Filiados em Goiás

O número de eleitores filiados a algum partido político em Goiás caiu depois da eleição de 2022. Uma decadência que está presente desde o pleito de 2018. O maior partido do estado, o MDB, perdeu 1,5 mil filiações entre outubro do ano passado e junho deste ano.

Em junho de 2018, Goiás tinha 674.720 eleitores filiados. O número caiu para 646.332 em outubro de 2022, época da eleição. Em junho de 2023, são 642.445. Os números foram coletados no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O comportamento é em parte justificado pela extinção de partidos e fusão de outros nesse meio tempo, devido à cláusula de barreira.

Para o cientista político Guilherme Carvalho, a queda pós-eleição se justifica também porque há um aumento das filiações em período eleitoral, mas, depois disso, muitos precisam se desincompatibilizar por motivos diversos. Mas avalia que não há um fenômeno social específico que explique uma desmobilização das filiações.

<div attr-cid="policy:1.3050176" attr-version="policy:1.3050176:1690163080" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3050176" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3050176', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3050176">Filiados em Goiás (1.3050176)</a></div>

Numericamente, depois do Pros, quem mais perdeu filiados de outubro do ano passado a junho deste ano em Goiás foi o MDB. A sigla, que tem hoje 115,8 mil eleitores vinculados, tinha 177,3 mil na eleição de 2022, ou seja, uma perda de 1,5 mil.

A queda se mostra presente também quando se olha para um período mais amplo. Na comparação entre os meses de junho de 2023 e 2018, por exemplo, mais um ano de eleição, quando o vice-governador Daniel Vilela (MDB) foi candidato ao governo do estado, a perda foi de 23,7 mil filiados.

Leia também:

<a href="https://opopular.com.br/politica/incorporac-es-e-fus-es-influenciam-nas-variac-es-de-filiados-1.3050180" target="_blank">-&nbsp;Incorporações e fusões influenciam nas variações de filiados</a>

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O vice-presidente estadual do MDB, o prefeito de Campos Verdes, Haroldo Naves, avalia que isso se deve ao fato de que o partido ficou cerca de 20 anos atuando na oposição. “Essa falta de expectativa de poder causa algumas desfiliações”, diz. Mas ele afirma que, com Daniel como vice-governador, a expectativa é de que o quadro se reverta e, a partir do ano que vem, tenha mais 10 mil filiados.

“Agora com esse crescimento do partido, tendo um vice-governador, dois deputados federais, seis deputados estaduais, o MDB volta a crescer. Vamos reorganizar os diretórios a partir de agosto. O MDB está fazendo uma seleção de lideranças que realmente querem contribuir com o partido e, a partir disso, teremos novas filiações”, explicou Naves. Daniel deve ser o candidato da base a governador em 2026, o que também aumenta a expectativa.

Outro que vem sofrendo perda de filiados é o PSDB, que governou o estado por cinco mandatos e deixou o poder em 2018, quando o governador Ronaldo Caiado (UB) ganhou a eleição. Entre junho daquele ano e do atual, a sigla perdeu 9,6 mil filiados. Já na comparação de filiações em outubro do ano passado e em junho de 2023, o PSDB ficou com menos 718.

Na eleição de 2022, havia uma expectativa pela eleição do ex-governador Marconi Perillo (PSDB) para senador, então favorito, que acabou frustrada com a vitória de Wilder Morais (PL). Presidente estadual da sigla, Marconi avalia que esse afastamento do poder nesse período justifica a perda de filiados.

“Queira ou não queria, qualquer partido, estando no poder, cresce em número de filiados, há um interesse espontâneo e por expectativa de participação no governo. Quando se está na oposição e com número mais reduzido de parlamentares, isso influencia”, afirma o tucano.

Polarização

Mas Marconi julga que a polarização entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também afetou as filiações. “Na eleição passada o PSDB cometeu um grande erro, na minha opinião, de não lançar candidato à Presidência da República. Na medida em que nós não tivemos candidato e apoiamos outras candidaturas, no caso do MDB, o partido se enfraqueceu nacionalmente e, com a polarização, é natural que os eleitores tenham feito opções para um lado ou para o outro”, explicou.

