“Não se esqueçam de uma coisa, quem for eleito presidente no corrente ano, indica dois ministros para o STF”, disse Jair Bolsonaro (PL), em discurso durante cerimônia de regularização fundiária em Rio Verde, no Sudoeste de Goiás, nesta quarta-feira.&nbsp;Bolsonaro completou a fala ressaltando que “todos os podres podem ser aperfeiçoados e melhorados”. Em seguida, o presidente disse que não estava no compromisso para falar sobre política.&nbsp;Bolsonaro fez elogios ao presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Geraldo José da Camara Ferreira de Melo Filho. Segundo o órgão, 8.037 documentos, entre títulos de domínio e contratos de concessão de uso para beneficiários da reforma agrária, foram entregues no eveLEIA TAMBÉM:<a href="https://opopular.com.br/noticias/politica/em-evento-com-bolsonaro-em-rio-verde-caiado-discursa-em-meio-a-vaias-1.2441460" target="_blank">- Em evento com Bolsonaro em Rio Verde, Caiado discursa em meio a vaias</a><a href="https://opopular.com.br/noticias/politica/confira-galeria-de-imagens-da-visita-de-bolsonaro-a-rio-verde-1.2441318" target="_blank">- Confira galeria de imagens da visita de Bolsonaro a Rio Verde</a>“Hoje vocês são parceiros dos fazendeiros. Juntos vocês vão produzir para todos nós”, disse Bolsonaro, em referência às pessoas que estiveram no encontro para receber o título. O presidente fez elogios ao setor produtivo e citou a importância da categoria para a produção de alimento que abastece o mundo.&nbsp;No discurso, Bolsonaro também falou sobre economia e argumentou que o aumento nos preços de produtos, com destaque para os combustíveis, “é reflexo da pandemia e da guerra que acontece a 10 mil quilômetros do nosso País.”&nbsp;O presidente também deu destaque para a pauta de costumes. “Nós somos contra o aborto, nós somos contra a ideologia de gênero, nós defendemos a família, nós defendemos a propriedade privada, nós queremos arma de fogo para o cidadão de bem, pq todos vocês sabem que a arma, em especial nos locais mais distantes, é a garantia da vida de vocês. O povo armado jamais será escravizado”, afirmou.&nbsp;Entre as autoridades que estiveram presentes no evento estão o governador Ronaldo Caiado (UB), o presidente da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo), Antonio Chavaglia, o prefeito de Rio Verde, Paulo do Vale (UB), e o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Lissauer Vieira (PSD).&nbsp;Também participaram os deputados federais João Campos (Republicanos), José Mario Schreiner (MDB), Magda Mofatto (PL), Vitor Hugo (PL) e Professor Alcides (PL), e o senador Vanderlan Cardoso (PSD). O ministro da Agricultura, Marcos Montes também esteve no encontro.

Bolsonaro em Rio Verde: 'Não se esqueçam, quem for eleito presidente indicará dois ministros do STF'

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Uma aposta simples de Itumbiara, no sul de Goiás, acertou cinco números na Mega-Sena e ganhou um prêmio de R$ 96.688,72. Conforme divulgado pela Caixa Econômica Federal, o sortudo fez a aposta de forma física na Lotérica Ponto Fácil. Neste concurso 2887, ninguém acertou as seis dezenas, fazendo com que o prêmio principal de R$ 46 milhões acumulasse para o próximo sorteio. &nbsp;

Veja os números sorteados: 14 – 29 – 30 – 50 – 53 – 57.&nbsp;

O sorteio foi realizado neste sábado (12) no Espaço da Sorte, em São Paulo. Segundo a Caixa, ao todo 39 apostas acertaram cinco números e 3.189 acertaram quatro, levando cada um R$ 1.689,22 para casa.&nbsp;

O próximo sorteio da Mega-Sena acontecerá na terça-feira (15).&nbsp;

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<h4>Como receber o prêmio&nbsp;</h4>

De acordo com a Caixa Econômica Federal, os prêmios superiores a R$ 2 mil só podem ser recebidos em suas agências bancárias, mediante apresentação de comprovante de identidade original com CPF e recibo de aposta original e premiado.&nbsp;

