A chegada da deputada federal e atual presidente nacional do PT <a href="https://opopular.com.br/videos/jackson-abr-o-e-cileide-alves-entrevistam-gleisi-hoffmann-1.3039779" target="_blank">Gleisi Hoffmann</a> ao governo federal para comandar a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), pasta responsável pela articulação política, já tem despertado <a href="https://opopular.com.br/politica/38-dos-brasileiros-reprovam-desempenho-do-congresso-nacional-1.2283276" target="_blank">insatisfação</a> de uma ala da bancada goiana no Congresso Nacional. Correligionários petistas defendem a <a href="https://opopular.com.br/politica/sem-lula-gleisi-hoffmann-e-cogitada-para-presidir-pt-1.1247036" target="_blank">escolha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)</a> como um reforço estratégico para o governo, mas membros da oposição e até mesmo alguns nomes governistas veem a indicação com certo ceticismo, apontando possíveis dificuldades na relação.

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Para o deputado José Nelto (UB), o embarque de Gleisi na articulação do governo reflete uma decisão do PT de se tornar “mais PT”, numa espécie de guinada à esquerda mais forte que Lula estaria realizando. Nelto acredita que partidos como PP, Republicanos e o próprio União Brasil - todos eles hoje com quadros na Esplanada dos Ministérios - devem desembarcar do governo em breve, especialmente com a aproximação das eleições de 2026. “As pesquisas têm desanimado. Colocou uma aliada dele, presidente do partido, é da cozinha dele”, afirmou Nelto, destacando que a nova ministra pode enfrentar resistência da oposição e até mesmo de aliados.

Para o senador Jorge Kajuru (PSB) a troca não deveria suscitar preocupações. “Ela é preparada e habilidosa para dialogar. Tem personalidade. Não há em que se preocupar”, afirmou laconicamente o governista.

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O perfil “combativo” de Gleisi, contudo, pode dificultar a articulação política, na visão do deputado Zacharias Calil (UB). “Ela tem um perfil muito combativo e não de articulação. Sempre critica a oposição e não tem um caráter conciliador”, disse.

Calil questionou ainda como a nova ministra lidará com temas sensíveis, como a negociação de emendas parlamentares, que têm sido um ponto de tensão entre o Planalto, o Congresso e o Supremo. “Pelo que tenho percebido também ela não é unanimidade no próprio PT, isso é ruim pois demonstra um governo que não tem união entre os pares”, afirmou.

O mesmo descontentamento é vocalizado pela deputada Sylvie Alves (UB), que disse que a SRI deveria ser comandada por alguém com capacidade de agregar e não de desagregar. “Esperávamos alguém do centro que tivesse algo a contribuir com o Congresso. Esse posto tem de ser de alguém que tenha no mínimo a condição de transitar e ela não tem”, afirmou.

<h2>Estratégia</h2>

Do lado petista, a indicação de Gleisi é vista como uma jogada estratégica para fortalecer o governo em um momento de recrudescimento da oposição. A deputada <a href="https://opopular.com.br/opiniao/adriana-accorsi-quer-distancia-da-polarizac-o-1.3131539" target="_blank">Adriana Accorsi (PT)</a> afirmou que a troca já era esperada e ressaltou a experiência da nova ministra, lembrando seu papel em “momentos críticos da história do partido”, como a prisão de Lula e a construção de sua candidatura à Presidência em 2022. “Ela é uma grande articuladora política. Esse reforço político é necessário e inteligente por parte do presidente Lula”, afirmou Adriana.

<cite>Sempre há alguma movimentação no meio do governo, até para enfrentar o final do governo, porque o final é sempre diferente do começo. É um reforço do aspecto político. Padilha foi deputado, considerado um dos melhores ministros da Saúde; ele indo para a Saúde, que tem um papel importante político importante, e a Gleisi na SRI, vejo que eles farão um time.”</cite>

Adriana rebateu as críticas sobre o suposto caráter ideológico e mais “crítico” de Gleisi, apontado pela oposição, classificando o argumento como “hipócrita”. “Na eleição (de 2022), fizemos aliança com quase todos os partidos - até com o PL, em algumas cidades. Isso foi capitaneado pela presidente Gleisi. Esse argumento de que ela é radical é hipócrita.”

Na segunda-feira (3), ao programa Jackson Abrão Entrevista, do POPULAR, o deputado <a href="https://opopular.com.br/politica/jackson-abr-o-entrevista-rubens-otoni-1.3237041" target="_blank">Rubens Otoni (PT)</a> também minimizou as críticas sobre Lula querer acomodar mais o PT no governo federal, afirmando que a troca de Padilha por Gleisi não representa uma mudança significativa na estratégia do governo. “Não vejo nenhuma mudança significativa no controle, num lugar que é estratégico, principalmente para a aliança nacional”, disse.

Questionado se, com base nas mexidas no primeiro escalão, o presidente está dando sinais de que irá para o “tudo ou nada” em busca da reeleição no ano que vem, Otoni afirmou não ver relação entre os fatos. “Na realidade, a busca da reeleição é um processo natural. Vamos buscar a reeleição do Lula trabalhando cada vez mais para a comunidade, fazendo com que esses dois anos - 2025 e 2026 - sejam anos de colheita.”