Para o ex-governador, é preciso olhar também para o cenário nacional ainda antes dessa polarização, com o que chamou de equívocos nas eleições.

O segundo partido que ganhou mais filiados entre a eleição do ano passado e junho deste ano foi o PT, com 789 novos eleitores vinculados. A reportagem não conseguiu contato com a presidente da sigla, a vereadora Kátia Maria (PT), mas o cientista político Guilherme Carvalho avalia que esse aumento vai além da eleição de Lula. “É um fator importante, mas não é suficiente para explicar esse aumento. O PT tem uma constância de recepção de novos filiados”, pontua.

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Cai o número de filiados a partidos em Goiás

Política

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Matéria - Política

Desmobilização

A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) teve, pela primeira vez no ano, uma sessão ordinária encerrada por falta de quórum, nesta terça-feira (8). A ausência de colegas para manter os trabalhos em plenário gerou reação crítica, nesta quarta, do líder da base aliada ao governador Ronaldo Caiado (UB) na Casa, Talles Barreto (UB), que discursou em tom de cobrança.

<a href="https://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

No dia anterior, os 33 deputados que chegaram a registrar presença ao longo da sessão passaram a deixar o plenário durante a <a href="https://opopular.com.br/politica/governo-barra-projeto-que-amplia-perd-o-para-desmate-1.3250399" target="_blank">votação dos projetos</a>, que tiveram discussões protagonizadas por debate ideológico entre Mauro Rubem (PT) e Amauri Ribeiro (UB). No exercício da presidência, Clécio Alves (Republicanos) pediu verificação de quórum e apenas 19 parlamentares chegaram ao local. Os trabalhos às terças-feiras são exclusivamente presenciais.

“Nós agora não temos quórum para votar, presidente. Eu estou contrariado. Eu e o Coronel Adailton fizemos uma lei e não vamos mais votar projetos dos deputados que não estejam aqui. Tem deputado aqui que apresenta 80 projetos e fica só a gente aqui, até tarde, votando, correndo atrás, indo pra a comissão e voltando, mas os donos dos projetos não estão aqui”, reclamou Talles Barreto.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/governo-barra-projeto-que-amplia-perd-o-para-desmate-1.3250399" target="_blank">Governo barra projeto que amplia perdão para desmate</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/presidente-diz-que-atua-para-manter-veto-em-proposta-sobre-sobras-do-duodecimo-1.3245690" target="_blank">Presidente diz que atua para manter veto em proposta sobre sobras do duodécimo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/com-criticas-a-secretario-alego-discute-cpi-na-saude-1.3245274" target="_blank">Com críticas a secretário, Alego discute CPI na Saúde</a></div>

O líder do governo defende o projeto, apresentado pela mesa diretora, que muda o regimento interno para vincular as votações dos projetos e requerimentos apresentados por um deputado estadual à presença dele em plenário. Se a proposta for aprovada, não bastará o registro no painel, pois há menção à necessidade de “verificação”, procedimento utilizado para atualizar a lista de quem de fato participa das sessões. A exceção é para o caso no qual o autor não esteja no exercício do mandato.

“Acho que a Casa não pode perder e nós ficarmos aí implorando para deputado vir. Não temos quórum para a ordem do dia. É ruim para a Casa e é ruim para os parlamentares. Eu, como líder, não vou ficar implorando para deputado vir votar. Não vou! Essa não é minha tarefa. A obrigação de estar aqui terça e quarta presencial e na quinta, de forma remota, é de todos nós”, afirmou.

“E tem deputado que apresenta projeto e fala para nós: ‘enquanto vocês bobos estão aí trabalhando, eu estou no interior pedindo voto’. Não é justo. A Casa é de todos nós e a responsabilidade também. Desculpe o desabafo, mas tem hora que não dá”, concluiu Talles.