Já os valores iguais ou acima de R$ 10 mil são pagos no prazo mínimo de dois dias úteis a partir da respectiva apresentação em agência da Caixa. Outros valores podem ser recebidos em qualquer lotérica credenciada ou nas agências da Caixa.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/mega-sena-e-outras-loterias-ficam-mais-caras-veja-novos-precos-1.3284197" target="_self">Mega-Sena e outras loterias ficam mais caras; veja novos preços</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/mega-sena-aposta-de-goiania-leva-r-50-milh-es-1.3283497" target="_self">Mega-Sena: Aposta de Goiânia leva R$ 50 milhões</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/loterica-onde-foi-feita-aposta-da-mega-sena-que-ganhou-r-50-milh-es-ja-teve-outros-premios-milionarios-diz-atendente-1.3283793" target="_self">Lotérica onde foi feita aposta da Mega-Sena que ganhou R$ 50 milhões já teve outros prêmios milionários, diz atendente</a>&nbsp;</div>

<h4>Como apostar&nbsp;</h4>

Recebe a premiação máxima da Mega-Sena quem acertar os 6 números sorteados. Também é possível ganhar prêmios acertando quatro ou cinco números. Os sorteios são feitos três vezes na semana: às terças, quintas e sábados, a partir das 20h.&nbsp;

As apostas custam a partir de R$ 5, dependendo da quantidade de números apostados, e podem ser feitas até as 19h, horário de Brasília. Também é possível apostar pelo site ou aplicativo da Caixa Econômica Federal.&nbsp;

O apostador também pode deixar que a Caixa escolha os números, por meio da modalidade Surpresinha, ou apostar os mesmos números por até oito concursos, na modalidade Teimosinha.&nbsp;

Mega-Sena: Aposta simples acerta cinco números em Goiás e ganha quase R$ 97 mil

Economia

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PRÊMIO

Jogar fora a soberania, a Constituição, a bandeira e os brios nacionais para salvar Bolsonaro? 
 
O que Donald Trump exige, e o clã Bolsonaro defende, despudoradamente, ao vivo e em cores, é que o Brasil se renda à sua chantagem, cale o Supremo Tribunal Federal, rasgue a constituição e a bandeira verde e amarela e jogue sua soberania no lixo com um único objetivo: livrar o ex-presidente Jair Bolsonaro da cadeia. 
 
Isso já era claro e agora está sendo assumido até pelo senador Flávio Bolsonaro, o mais sensato da família, que diz em entrevistas, com todas as letras, que basta "o Brasil voltar à normalidade" para que Trump recue da taxação de 50% em todos os produtos brasileiros que cheguem nos EUA. O que seria essa "volta à normalidade"? Segundo o senador, na GloboNews, "uma anistia ampla, geral e irrestrita". 
 
Ele replica, assim, o recado de Steve Bannon, ideólogo da extrema direita, estrategista da primeira campanha de Trump à presidência e ainda hoje seu porta-voz informal, em entrevista ao site UOL: "Derrubem o processo de Bolsonaro, derrubamos as tarifas". Simples assim. 
 
Mas, afinal, do que se trata? Uma negociação comercial entre países ou uma chantagem política e uma ingerência grosseira de um presidente estrangeiro em questões nacionais? O mundo inteiro, como nós, os brasileiros, sabe a resposta, até porque o Brasil é o único país deficitário nas relações comerciais com os EUA, entre todos os que receberam cartinhas abusadas e ameaças de Trump. Logo, não há a mínima justificativa técnica para 50% de taxação. 
 
Flávio Bolsonaro compara o Brasil com a Venezuela, que vive sob o controle de Maduro no Judiciário, no Congresso e na mídia e sofre sanções dos EUA por fraude nas eleições. Não faz sentido. No Brasil, há problemas, como em todos os países, mas temos democracia funcional, independência entre Poderes, imprensa livre e eleições limpas, com urnas eletrônicas inexpugnáveis. O que Trump exige, pró-Bolsonaro, é que Lula aja como Maduro e interfira no Supremo, neutralize Alexandre de Moraes e anule o julgamento do golpe. Coisa de louco! 
 
O tiro saiu pela culatra. O ataque não muda nada para Bolsonaro no STF e pode piorar bastante o processo contra Eduardo Bolsonaro, que não para de produzir provas de que age contra o Brasil no exterior. E mais: dá palanque e condições ideais para Lula assumir a resistência democrática e unir adversários e o País, em nome da soberania. 
 
