenos produtores de cidades Cavalcante, Flores de Goiás, Posse e Buritinópolis e de fruticultura irrigada do Vão do Paranã.

Empresa

Em nota, a Equatorial informou que, no primeiro semestre, entregou três obras que custaram aproximadamente R$ 175 milhões. São elas: Subestação Aparecida (incluindo mais uma Linha de Distribuição de Alta Tensão); linha Goianésia – Barro Alto, e a Subestação Riviera – Parque Atheneu.

Ainda de acordo com a empresa, no início do segundo semestre, foi entregue a reconstrução da Subestação Anápolis Universitário e a ampliação nas subestações Daia e Jundiaí. A nova linha Pireneus-Daia tem previsão de entrega para novembro. A Equatorial informou que estas obras representam investimento de R$ 130 milhões no sistema de Anápolis.

No texto, a companhia disse que “atua fortemente em ações que contribuam para o desenvolvimento de Goiás, conduzindo investimentos maciços para evoluir na qualidade e confiabilidade do serviço prestado, garantindo a satisfação dos clientes goianos e beneficiando a sociedade”.

Período chuvoso será 'teste de fogo' para Equatorial

Demanda de energia em Goiás

As regiões Metropolitana de Goiânia e Sul são as principais consumidoras de energia elétrica em Goiás, com 34% e 30,9% da demanda do estado, respectivamente. Chama atenção que o Sul tem pouco mais que a metade das unidades consumidoras da capital e cidades vizinhas, são 739 mil contra 1,2 milhão. Os dados são do Instituto Mauro Borges (IMB), compilados no Anuário Goiás, publicado pelo POPULAR.

Especialistas e representantes do setor produtivo afirmam que a demanda de energia no Sul pode ser explicada pela forte presença de agroindústrias e turismo na região. No recorte específico sobre consumo de energia pela indústria, a região Sul registra 45,8% da demanda, seguida de Centro (20,6%) e Região Metropolitana de Goiânia (20,1%). O Sul também é a principal região consumidora em áreas rurais, com 39,7%.

Goiânia e as demais cidades da região metropolitana concentram o maior consumo de energia em residências, comércio e outros tipos de demanda, além de abrigar parte das indústrias. O resultado ajuda a explicar porque este conjunto de municípios é o primeiro em consumo geral.

Presidente do Conselho Temático de Infraestrutura (Coinfra) da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Célio Eustáquio de Moura afirma que o Sul do estado tem maior concentração de empresas que demandam alto consumo de energia elétrica, como indústrias de proteína animal. O presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg), Rubens Fileti, também cita a presença da agroindústria no Sul e menciona o intenso uso de pivôs de irrigação.&nbsp;

Quanto à Região Metropolitana da capital, Moura lembra que a área possui indústrias menores, de segmentos que demandam menor consumo. O presidente ainda destaca a relevância dos setores de comércio e serviços para a capital e, consequentemente, para o consumo geral de energia.

<div attr-cid="policy:1.3064259" attr-version="policy:1.3064259:1694222501" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3064259" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3064259', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3064259">Demanda de energia em Goiás (1.3064259)</a></div>

O Norte, Noroeste e Leste de Goiás são as regiões com menor consumo. As três somam apenas 8,9% de todo a demanda de todo o estado. Segundo Moura, os dados demonstram menor atividade produtiva e poder aquisitivos nessas regiões.&nbsp;

Já Fileti argumenta que este mapeamento indica onde estão os maiores investimentos de negócios do estado e em quais locais existe mais facilidade de escoamento na produção. O presidente da Acieg ressalta que as regiões com menor consumo de energia são caracterizadas também pela necessidade de mais infraestrutura, como rodovias de qualidade.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/periodo-chuvoso-sera-teste-de-fogo-para-equatorial-1.3064263" target="_blank">Período chuvoso será ‘teste de fogo’ para Equatorial</a> 
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Os dados isolados dos municípios demonstram que Goiânia e Anápolis têm os maiores consumos de energia elétrica. A capital possui 725 mil unidades consumidoras e demanda total de 2.839.268 Mwh. Já Anápolis registra 188 mil unidades e 1.028.448 Mwh.&nbsp; 
As informações apontam que Anápolis tem cerca de um quarto das unidades consumidoras da capital e quase a metade da demanda de energia. O resultado pode ser explicado pelo Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia).

Serviço

Desde o início de 2023, a Equatorial é a companhia responsável pela distribuição de energia elétrica em Goiás. A empresa sucedeu a Enel, que registrou histórico de descumprimento de metas e desempenho ruim no ranking da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com o 3º pior serviço do País em 2022.&nbsp;

Com pouco mais de oito meses de atuação da Equatorial, o trabalho da nova empresa recebe elogios de representantes do setor produtivo e do governo estadual, mas ainda é visto com reserva. Moura destaca que a energia elétrica é insumo de primeira necessidade para a indústria.&nbsp;

O presidente afirma que existe esforço da Equatorial para melhorar a distribuição do serviço no estado e considera que a companhia tem feito investimentos positivos. Moura cita obras em subestações de energia em Anápolis, Aparecida de Goiânia e região Sudoeste. 
No entanto, o presidente também argumenta que as chuvas que surpreenderam os goianos em agosto e no início de setembro provocaram quedas de energia e reclamações de usuários.

Para Moura, a situação sinaliza falhas. “Há necessidade de permanente investimento em manutenção e expansão da oferta de energia”, diz o presidente. Moura afirma que entre representantes da indústria existe preocupação de mais disponibilidade de energia, e que o serviço seja prestado com qualidade, sem interrupções.

Já Fileti argumenta também que os problemas do setor foram acumulados ao longo dos anos e destaca que o tema é um gargalo para o setor produtivo em Goiás. O presidente da Acieg afirma que, na chegada da Equatorial, houve diálogo e pedidos começaram a ser solucionados, mas sugere que a empresa deveria antecipar cronograma de investimentos.

A reportagem tentou contato com a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), mas não houve retorno até o fechamento desta edição.

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