Atualizado às 11h20, com dados corretos sobre honorários.Atualizado às 16h30, com informações da Saneago sobre atividades do novo conselheiro.O vice-governador de Goiás, Daniel Vilela, presidente do MDB estadual, foi nomeado conselheiro fiscal da Saneago, em assembleia geral extraordinária da companhia, realizada na última sexta-feira (27). O cargo tem R$ 8.496,78 de honorários mensais. A ata da assembleia informa que o montante global de remuneração dos membros do Conselho, de abril de 2022 a março de 2023, é de R$ 368.446,42. A Saneago informou que isso é dividido entre os cinco membros, e não por conselheiro, diferentemente do que o blog havia informado.Daniel foi escolhido para substituir o ex-secretário estadual de Administração Bruno Magalhães D’Abadia, que deixou a pasta em novembro. O mandato é até a Assembleia Geral Ordinária de 2023, prevista para o final de abril, com previsão de recondução.No fim do ano passado, o governo goiano aumentou o salário de vice e secretários, ao aprovar a criação de verba indenizatória. A remuneração passou de R$ 22 mil para R$ 31,9 mil.A Lei federal das Estatais exige que integrantes de conselho fiscal possuam formação acadêmica compatível com a função e tenham exercido, por pelo menos três anos, cargo de direção ou assessoramento na administração pública ou cargo de conselheiro fiscal ou administrador em empresa. Na regulamentação da lei em Goiás, assinada pelo governador Ronaldo Caiado (UB) em 2019, a exigência é de dois anos.A ata da assembleia diz que "a indicação do Sr. Daniel Vilela (1º mandato) contou com a conformidade dos requisitos legais e estatutários necessários, inclusive aqueles previstos na Lei Federal 13.303/2016 (Lei das Estatais), sendo atestada pelo Comitê de Elegibilidade, nos termos do artigo 21, §2º do Estatuto Social". A alegação é de que ele foi administrador de empresa particular nos últimos quatro anos. A indicação foi aprovada por unanimidade.Na tarde desta quarta-feira (1), a assessoria da Saneago informou que, conforme análise do Comitê de Elegibilidade, Daniel é "titular e administrador de empresa do ramo de atividade de consultoria em gestão empresarial, consultoria em tecnologia da informação e outras atividades de telecomunicações, desde 30 de janeiro de 2019 - o que comprova, portanto, o prazo mínimo como administrador de empresas". A lei tem vedações para dirigente partidário, mas nas nomeações para Conselho de Administração e diretoria das estatais. A proibição não vale para Conselho Fiscal.O colegiado é composto por outros quatro secretários de Estado: César Moura (Retomada), Adriano da Rocha Lima (Governadoria), Cristiane Schmidt (Economia) e Pedro Sales (Agehab, futuro secretário de Infraestrutura). A ata da assembleia informa que Daniel tem de se licenciar do cargo de conselheiro no caso de substituição no cargo de governador.A reunião também ratificou a eleição do presidente da Saneago, Ricardo Soavinski, para compor o Conselho de Administração, com mandato até o fim de 2024.No dia 17 de janeiro, Caiado definiu o novo titular da Sead, Francisco Sérvulo Freire Nogueira, que era presidente do Conselho de Administração da estatal. Ele foi substituído por Eurico Velasco de Azevedo Neto, que presidiu a assembleia da semana passada.Sobre a remuneração dos conselheiros fiscais, a Saneago informou que o valor foi estimado no ano passado tomando por base o quadro de quatro conselheiros fiscais, sendo que agora são cinco. Ainda não havia inclusão de encargos. "Para aquela época, o valor médio do honorário estimado foi de R$ 7.675,97, não incluindo os encargos."***E-mail: fabiana.pulcineli@opopular.com.brTwitter: @fpulcineliFacebook: fabiana.pulcineliInstagram: @fpulcineli-Imagem (1.2440219)