Como exemplo, o agronegócio não gosta de Lula, Lula tem lá seus preconceitos contra o agronegócio, mas a aliança de Bolsonaro e Trump contra o Brasil põe os dois do mesmo lado: o interesse nacional. Agora, vem o mais difícil: como, e o que, negociar com o irracional Trump? 
 
*Comentarista da Rádio Eldorado, da Rádio Jornal (PE) e da Globonews

Rendição impossível

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Eliane Cantanhêde

NEROPOLIS

<img attr-cid="policy:1.3287261" attr-version="policy:1.3287261:1752263246" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3287261/WhatsApp Image 2025-07-11 at 16.47.15.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Letreiro de Nerópolis e cidade vista de cima (Catarina Lima / O Popular)

Nerópolis é uma cidade goiana que está localizada na região metropolitana de Goiânia e possui cerca de 34 mil habitantes, segundo a prefeitura. Conhecida como a capital do alho do estado e, anos depois, como&nbsp; “cidade goiana do doce”,&nbsp;O POPULAR&nbsp;conversou com comerciantes e moradores para aprofundar na história do município e também dos apelidos. 
 
Em entrevista ao&nbsp;POPULAR, Anapolino Carvalho, morador de 70 anos, que foi testemunha da história da cidade, contou que a tradição do doce no município começou em 1966, com a criação da fábrica Doces Nerópolis, que é bem conhecida pelos neropolinos.

Já a cultura do alho, segundo ele, começou na década de 1970, graças ao aumento da produção agrícola do alho. “Nerópolis foi considerada a capital do alho até 1987. A produção de alho tinha muita mão de obra e ia para outros estados. Quando era na época das feiras e das festas, vinha comprador de Pernambuco, Minas, São Paulo para comprar alho”, conta. 
 
De acordo com Claudenice Alves, que mora há 25 anos em Nerópolis, sua família plantava alho na época em que a produção na cidade estava em alta. “Tinham umas roças ali perto do Macaúba, né? Os donos tinham plantação lá e a gente plantava alho para vender, porque a cidade era do alho. Agora mudou, é do doce”, afirma.

Segundo a vendedora, que atualmente trabalha em um hortifruti, a plantação de alho era diária, das 7h às 17h. “Eles levavam a gente numa caminhonete, a gente plantava, depois eles davam o almoço para gente nas marmitas e depois a gente ia embora. Nos anos 2000 foi o período em que teve mais demanda e mais fábricas de alho”, conta. 
 
Numa banca de venda de frutas e verduras na saída para Nerópolis, Evarista Barbosa vende cabeças de alho a partir de R$10, e afirma que o alho ainda é muito procurado pelos clientes.

<img attr-cid="policy:1.3287241" attr-version="policy:1.3287241:1752261984" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3287241/WhatsApp Image 2025-07-11 at 16.26.09.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Anúncio de venda de alho e Evarista Barbosa cortando alho (Catarina Lima / O Popular)

<h2>Sabores de Nerópolis</h2>

De acordo com a prefeitura de Nerópolis, o auge da produção de alho perdurou entre as décadas de 60, 70 e 80, quando a produção e comercialização de alho era muito forte no município, com muitos produtores e muita venda, chegando até os anos 90.

<div attr-cid="policy:1.3287341" attr-version="policy:1.3287341:1752272196" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3287341" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3287341', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3287341">NEROPOLIS (1.3287341)</a></div>

Segundo o órgão, a cultura era tão forte que tinha até festa do alho e concurso para eleger a rainha do alho. “Começou a ter importação de alho de países como China e Argentina e isso fez com que a plantação local de alho não fosse mais viável, então o pessoal foi parando de produzir, não só em Nerópolis, mas acredito que em boa parte do estado e do país”, afirma o secretário de comunicação José Roberto Silva. 
 
O doce, por sua vez, surgiu com o fim dessa cultura, fazendo com que Nerópolis fosse conhecida como “a cidade do doce”. “A gente tem uma produção artesanal de doce muito forte e também temos as fábricas locais e o doce foi passando a ser vendido para todos os municípios de Goiás e até para fora do estado”, explica o secretário.