<h2>‘Desastre’</h2>

Classificando a indicação de Gleisi como um “desastre”, Daniel Agrobom (PL) ecoa Nelto ao observar que haverá um “abandono” de integrantes do centrão que hoje ocupam cargos no primeiro escalão do governo Lula. O parlamentar bolsonarista argumenta que a nova ministra não tem diálogo com partidos fora do espectro ideológico do PT e do PSOL, o que poderia agravar a já frágil relação entre o Executivo e o Legislativo.

<cite>Nós da direita que sempre tivemos uma dificuldade muito grande para dialogar com a SRI, acredito que agora as coisas irão piorar. Muitos do centrão querem abandonar o governo, e acredito que com esta indicação isso irá acontecer com mais frequência”, disse Agrobom.</cite>

Professor Alcides (sem partido), afirmou que mexida é o mesmo que trocar “seis por meia dúzia”, mas reforçou que Gleisi não tem o mesmo “pedigree” de Padilha, a quem reconheceu bom desempenho. “Padilha estava fazendo um bom papel, com alguns percalços naturais da função.”

A nomeação de Gleisi ocorre em um momento delicado para o governo Lula, que enfrenta o pior desempenho de seus mandatos - segundo a pesquisa Datafolha publicada no dia 15 de fevereiro -, desafios na articulação política, a ausência de marcas do governo, e crises recentes que acentuaram os desgastes, como o aumento da inflação e a polêmica do Pix.

<cite>Vejo que nenhum partido está querendo assumir responsabilidade com o governo, especialmente por essa queda repentina, que assustou os próprios aliados”, disse José Nelto. “O ministro antigamente tinha a caneta cheia de tinta, ele tinha o orçamento. Hoje ele não tem a caneta, nem o orçamento, só tem o glamour. Por isso é discutido hoje o semipresidencialismo”, finaliza o deputado.</cite>

Bancada demonstra insatisfação com Gleisi na articulação

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Sugestões à Alego

É como massa de pão, quanto mais bate, mais cresce. Assim sendo, por que protestar se nosso grito de protesto não ecoa nunca? Vamos falar desse modus operandis de consumir verbas do erário público como investimento. Que tal algumas sugestões? Primeiro: já que a nova e suntuosa casa (Alego) se encontra nas proximidades do Estádio Serra Dourada, sugiro seja revertida a nova forma de mantê-lo, passando essa gestão para a Alego Investidora S/A e, assim feito, sejam providenciadas as diligências necessárias à construção de um túnel ligando ambos – Alego e Estádio, facilitando o intercâmbio com seus 5.350 comissionados, onde há espaço necessário para tal e muito mais. Túnel com esteira rolante, como existe no Congresso Nacional.&nbsp; 
Segundo: o Autódromo Internacional de Goiânia, também, para melhor aproveitamento daquela monstruosidade, com uso sazonal, quase que obsoleto e com altos custos de manutenção, e, considerando que não está tão distante da Alego, aproveitá-lo como estacionamento da frota dos seus súditos e do diabo a quatro. Acho que suporta.&nbsp; 
E para a volta desses usuários motorizados à sede da Alego, que tal a construção de vias aéreas, tipo tirolesa, bondinho como do Pão de Açúcar do Rio de Janeiro, oferecendo além de conforto a apreciação da vista aérea. Eles merecem! De resto, tal investimento tem retorno garantido, para eles, é claro, especificamente na sustentação de campanhas eleitorais o tempo todo e em todos os níveis, e, diga-se de passagem, para as eleições para a Presidência da República em 2026.&nbsp;

Ezio Inácio Rossi&nbsp; 
Bela Vista de Goiás-GO

Pesquisas sobre as eleições 2026&nbsp; 
Lula ainda não percebeu que o povo brasileiro, incluindo os de baixa renda, hoje é muito melhor informado. Na pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (26), inclusive no maior reduto eleitoral de Lula, o Nordeste, os entrevistados não aceitam mais as lorotas do presidente, menos ainda essa inflação por culpa do Planalto, que está encarecendo a comida da mesa dos brasileiros. Porém, baque estonteante para Lula, foi em outros Estados, como Goiás, onde a reprovação de Lula, chegou aos 70%, São Paulo (69%), Paraná (68%), Rio Grande do Sul (66%), Rio de janeiro (64%) e Minas Gerais (63%). E esses índices de queda da popularidade do presidente devem piorar, já que, o problema que motiva essa derrocada nas pesquisas está na condução da política econômica. A inflação continua subindo, como neste mês, de alta de 1,23% e no acumulado de 12 meses foi para 4,96% acima do teto da meta de 4,50%. Assim como a atual taxa Selic, que de 13,25% deve chegar até junho nos 15%. Ou seja, inflação alta, com juros nas alturas.

Paulo Panossian 
São Carlos-SP

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Em discurso em defesa da Petrobras estatal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) brincou nesta segunda-feira (17) que bebe "outro álcool", mas não gasolina. Ele pedia coragem de aliados para defender seus pontos de vista.

