Rubens Salomão

O governador Ronaldo Caiado (UB) embarca no próximo sábado (16) para Israel, onde cumprirá agenda política ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e outras lideranças da direita brasileira, a convite do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. A viagem é um novo capítulo da crise diplomática entre o governo do presidente Lula (PT) e o direitista israelense, sobre a crise humanitária na Faixa de Gaza.

A viagem foi revelada pelo jornal Folha de S. Paulo e confirmada ao POPULAR pela assessoria de Caiado. A volta está prevista para sexta-feira (22), até quando o vice-governador, Daniel Vilela (MDB), assume o cargo interinamente. Além dos dois pré-candidatos à presidência, em oposição a Lula, foram convidados para visitar o país na mesma comitiva os governadores do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), que aceitou o convite, e o de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que declinou.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-da-tom-politico-ao-celebrar-israel-1.3113933">Caiado dá tom político ao celebrar Israel</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/presenca-e-citac-o-de-caiado-em-2026-dividem-presentes-1.3113190">Presença e citação de Caiado em 2026 dividem presentes</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/caiadistas-veem-citac-o-a-anistia-como-sinal-positivo-1.3112874">Caiadistas veem citação a anistia como sinal positivo</a></div>

Jair Bolsonaro (PL) também recebeu o convite de Netanyahu, mas o ex-presidente teve o passaporte apreendido por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, e depende da autorização do magistrado para sair do Brasil. A viagem ocorrerá após as declarações de Lula contra Israel se intensificaram, gerando desgaste para o presidente entre eleitores evangélicos que se identificam com o país do oriente-médio.

Enquanto isso, o governador goiano tem tentado capitalizar o momento com o objetivo de consolidar projeto para a disputa presidencial na oposição a Lula. Tanto que Caiado deu tom político e fez acenos à extrema-direita no evento de homenagem às vítimas do ataque terrorista do Hamas, em 7 de outubro de 2023. Há 12 dias, foi inaugurado o parque “Am Israel Chai” (O povo de Israel vive), inaugurado na sede do Detran.

O evento reuniu lideranças da comunidade judaica, além de deputados bolsonaristas e o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar Zonshine. Caiado pediu desculpas ao embaixador, em contraposição a Lula, pela comparação feita pelo petista entre o Holocausto e a resposta israelense ao ataque terrorista. Ao menos 25 mil palestinos foram mortos, segundo a organização Humans Rights Watch.

“Quero aqui, nesta hora, pedir desculpas ao povo judeu pelas palavras ditas pelo presidente Lula”, disse o governador goiano. Já o presidente afirmou, em viagem à Etiópia: “O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus”.

Ainda na homenagem no pátio do Detran, Caiado disse que Lula mostra “total desconhecimento da história do mundo” e que um presidente não pode se posicionar “de acordo com as opções pessoais”. Questionado pelo POPULAR sobre a possibilidade de genocídio contra os palestinos, disse: “Não existe nada disso. O que existe é o combate contra uma facção criminosa”.

Depois da fala e da crise diplomática gerada, Lula tem repetido as críticas ao governo de Israel por conta dos ataques a palestinos na Faixa de Gaza e Benjamin Netanyahu declarou, no mês passado, que Lula é “persona non grata” no país.

Caiado iniciará a viagem dois dias antes de Tarcísio, que deve embarcar no dia 18. As assessorias dos governadores ainda não divulgaram o roteiro que os gestores farão no país. Desde o início da crise entre os dois países, bolsonaristas têm usado o episódio para reforçar os ataques contra Lula.

No ato em janeiro, na Avenida Paulista, Bolsonaro chegou a exibir uma bandeira de Israel. Tarcísio e Caiado participaram da manifestação, convocada pelo ex-presidente para se defender das suspeitas de arquitetar uma tentativa de golpe.

Caiado aceita convite e vai a Israel em meio à crise diplomática

Política

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Eleições 2026

O TPI (Tribunal Penal Internacional) emitiu, nesta quinta-feira (21), mandados de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, e o líder do Hamas Mohammed Diab Ibrahim Al-Masri, também conhecido como Mohammed Deif.