O presidente, Bruno Peixoto (UB), minimizou ao POPULAR o encerramento da sessão por falta de quórum e disse que as ausências não comprometem o trabalho da Casa. “Hoje nós tivemos 31 deputados e deliberamos várias matérias. O que ocorreu foi um caso fortuito. Foi a primeira vez que não houve a deliberação de uma matéria, mas várias já haviam sido votadas na terça-feira. Foi um caso fortuito e nós temos votações constantemente”, alegou. Peixoto, no entanto, aponta ser “totalmente favorável” à proposta que condiciona a votação de matérias à presença do autor na Casa.

Alego encerra sessão por ausências e líder cobra deputados estaduais

Sem quórum

O Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE) atualizou nesta terça-feira (8) as <a href="https://opopular.com.br/politica/modelo-de-contratac-o-de-obras-do-fundeinfra-provoca-embate-1.3242694" target="_blank">regras para fiscalização de contratos</a> e parcerias do governo estadual com entidades sem fins lucrativos, como as Organizações da Sociedade Civil (OSC). A medida foi tomada depois da aprovação, em 19 de março, da nova modalidade de vínculo do estado para realização de obras sem licitação com recursos do Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra).

<a href="https://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Projeto do governo estadual, aprovado pela Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), autoriza parceria com o Instituto para Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), sem a necessidade de chamamento público ou licitação. Pelo novo modelo, a instituição ligada à Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) passará a ser gestora, junto da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), de parte dos recursos do Fundeinfra, para <a href="https://opopular.com.br/politica/mp-diz-que-modelo-de-obras-fere-principios-constitucionais-1.3248289" target="_blank">subcontratar empresas que assumirão as obras</a>, também sem a necessidade de processo licitatório.

O TCE define regras específicas para a fiscalização de contratos realizados pelo estado junto a instituições sem fins lucrativos desde 2017, quando a primeira resolução foi aprovada, ainda tratando apenas sobre as Organizações Sociais (OSs), que passaram a administrar hospitais estaduais. As OSCs foram alvo de normativas específicas a partir de agosto de 2024, justamente quando as parcerias do Fundeinfra com as entidades foram regulamentadas e iniciadas, em novo modelo.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/mp-diz-que-modelo-de-obras-fere-principios-constitucionais-1.3248289" target="_blank">MP diz que modelo de obras fere princípios constitucionais</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/modelo-para-obras-do-fundeinfra-e-aprovado-em-primeira-votac-o-1.3243136" target="_blank">Modelo para obras do Fundeinfra é aprovado em primeira votação</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/modelo-de-contratac-o-de-obras-do-fundeinfra-provoca-embate-1.3242694" target="_blank">Modelo de contratação de obras do Fundeinfra provoca embate</a></div>

A nova resolução, relatada pelo conselheiro Kennedy Trindade e aprovada pelo colegiado da corte de contas na sessão da última quinta-feira (3), estabelece critérios de transparência para as instituições parceiras, além do rol de informações que deve ser prestado ao TCE-GO, tanto pela entidade quanto pela contratante.

As regras de fiscalização ainda criam um sistema para recepcionar as informações das organizações, o que deve ajudar o Tribunal a definir quais termos de colaboração, de fomento e de parceria devem ser, prioritariamente, fiscalizados.

A medida ainda estimula a estruturação dos órgãos contratantes, como a Goinfra, para que possam fortalecer os processos internos de “fiscalização adequada” dos termos ajustados.

Assim, também serão fiscalizados os sistemas de controle interno, o estabelecimento de indicadores e as estruturas de governança e gestão do órgão responsável pelo contrato. Além disso, a resolução ainda prevê a verificação sobre “o alcance dos resultados das parcerias”.

A primeira resolução do TCE com regras para verificação dos contratos com Organizações da Sociedade Civil foi baixada no ano passado depois de finalizado o processo de apuração realizado pelo Tribunal sobre o inédito modelo escolhido pelo governo para construção e gestão do Complexo Oncológico de Referência (Cora). O trabalho, no valor de R$ 2,391 bilhões, foi alvo de representação do diretório estadual do PSDB, que apontava suposta improbidade administrativa e inconstitucionalidade no procedimento.

Após a representação, o governador Ronaldo Caiado (UB) realizou audiência com todos os conselheiros, com a participação de sete auxiliares do governo, o vice-governador Daniel Vilela (MDB) e o presidente da Fundação Pio XII, Henrique Prata.

