Combate ao comunismo, desconfiança do “código-fonte”, convicção de fraude eleitoral, protesto contra a corrupção, busca de “uma melhora para o Brasil” e até vontade de conhecer o Palácio do Planalto foram argumentos apresentados por goianos presos acusados de invadir a sede do Executivo em Brasília, no dia 8 de janeiro. Houve quem também alegou “curiosidade” sobre a notícia de que “o povo tinha tomado o poder”. As justificativas constam em depoimentos dos investigados à Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF), entregues à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) do 8 de janeiro, que apura a invasão das sedes dos três poderes e os atos antidemocráticos. Levantamento do POPULAR nos documentos entregues à CPI aponta 17 nomes de pessoas que são de Goiás ou que moram no Estado e que estiveram presentes nos ataques e manifestações em Brasília. Os dados se referem apenas às prisões no Planalto, daí a lista ser menor do que aquelas divulgadas pelo governo do Distrito Federal sobre presos goianos.