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Os três são acusados de crimes de guerra no conflito em curso no Oriente Médio —Israel, porém, afirma ter matado Deif durante um ataque aéreo em julho deste ano.

Com a ordem, tanto Netanyahu quanto Gallant podem ser presos caso viajem a algum dos mais de 120 países que são signatários do Estatuto de Roma, tratado internacional que criou o tribunal.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/mundo/hamas-afirma-estar-disposto-a-tregua-e-pede-para-trump-pressionar-israel-1.3199747">Hamas afirma estar disposto a trégua e pede para Trump 'pressionar' Israel</a> 
<a href="https://opopular.com.br/mundo/industria-de-armas-de-israel-usa-ataques-no-oriente-medio-como-marketing-diz-autor-1.3197682">Indústria de armas de Israel usa ataques no Oriente Médio como marketing, diz autor</a></div>

A decisão ocorre após o procurador do TPI, Karim Khan, pedir a prisão dos três em maio por supostos crimes relacionados aos ataques de 7 de outubro de 2023, que deixaram cerca de 1.200 mortos em Israel, e a resposta militar de Tel Aviv na Faixa de Gaza, que já matou mais de 40 mil pessoas.

Khan os acusa de "matar deliberadamente os civis de fome" e de "extermínio e/ou assassinato". "Afirmamos que os crimes contra a humanidade acusados foram cometidos como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil palestina, para cumprir uma política de Estado", declarou o procurador na ocasião.

Na mesma ocasião, o procurador pediu a prisão de Yahya Sinwar, então chefe do Hamas em Gaza considerado mentor do 7 de Outubro; Ismail Haniyeh, líder político do grupo, exilado no Qatar na época; e Deif, comandante das Brigadas Qassam, braço militar da facção.

Khan disse ter "motivos razoáveis para acreditar" que Sinwar, Haniyeh e Deif tenham sido responsáveis pelo "assassinato de centenas de civis israelenses em ataques perpetrados pelo Hamas".

"É a opinião do meu escritório que esses indivíduos planejaram e instigaram a execução de crimes em 7 de outubro de 2023. Por meio de suas próprias ações, incluindo visitas pessoais a reféns logo após seu sequestro, reconheceram sua responsabilidade por esses crimes", afirma o comunicado.

As acusações contra os dirigentes do Hamas ainda incluem "estupro e outras formas de violência sexual" e "tomada de reféns como crime de guerra".

Todos foram declarados mortos por Israel desde então —o primeiro, durante um ataque terrestre em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em outubro; o segundo, durante uma viagem para a posse do presidente do Irã, em julho; e o terceiro, em um ataque aéreo em Khan Yunis, também em julho.

Apenas o terceiro não teve a morte confirmada pelo Hamas, o que fez o tribunal considerar o pedido de prisão contra ele.

Israel não é signatário do estatuto do tribunal sediado em Haia nem reconhece sua jurisdição em Gaza. O TPI, porém, afirma que isso não impede a medida.

TPI emite mandado de prisão contra Netanyahu, ex-ministro da Defesa de Israel e líder do Hamas

Tribunal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu, ex-ministro da Defesa de Israel e líder do Hamas

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Exterior

Os gestos do governador Ronaldo Caiado (UB) a Daniel Vilela (MDB), na segunda (18), no evento Conecta Prefeitos, têm como pano de fundo uma nova atribuição dada ao vice-governador. A dupla acertou que Daniel será o principal responsável por receber e filtrar as demandas dos municípios por programas e parcerias com a administração estadual para depois levá-las a Caiado. 

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As principais são justamente relacionadas com os objetos do evento realizado no início da semana. Ou seja: Pra Ter Onde Morar, em seus quatro eixos voltados para a habitação, e Goiás em Movimento, que abarca pavimentação de vias urbanas, patrulhas mecânicas e manutenção de estradas vicinais. 