O processo de apuração interna no Tribunal de Contas continuou por dez meses, em meio ao embate travado com o Executivo e com deputados estaduais aliados na Alego, até o arquivamento, no fim de agosto de 2024, quando foram definidas as regras de fiscalização em resolução normativa.

<h2>Legislação</h2>

Na mesma semana, o governo tomou a primeira medida para ampliar as possibilidades de <a href="https://opopular.com.br/politica/modelo-para-obras-do-fundeinfra-e-aprovado-em-primeira-votac-o-1.3243136" target="_blank">contratação para obras do Fundeinfra</a>. Caiado sancionou, em 27 de agosto, a Lei Estadual nº 22.940, que criou o “Programa de Parcerias Institucionais para o Progresso e o Desenvolvimento Econômico do Estado de Goiás”. A modificação permitiu que estudos de viabilidade e a execução de obras de engenharia fossem realizados de maneira privada, por meio de compensações de créditos do fundo e possíveis consórcios.

A lei introduziu o programa baseado em parcerias com as entidades constituídas por representantes dos setores econômicos contribuintes do fundo, que é bancado com a taxa do agro, em vigor desde janeiro de 2023.

O modelo foi atualizado 14 dias antes da deliberação sobre as novas regras pelo TCE, quando a Alego aprovou, em 20 de março, projeto do Executivo que avança na contratação e realização das obras rodoviárias. A Casa deu aval à parceria com o Ifag, que ficará responsável pela contratação, via processo seletivo simplificado, das empresas de engenharia que realizarão a pavimentação dos trechos de rodovias estaduais.

Pelas novas regras de fiscalização, o TCE-GO priorizará as propostas de fiscalização conforme critérios de risco, materialidade, relevância e oportunidade, em alinhamento com o Plano de Controle Externo bienal do órgão. Além disso, o órgão poderá realizar inspeções para “suprir lacunas ou omissões de informações, esclarecer dúvidas, e para apurar denúncias ou representações”.

O Tribunal ainda aponta que “poderá, a qualquer tempo, determinar a adoção de medidas para corrigir falhas ou irregularidades que identificar durante a fiscalização, incluindo, se necessário, a recomendação de afastamento de dirigente ou de rescisão da parceria”.