<div class="p-readmore-box"> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/dona-de-cafeteria-de-goiania-se-surpreende-com-repercuss-o-apos-video-de-desabafo-viralizar-1.3282899" target="_self">Dona de cafeteria de Goiânia se surpreende com repercussão após vídeo de desabafo viralizar</a> 
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Os doces ficaram tão conhecidos que, em 2023, foi sancionada uma lei proposta pelo deputado Coronel Adailton da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), <a href="https://legisla.casacivil.go.gov.br/pesquisa_legislacao/107645/lei-22203" target="_blank">Lei. N.22.203</a>, que determinou que a gastronomia e a cultura dos doces produzidos no município de Nerópolis fossem reconhecidas como patrimônio imaterial goiano. 
 
A Fábrica Doces Nerópolis, que é a mais conhecida da cidade, por exemplo, foi uma das precursoras. Ela foi criada em setembro de 1966 por Humberto Marques Brandão e sua esposa Dulcinéia Itália. Durante visita à loja da fábrica, Lucas Melo, funcionário que trabalha atendendo os clientes, contou ao POPULAR que a fama dos doces da fábrica começou no período em que a cidade ainda era conhecida como “Terra do Alho”. Durante as festividades relacionadas ao alho, o casal de empresários aproveitou para vender os doces produzidos na fábrica. 
 
Com o passar dos anos, a demanda foi crescendo e a fábrica foi caindo no gosto das pessoas. Em 1987, a fábrica foi expandida e, nesse mesmo período, a cidade começou a ser conhecida como “Terra do Doce”.

<img attr-cid="policy:1.3287253" attr-version="policy:1.3287253:1752262761" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3287253/WhatsApp Image 2025-07-11 at 16.39.04.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Doce de banana e doce de leite, dois dos doces mais procurados da loja (Catarina Lima / O Popular)

Segundo Lucas Melo, vendedor da loja, os doces mais vendidos são o doce de leite, o pingo, o doce de banana e a bananinha com açúcar cristalizado. “Os nossos doces são bem reconhecidos e já têm 60 anos que eles&nbsp; trazem tradição e qualidade, que até hoje existe. Isso é importante para deixarmos nosso legado pelo que foi criado em 1966 pelo seu Humberto e continua até hoje”, conta.&nbsp;

<h2>E lazer?</h2>

<img attr-cid="policy:1.3287243" attr-version="policy:1.3287243:1752262158" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3287243/WhatsApp Image 2025-07-11 at 16.28.59.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Lago municipal de Nerópolis e Igreja São Benedito, matriz da cidade (Catarina Lima / O Popular)

Passeando pelas ruas de Nerópolis, é possível encontrar o Lago Municipal, a Igreja São Benedito, que é a matriz da cidade, e diversos comércios com lojas de roupa, doces e produtos variados. Durante visita à cidade,&nbsp;O POPULAR&nbsp;entrevistou alguns moradores da cidade, que falaram sobre a vida em Nerópolis, o orgulho de ser morador e sobre a cultura da cidade. 
 
Thaís Alves contou que há pouco mais de uma semana abriu sua própria loja na cidade, relacionada a tecnologia. Ela morou a vida toda em Nerópolis e afirma que gosta muito da vida por lá. “Todo mundo quando a gente vai para fora fala ‘traz o doce de Nerópolis’, porque é o melhor, é muito bom mesmo, têm várias fábricas aqui e todas são maravilhosas”, afirma. 
 
Andressa Cristina, também é neropolina e contou que tem orgulho e que gosta muito de morar em Nerópolis. Além disso, ela conta que o município tem boas opções de passeios. “Acho que em relação a esporte e lazer poderia ter algumas coisas diferentes, mas o lago é muito bom, podemos praticar muitos esportes lá, tem também os shows que trazem para cá que são muito legais. Na época de férias tem a festa da igreja, com barraquinhas”, conta. 
 
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<h2>História e fundação</h2>

Em entrevista ao&nbsp;POPULAR, o secretário municipal de comunicação, José Roberto Silva, explicou que a história da cidade começou em 1894, no final do século 19, quando moradores se aglomeraram na região do Ribeirão Capivara, que é um rio que atravessa a cidade. Na época, Joaquim Taveira e sua família decidiram se estabelecer na região e formaram um vilarejo chamado Matinha dos Taveiras.&nbsp;

Conforme informado pelo secretário, ao redor da Matinha dos Taveiras e das fazendas, um povoado começou a se aglomerar. Depois de um tempo, em 3 de agosto de 1948, o povoado foi emancipado para Nerópolis.