Trata-se de novo passo de um processo de transição, uma vez que o chefe do Executivo deve se ocupar cada vez mais com a pré-campanha a presidente da República até deixar o cargo no fim de março de 2026. Mas é também movimento que visa, a partir da relação com prefeitos, fortalecer seu sucesso para a disputa pelo Palácio das Esmeraldas.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/redes-sociais-conseguiram-dominio-de-mentes-no-debate-politico-1.3201749" target="_blank">Redes sociais conseguiram 'domínio de mentes' no debate político</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/politica/general-autor-do-plano-punhal-verde-e-amarelo-recebeu-titulo-na-alego-1.3201747" target="_blank">General autor do plano 'Punhal Verde e Amarelo' recebeu título na Alego</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-modula-tom-sobre-anistia-apos-revelac-o-de-trama-golpista-1.3201744" target="_blank">Caiado modula tom sobre anistia após revelação de trama golpista</a></div>

<h2>No STF</h2>

O governador Ronaldo Caiado propôs ação direta de inconstitucionalidade (ADI) contra dispositivo de uma lei estadual de 2006 que vincula os salários de empregados públicos da extinta Agetop (atual Goinfra), sem vínculos estatutários e pertencentes a um quadro transitório, aos de servidores efetivos.

<h2>Ofensa</h2>

Caiado sustenta na ADI que o dispositivo viola o princípio constitucional que proíbe a equiparação automática de remunerações entre cargos distintos no serviço público, impedindo reajustes automáticos entre servidores e empregados públicos.

<h2>Pano de fundo</h2>

A Goinfra perdeu ação coletiva que visa o pagamento a 78 empregados dos mesmos reajustes concedidos a servidores. O processo, julgado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), está em fase de execução e os cálculos atualizados apontam para impacto de R$ 15,7 milhões.

<img attr-cid="policy:1.3201717" attr-version="policy:1.3201717:1732150331" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3201717/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Já foi? - Frase em vidro de carro chama atenção de motoristas que trafegam em Goiânia ao pregar gentileza no trânsito. (André Rodrigues)

<h2>Perde o quê?</h2>

Um dos poucos atores políticos que reagiram negativamente à defesa de Caiado por “filtro” para anistia aos envolvidos no 8 de janeiro, após a Operação Contragolpe, foi o deputado estadual Major Araújo (PL). O parlamentar usou as redes sociais e se referiu ao assunto como “vergonha”. Já é, há tempos, umas das vozes mais ativas da oposição na Alego.

<h2>Sem clima</h2>

Líder da bancada federal goiana, a deputada Flávia Morais (PDT) avalia que a proposta de anistia aos envolvidos no 8 de janeiro ficou ainda mais distante com os fatos desta semana. “Agora que ficou mais difícil com essa questão que houve nos últimos dias. Já era um ponto polêmico e agora ficou mais complicado”, afirma.

<h2>Contingenciamento</h2>

O futuro secretário municipal de Finanças, Valdivino Oliveira (MDB), só vê uma alternativa caso o prefeito Rogério Cruz (SD) não envie projeto à Câmara de Goiânia para modificar a LOA: “Se a arrecadação ocorrer, gasta. Se não ocorrer, fica contingenciado.”

<h2>Pergunta para:</h2>

George Morais 
Presidente do PDT em Goiás

<img attr-cid="policy:1.3201716" attr-version="policy:1.3201716:1732150331" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3201716/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
O diretório estadual do Partido Democrático Trabalhista (PDT) de Goiás esclarece que, com relação ao áudio que se refere à indicação para titular da Secretaria de Agricultura do Estado de Goiás e associada ao PDT, essa informação é completamente equivocada. A indicação em questão pertence ao deputado Jovair Arantes, que pertence ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). O diretório esclarece ainda que é comum confundirem um Partido com o outro, tendo em vista a semelhança fonética. Dr. George Morais Presidente do Diretório Estadual do PDT-GO (PDT Goiás)

Como vê o cenário para 2026?

Não tenho dúvidas de que o PDT deve federar. Vamos ter reunião com todos os presidentes estaduais para tratar disso no dia 30, no Rio de Janeiro. As conversas ocorrem com o PSB e o SD, nesse caso envolvendo o PSDB. A discussão é quem vai ter autonomia nos estados, quais serão os critérios. Desses partidos, o PDT é o mais representativo. Temos 11 prefeitos, 14 vices e 154 vereadores. Temos deputado federal e estadual.