TCE atualiza regras referentes a contratos com entidades sem licitação

Governo de Goiás

“Se a gente quer falar do Brasil, a gente tem que ter o olhar local, e nada melhor do que as pessoas locais para poder desenhar todo o projeto.” É dessa forma que Diego Oliveira, coordenador do ESPM Goiânia, resume o que foi o ESPM Day, evento em parceria com o Grupo Jaime Câmara que ocorreu ao longo desta quarta-feira (9) e que promoveu imersão para professores, estudantes, profissionais do mercado publicitário e demais interessados em áreas como Comunicação, Marketing, Negócios, Inovação, Ciências do Consumo, Luxo e Agronegócio. Com o objetivo de conectar quem já está no mercado com quem está chegando agora para uma troca de experiências, a programação do evento foi totalmente voltada para talks, painéis e oficinas conduzidas por especialistas do mercado, como Dalton Pastore, presidente da ESPM; Cristiana Moreira, diretora de Negócios do Grupo Jaime Câmara; Frederike Mette, diretora acadêmica de Pós-Graduação Lato Sensu da ESPM; e Kelly Nakamura, diretora de Marketing, Produtos e Comunicação da CIBRA Fertilizantes.Para Cristiana Moreira, o ESPM Day representa um momento estratégico para o mercado e para os profissionais que desejam se atualizar. “Eventos como o ESPM Day são fundamentais para quem quer entender as transformações do mercado e como se posicionar de forma inovadora. Mais uma vez, o Grupo Jaime Câmara tem a satisfação de fortalecer essa parceria e contribuir para essa troca de conhecimento”, diz ela. O ESPM Day também promoveu o lançamento do Master em Comportamento e Ciência do Consumo, bem como os novos cursos de extensão voltados para os segmentos de luxo e agronegócio. Enfatizando a visão de “brasis” do evento, Diego Oliveira questiona o que de fato faz mais sentido para o mercado goiano - que hoje se concentra nas frentes dos dois segmentos mencionados. “A gente traz como lançamento dois cursos de agro e de luxo, mas a possibilidade de uma nova pós-graduação, tendo como foco o comportamento do consumo, que são ciências do consumo, fez com que a gente acreditasse e entendesse, de fato, que o dia de hoje seria um sucesso”, afirma o coordenador. Diante do engajamento dos mais de 200 participantes em toda a programação do evento, Oliveira diz ter observado que a edição pôde ser dividida em dois pilares - o do networking e o da qualidade. “Não foi networking por networking. Você anda pelas salas, você anda pelos auditórios, tudo lotado, as pessoas anotando. A gente conseguiu criar um ESPM Day com a cara de Goiânia, porque foi construído com os goianienses.”ComunicaçãoDiretor-geral de criação da Inquieta/Jordão, agência de publicidade, Flávio Filho, 43, afirma que o grande saldo em participar do ESPM Day é o maior aprendizado e a oportunidade de diálogo sobre temas como o mercado de comunicação. “Quando a gente fala do mercado regional, como é Goiás, onde a gente tem mercado de governo, mercado imobiliário e o varejo como os três grandes mercados de comunicação, então é trazer o conteúdo de varejo pra gente, o que está sendo visto de tendências e tudo mais”, diz Filho. “Nos ajuda a nos reciclar, a tornar o nosso dia a dia mais prático, mais eficiente, e a levar soluções pros clientes que sejam mais inovadoras.”Filho também diz que o varejo em si é hoje um ativo gigantesco de dados. “Você vai para dentro de uma loja, a quantidade de informações que tem ali de um cliente que traga, que traz para dentro da loja, é, isso serve para poder nos nortear muito de como comunicá-la na ponta.” A tendência, ele afirma, é fazer com que esses dados, dentro da loja, sejam direcionados para plataformas que ajudem a “nortear melhor na parte da comunicação”. A inovação foi um dos motes da palestra “Conectando marcas com pessoas através das redes sociais”, que encerrou o evento e foi ministrada por PV Bispo, diretor de comunicação digital da Prefeitura de Salvador. Bispo diz que tem ido a muitos estados falar justamente sobre a conexão como uma ideia “inovadora” para a comunicação. Ele explica: “Acho que comunicação digital nada é diferente da comunicação tradicional. A gente precisa que as pessoas se conectem de verdade.”Para Bispo, não tem como falar de inteligência artificial, por exemplo, sem falar de pessoas. “A IA precisa de um ser humano para acontecer. A proposta daqui é justamente isso: quebrar um pouco a ideia de que comunicação digital você precisa ser um expert para trabalhar, ou precisa fazer mil cursos. A ideia é mostrar que a gente precisa se conectar. Será que estamos nos conectando com as pessoas do nosso lado?”, ele indaga. É nesse sentido que Diego Oliveira pondera que é preciso entender também que a comunicação está em constante “construção” - sobretudo em suas formas. “Se a gente pensar lá atrás, em 1960, como no ano 2000, o primeiro Big Brother, e agora na 25ª edição do Big Brother, onde a gente observa que a notícia está sendo pautada para vários outros meios de comunicação… O que isso traz? O consumidor, o consumo e tudo que é consumido está em formato beta, está em construção e os profissionais precisam também andar em formato beta para conseguir andar na mesma linha com o consumidor.”

ESPM Day foca em inovação no mercado local

Economia

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<img attr-cid="policy:1.3250636" attr-version="policy:1.3250636:1744229175" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3250636/Proporção para foto do site - 2025-04-09T154405.933.png?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Print com o nome de um dos grupos usados pelos investigados suspeitos de manipulação de jogos. Mandados foram cumpridos em seis estados (Divulgação/Polícia Civil)

A Operação Jogada Marcada, que apura suposta <a href="https://opopular.com.br/esporte/jogadores-tecnicos-e-dirigentes-s-o-alvos-de-operac-o-contra-manipulac-o-no-futebol-que-movimentou-r-11-milh-es-1.3250458" target="_blank">manipulação de jogos de futebol</a>, começou após um dos aliciadores procurar, em 2023, o presidente do Goianésia Esporte Clube da época, Marco Antônio Maia, que também é delegado. Segundo a Polícia Civil (PC), o intermediador do esquema de apostas esportivas, que focava em times menores, teria ligado acreditando ser o contato da secretaria do clube, mas o número era do presidente. Sete pessoas foram presas nesta quarta-feira (9).