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"É preciso que a gente assuma uma responsabilidade e defenda com mais coragem aquilo que a gente acredita. Se não levarmos a sério, entra outro cara e vai privatizar vocês. Vai mandar vocês embora", disse, em evento sobre retomada da indústria naval em Angra dos Reis (RJ).

Lula dizia que a extrema direita ganhou o debate sobre o papel do Estado, relacionando a ineficiência e corrupção e, com isso, conseguiu convencer a população de benefícios da privatização -chegando a vender ativos importantes da Petrobras, como a BR Distribuidora.

"Não tem empresa no mundo mais eficiente do que a Petrobras", prosseguiu, defendendo o papel da estatal como indutora de desenvolvimento ao fazer encomendas de navios e plataformas em estaleiros no Brasil.

"Eu não defendo a Petrobras porque eu como petróleo, eu não como. Porque eu bebo gasolina, eu não bebo. Eu bebo outro álcool, mas gasolina, não", brincou.

O presidente da República disse que os novos donos da BR, hoje Vibra, foram os únicos a lucrar com a privatização da empresa, feita no governo Jair Bolsonaro (PL). E reclamou que a venda foi uma estratégia para fatiar e privatizar aos poucos a estatal.

"Tem que ter consciência de que, a depender de quem governa esse país, a Petrobras não é levada a sério e vai ter tentativa de privatizar [a empresa] toda a vez que o povo brasileiro votar errado."

Lula participou de cerimônia de anúncio de investimentos da Petrobras em Angra dos Reis (RJ), como parte de uma estratégia para tentar reverter a baixa popularidade -pesquisa Datafolha mostrou que sua aprovação atingiu o menor patamar de todos os seus governos.

O presidente tenta reforçar nos discursos avanços econômicos de seu governo, como o baixo desemprego, e culpar fake news pelo desempenho. Passou também a incluir uma defesa sobre os elevados preços dos combustíveis no país.

Ele citou o início do governo do presidente americano Donald Trump como exemplo de que "o mundo está cada vez mais competitivo". Segundo ele, a abertura do comércio global pregada pelo consenso de Washington acabou destruindo a indústria nacional de autopeças e quase destruiu a têxtil.

'Eu bebo outro álcool, mas gasolina, não', brinca Lula ao defender Petrobras como estatal

Economia

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POSICIONAMENTO 

Durante o anúncio do titular da Secretaria Municipal de Eficiência nesta segunda-feira (17), o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), voltou a fazer <a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-acena-a-harmonia-em-meio-a-insatisfac-es-por-cota-1.3227558" target="_blank">acenos aos vereadores</a> dizendo que eles “são a coisa que mais gosta no mundo”.

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Nos bastidores do evento, entretanto, o gesto foi interpretado por parlamentares como uma nova tentativa do prefeito de abrandar o desagrado com a lentidão das nomeações de indicados. Desde antes da posse, Mabel tem pregado complacência com os vereadores, embora eles pouco se sintam correspondidos em seus interesses.

A apresentação do empresário Fernando Peternella como novo auxiliar ocorreu no Paço e contou com a presença dos vereadores Léo José (SD), Denício Trindade (UB), Geverson Abel (Republicanos), Dr. Gustavo (Agir), Henrique Alves (MDB), Aava Santiago (PSDB) e Welton Lemos (SD), além do presidente em exercício da Câmara Municipal de Goiânia, Anselmo Pereira (MDB).

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-confirma-peternella-titular-de-pasta-mais-proxima-1.3232118" target="_blank">Mabel confirma Peternella titular de pasta 'mais próxima'</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-acena-a-harmonia-em-meio-a-insatisfac-es-por-cota-1.3227558" target="_blank">Mabel acena à harmonia em meio a insatisfações por cota</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-confirma-indicac-es-de-vereadores-um-dia-antes-de-sess-o-1.3227146" target="_blank">Mabel confirma indicações de vereadores um dia antes de sessão</a></div>

Em sua fala, o prefeito reiterou, porém, que os parlamentares têm direito de fazer indicações ao Executivo, mas que elas passam por filtragem técnica. “Nós tivemos alguém que indicou sete, e seis foram reprovados”, afirmou Mabel.

Anselmo fez discurso de pouco mais de três minutos permeado de recados sobre a <a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-confirma-indicac-es-de-vereadores-um-dia-antes-de-sess-o-1.3227146" target="_blank">valorização dos vereadores</a> e afirmou que, a exemplo do prefeito e do novo secretário, também trabalha no setor privado e entende o clamor por “agilidade e menos burocracias”.

“A Câmara está apta, de plantão, para todas as necessidades legislativas que forem possíveis para fazer com que a excelência do serviço chegue a esta cidade. Menos burocracia, tolerância zero naqueles que acham que podem fabricar dificuldades para vender facilidades”, disse Anselmo. “Nós dominamos esses tipos de comportamentos”, finalizou. (Gabriel Neves)

Prefeito acena aos vereadores ainda em meio a insatisfação por nomeações

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