Segundo a prefeitura, o nome Nerópolis foi em homenagem ao então senador Nero Macedo, que, na época, havia prometido que a linha de ferro do trem passaria pela cidade. Com isso, as lideranças políticas da época resolveram homenagear o senador.

De terra do alho à capital goiana do doce: conheça a cidade de Nerópolis

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CULTURA GOIANA 

WEBSTORIES - CASSINO EM GOIÁS

Um projeto de lei proposto pelo prefeito de&nbsp;São Simão, Wallisson José de Freitas (Podemos), e aprovado pela Câmara de Vereadores do munícipio, na quarta-feira (9), autoriza a abertura de cassinos integrados a resorts e complexos turísticos de alto padrão no município e a concessão deles à iniciativa privada. A norma ainda aguarda a sanção do prefeito.

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Conforme o texto, tal autorização está&nbsp;condicionada à aprovação do Projeto de Lei nº 2.234/2022, que tramita no Congresso Nacional e propõe a regulamentação dos jogos de azar no Brasil.&nbsp;

Na justificativa apresentada à Câmara de Vereadores, o prefeito Wallisson José de Freitas disse que o projeto de lei é “um ato de planejamento estratégico e vanguarda administrativa” e que a lei municipal é uma forma de São Simão se posicionar como uma das cidades aptas a receber esse tipo de empreendimento, se antecipando e se preparando para atrair investimentos no setor.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/lei-que-reduz-horarios-de-funcionamento-de-distribuidoras-de-bebida-em-goiania-e-aprovada-1.3287056" target="_self">Lei que reduz horários de funcionamento de distribuidoras de bebida em Goiânia é aprovada</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/camara-aprova-projetos-que-beneficiam-servidores-da-educac-o-1.3286147" target="_self">Câmara aprova projetos que beneficiam servidores da Educação</a></div>

Para entender&nbsp;se a lei é constitucional e os efeitos na prática, além de entender sobre a&nbsp;eficácia da antecipação, conforme proposto pelo prefeito, o&nbsp;POPULAR conversou com o&nbsp;advogado Dyogo Crosara.&nbsp;

<cite>Hoje, essa lei é inconstitucional por uma competência formal, porque a matéria de jogos, que está na Constituição, é de competência privativa da União. Além disso, a lei está condicionada ao projeto de lei federal que não foi sancionado”, explica.</cite>&nbsp;

A lei municipal aprovada em São Simão também não tem constitucionalidade material, pois no Brasil, os jogos de azar são considerados contravenções penais de acordo com o Art. 50, do Decreto-Lei 3.688/1941 e a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 22, inciso I, estabelece que compete à União legislar privativamente sobre a matéria penal para deixar de considerar uma conduta criminosa.&nbsp;

No entendimento do especialista, a lei aprovada serve apenas como uma estratégia para dar destaque à capacidade de atrair investimentos, porém sem efeitos legais práticos mesmo após uma possível aprovação do Projeto de Lei nº 2.234/2022, que tramita no Congresso Nacional.&nbsp;

<cite>Alguns municípios estão fazendo essa lei para dizer que possuem uma lei anterior aprovada, como se já existisse uma regulamentação no Congresso que garantisse o direito para quem tivesse lei aprovada até então. Porém, não vai ser assim. Pois, o Projeto de Lei que está tramitando no Congresso, na verdade, regulamenta para todo o Brasil e não autoriza àqueles que já têm lei a legislar sobre o tema. Portanto, é apenas uma estratégia de divulgação demonstrando que a cidade tem interesse, mas o efeito legal, o efeito prático, não tem nenhuma validade no que foi aprovado, finaliza.</cite>&nbsp;

A cidade localizada na região sudoeste de Goiás que possui alguns atrativos turísticos como o Lago Azul, as Cataratas de Itaguaçu e as corredeiras do Rio Claro, entra na esteira do munícipio paulista de Olímpia ao aprovar uma lei condicionada à aprovação de um projeto pelo Congresso Nacional que propõe a regulamentação dos jogos de azar no Brasil.&nbsp;

<div attr-cid="policy:1.3287174" attr-version="policy:1.3287174:1752251216" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3287174" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3287174', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3287174">WEBSTORIES - CASSINO EM GOIÁS (1.3287174)</a></div>

Projeto que autoriza criação de cassinos dentro de resorts em cidade de Goiás é aprovado