<cite>Iria começar a Série D do Campeonato Brasileiro. A intenção desse aliciador era que esse presidente conseguisse contatos e oferecesse quantias para outros clubes de futebol. [...] Por coincidência, o telefone do presidente consta como se fosse a secretaria. Então, provavelmente, esse aliciador acessou o site do Goianésia, pegou o telefone do presidente sem saber se ele seria um delegado de polícia.”, disse o delegado Eduardo Gomes.&nbsp;</cite>

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Em nota, o Goianésia disse que, em 2023, o aliciador ofereceu até R$ 500 mil para que o clube participasse do esquema de manipulação de resultados no Campeonato Goiano. O caso foi denunciado imediatamente, segundo o clube&nbsp;(veja a nota completa no final da matéria).&nbsp;

<cite>Sendo também delegado de polícia, por questões de transparência e imparcialidade, Marco Antônio Maia optou por não conduzir pessoalmente a investigação, garantindo assim a integridade do processo.”, acrescentou o comunicado.&nbsp;</cite>

Ao g1, o ex-presidente do Goianésia disse que o aliciador propunha valores variáveis da comissão, que dependeria do que eles conseguissem arrecadar com a manipulação do resultado. O esquema seria, por exemplo, fazer um jogador cometer uma falta, o time levar um gol, entre outros.

<cite>Na verdade, esse valor era por dois a três resultados [manipulados]. Dependia muito do que eles conseguiam arrecadar", afirmou Marcos Antônio.</cite>

O ex-dirigente alegou que não aceitou nenhuma proposta e que encaminhou as provas para a polícia na época.

<h2>Intermediação</h2>

A PC informou que o suspeito também ofereceu R$ 300 mil ao então presidente caso ele fizesse a intermediação e indicasse outros clubes no esquema. Segundo a delegado, os times que aceitassem participar do esquema ganhariam R$ 1 milhão.&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3250582" attr-version="policy:1.3250582:1744229043" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3250582/WhatsApp Image 2025-04-09 at 12.14.45.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Delegado Eduardo Gomes, responsável pela Operação Jogada Marcada, em Goiás (Diomício Gomes/O Popular)

As investigações confirmaram que esse aliciador está envolvido na manipulação de resultados de jogos de vários estados, porém, até o momento, não há indício de fraude cometida por algum time goiano, completou o delegado.

O grupo focava em times da série D do Campeonato Brasileiro ou da segunda divisão de competições estaduais, de acordo com o delegado: "São times com com menores recursos financeiros, então é mais fácil o acesso e a tentativa de corrupção".

Em nota ao POPULAR, o&nbsp;Ministério Público de Goiás (MPGO) informou que não tem nenhuma relação com a operação e nem está acompanhando seus desdobramento. "Portanto, não há nenhuma colocação a ser feita sobre o assunto" (veja nota completa no final).

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/esporte/jogadores-tecnicos-e-dirigentes-s-o-alvos-de-operac-o-contra-manipulac-o-no-futebol-que-movimentou-r-11-milh-es-1.3250458" target="_blank">Jogadores, técnicos e dirigentes são alvos de operação contra manipulação no futebol que movimentou R$ 11 milhões</a> 
<a href="https://opopular.com.br/esporte/empresario-de-goias-foi-alvo-de-operac-o-suspeito-de-oferecer-dinheiro-a-jogadores-para-manipular-resultados-de-jogos-1.3250579" target="_blank">Empresário de Goiás foi alvo de operação suspeito de oferecer dinheiro a jogadores para manipular resultados de jogos</a></div>