<h2>Arremate:</h2>

Sinal dos tempos - A capital goiana recebe, entre os dias 25 e 26 de novembro, o Fórum Goiânia Resiliente, que discutirá mudanças climáticas, adaptação e direitos humanos.

Detalhes -&nbsp;O evento faz parte do projeto Cidades Resilientes e será realizado no auditório do Instituto de Estudos Socioambientais, da Universidade Federal de Goiás.

Política e religião -&nbsp;O ex-reitor da PUC Wolmir Amado lança, na sexta (22), o livro “A história da transferência da capital federal do Brasil”. A obra trata de “tramas e bastidores do poder religioso, político e econômico”.

Jubileu -&nbsp;O lançamento integra as comemorações dos 25 anos do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião da PUC.

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Em acerto com Caiado, Daniel será interlocutor do governo com prefeitos

Opinião

Matéria - Coluna Giro

Giro

Uma das primeiras lideranças do País a defender publicamente anistia a responsáveis por atos golpistas, o governador Ronaldo Caiado (UB) agora fala em uma espécie de modulação, diante da gravidade do<a href="https://opopular.com.br/politica/goiania-e-citada-39-vezes-pela-pf-em-apurac-o-sobre-plano-golpista-1.3201458" target="_blank"> plano de militares do Exército revelado na Operação Contragolpe, da Polícia Federal (PF), na terça-feira (19)</a>. Segundo ele, é preciso separar os “mentores” de quem serviu de “massa de manobra” (referência aos invasores das sedes dos três Poderes em Brasília no 8 de janeiro de 2023).

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Ao ser questionado pelo POPULAR sobre a operação, durante lançamento de livro do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles em Goiânia, na noite de terça, Caiado disse que articulação de assassinato de autoridades “é inaceitável, inadmissível e tem a repulsa de todos que querem a democracia consolidada”. &nbsp; Ele afirmou que sua proposta de anistia, feita em fevereiro deste ano, não se estende a supostos responsáveis pelo plano golpista, que incluía assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Eu fui o primeiro a defender (anistia) diante dos dados que existiam naquele momento. Não está extensivo a este momento. Jamais imaginei na minha vida que situações como essa fossem sequer propostas. Ganhar e perder na eleição é normal, mas o respeito à democracia está acima de tudo. Agora é preciso saber quem são os mentores e quem foi usado como massa de manobra”, afirmou, ao novamente comparar as invasões golpistas de 8 de janeiro aos três Poderes com “atos de vandalismo” do MST (Movimento dos Sem Terra) que não tiveram punição.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/goiania-e-citada-39-vezes-pela-pf-em-apurac-o-sobre-plano-golpista-1.3201458" target="_blank">Goiânia é citada 39 vezes pela PF em apuração sobre plano golpista</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/militar-preso-em-goias-usou-dado-de-motorista-com-quem-teve-acidente-de-carro-para-tramar-contra-moraes-diz-pf-1.3201627" target="_blank">Militar preso em Goiás usou dado de motorista com quem teve acidente de carro para tramar contra Moraes, diz PF</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/militar-preso-em-goias-saiu-de-grupo-de-mensagem-apos-golpe-n-o-acontecer-pra-mim-perdeu-a-finalidade-aponta-pf-1.3201211" target="_blank">Militar preso em Goiás saiu de grupo de mensagem após golpe não acontecer: 'Pra mim perdeu a finalidade', aponta PF</a></div>

“Não se pode ter a mesma penalização. Tem de saber quem é o mentor, quem é o autor. Mentores, sim, precisam de pena educativa. Agora, aos cidadãos que foram utilizados como massa de manobra, deve haver capacidade de diminuir um pouco as suas penas para caminharmos para um processo de pacificação”, disse.

Questionado se considera que cabe responsabilização do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), diante de informações de reunião no Palácio do Planalto e na casa do ex-ministro e ex-candidato a vice na chapa do PL, general da reserva Braga Netto, Caiado respondeu com cautela e disse que não pode haver prejulgamento: “Não cabe a mim ficar interpretando até porque eu, como vocês, fiquei sabendo do fato hoje. Isso depende da apuração da veracidade dos fatos que foram colocados. E diante dessa veracidade, (tem de haver) a punição porque é inadmissível que qualquer pessoa se proponha a arquitetar um plano para matar alguém, para dar um golpe no Estado. Isso é inaceitável”.