<h2>Investigação&nbsp;</h2>

A Operação Jogada Marcada cumpriu 16 medidas judiciais, entre mandados de prisão e de busca e apreensão, em Goiás e mais cinco estados: Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Paraíba e Pernambuco.&nbsp;&nbsp;

Sete pessoas foram presas, sendo um ex-árbitro da Paraíba, um ex-presidente de clube do Ceará, dois aliciadores e dois ex-jogadores, além de outro suspeito ainda não identificado.&nbsp;

<a href="https://opopular.com.br/esporte/empresario-de-goias-foi-alvo-de-operac-o-suspeito-de-oferecer-dinheiro-a-jogadores-para-manipular-resultados-de-jogos-1.3250579" target="_blank">Um empresário de Goiás foi um dos alvos da operação</a>. O homem é suspeito de oferecer dinheiro a jogadores para manipular resultados de partidas de futebol, conforme informou o delegado&nbsp;&nbsp;

"Conseguimos identificar três núcleos da organização criminosa. Alguns são membros do núcleo financeiro onde se trata de empresários que injetam dinheiro na organização (criminosa) para que interfira em profissionais de jogos de futebol. Tem os aliciadores que são pessoas, que por algum motivo, mantêm contato com atletas e profissionais do futebol de forma a convencê-los a fraudar o resultado ou uma ação durante a partida. Inclusive, um dos alvos da investigação aqui em Goiás é um dos empresários que seria financiador desse esquema criminoso”, disse o investigador ao POPULAR.&nbsp;

Como os nomes dos suspeitos não foram divulgados, O POPULAR não conseguiu localizar a defesa deles até a última atualização desta reportagem.&nbsp;

<h2>Operação&nbsp;</h2>

De acordo com a Polícia Civil, as fraudes já movimentaram ao menos R$ 11 milhões ilicitamente obtidos, inclusive, por meio de plataformas de apostas.&nbsp;&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3250463" attr-version="policy:1.3250463:1744224336" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3250463/Proporção para foto do site (35).jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Policiais civis cumprindo mandados da Operação Jogada Marcada (Divulgação/PC-GO)

A investigação, do Grupo Antirroubo a Banco (GAB) da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), delineou a estrutura hierárquica do grupo, que possui financiadores, intermediários e executores - neste ramo, envolvendo jogadores, treinadores, dirigentes de clubes e um árbitro de futebol alvos da operação de hoje.&nbsp;

(Colaborou Letícia Graziely, Felipe Mateus Costa e Iudeu Iussef)

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<div attr-cid="policy:1.3250733" attr-version="policy:1.3250733:1744237130" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3250733" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3250733', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3250733">web story esquema manipulação de jogos denuncia de Goianésia (1.3250733)</a></div>

<h2>Nota do Goianésia</h2>

O Goianésia Esporte Clube vem a público manifestar seu total repúdio a qualquer tentativa de manipulação de resultados no futebol brasileiro.

Em 2023, o presidente do Conselho do Goianésia, Marco Antônio Maia, recebeu uma proposta de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) para que o clube participasse de um esquema de manipulação de partidas do Campeonato Goiano. Diante da gravidade do fato e do compromisso ético que temos com o esporte, ele imediatamente comunicou as autoridades competentes, contribuindo diretamente para o desencadeamento da Operação Carta Marcada, deflagrada nesta quarta-feira, 9 de abril, pela Polícia Civil.

É importante ressaltar que, sendo também delegado de polícia, por questões de transparência e imparcialidade, Marco Antônio Maia optou por não conduzir pessoalmente a investigação, garantindo assim a integridade do processo.

O Goianésia Esporte Clube reafirma seu compromisso com a ética, a honestidade e o respeito ao futebol brasileiro. O clube não compactua com nenhuma prática que prejudique a integridade das competições e continuará colaborando com as investigações para que todos os responsáveis sejam devidamente identificados e punidos.

Seguimos firmes na defesa de um futebol limpo, competitivo e digno de sua torcida.

Goianésia Esporte Clube

<h2>Nota do MPGO</h2>

O MPGO não tem nenhuma relação com a referida operação nem está acompanhando seus desdobramento. Portanto, não há nenhuma colocação a ser feito sobre o assunto.