O governador afirmou ainda que os últimos acontecimentos dificultam a pacificação no País. “Me preocupa muito essa situação porque eu estava acreditando em momento de trazer paz e civilidade na política. O Brasil não suporta mais viver como está vivendo. Você vê um descrédito completo de um governo que está aí e mais os acontecimentos que acabam de ser reproduzidos neste momento agora, com pessoas ali - baseado na fala da Polícia Federal - articulando assassinatos de ministros do Supremo. É inaceitável”, disse.

Ao comentar declarações e atos de Bolsonaro contra as urnas e de ataques às instituições, Caiado o comparou a Lula. “Se você considerar a história, é a mesma prática do Lula quando ele começou: invadir indústria, invadir terra, destruir prédio público”, disse. Diante de contraponto sobre o fato de Lula ser oposição na época e estar construindo um partido, diferentemente de Bolsonaro, que era presidente, o governador emendou: “A minha preocupação é se levar a política ao patamar que está se levando. É extremamente difícil imaginar onde é que vamos chegar. Cada um dentro das suas posições extremadas, não vai levar o Brasil a ter civilidade na prática política e muito menos no futuro do País”.

Ao falar de extremos, ele sinalizou para as eleições de 2026, quando pretende disputar a Presidência da República: “Será que teremos novamente uma eleição polarizada nesse nível de violência que nós estamos vivendo? É a pergunta que fica. Eu vou trabalhar na construção do bom debate. É aquilo que eu tenho feito no meu Estado de Goiás. Você nunca me viu aqui em queda de braço que leve a um impedimento de diálogo com os poderes constituídos”.

<h2>Defesa</h2>

Caiado defendeu anistia em entrevista à Globo News, em 17 de fevereiro, ao responder o que achava das investigações contra Bolsonaro e integrantes das Forças Armadas. Naquele momento, ele investia na estratégia de tentar herdar votos do bolsonarismo e conquistar apoio do ex-presidente para 2026. Na fala, o governador lembrou o ex-presidente Juscelino Kubitschek na década de 1950 e disse que era preciso anistia para garantir a pacificação do País. Acusou ainda o presidente Lula de “fomentar acirramento”.

Na semana seguinte, Caiado compareceu ao ato de Bolsonaro na Avenida Paulista, em São Paulo, quando o próprio ex-presidente também defendeu anistia e fez referência à fala do governador goiano.

De lá para cá, a relação entre os dois voltou a azedar, especialmente pela disputa à Prefeitura de Goiânia, quando os dois líderes bancaram candidaturas e Bolsonaro teve presença constante na capital, com ataques ao governador. Caiado passou a criticar a turma da extrema direita e seus métodos, buscando se distanciar das práticas do bolsonarismo.

Em entrevista ao POPULAR no fim de outubro, depois de vencer a queda-de-braço com a vitória de Sandro Mabel (UB) contra Fred Rodrigues (PL), o governador disse que vai enfrentar Bolsonaro nas urnas - se ele conseguir se livrar da inelegibilidade - e reclamou dos ataques do ex-aliado. “Quem enche aeroporto eu não sei, agora quem ganha eleição e reeleição, eu sei: chama-se Ronaldo Caiado. Se quiser aprender a ganhar eleição e reeleição, e eleger o prefeito de Goiânia, vem aprender que isso eu sei fazer”, provocou, ao reagir à fala do ex-presidente sobre sua popularidade superior aos demais pré-candidatos da direita para 2026.

<h3>Meirelles</h3>

No evento de terça, o governador fez elogios a Meirelles, ressaltou que foi a primeira liderança a convidá-lo a entrar na política em 2022 (quando o ex-ministro foi eleito deputado federal) e disse que ele tem espaço para ser candidato, se desejar, em qualquer lugar do Brasil.

“Ele tem história, experiência. Pode buscar isso. O brasileiro gosta de destruir os seus líderes. Eu gosto de cultivá-los. Essa é uma prática minha. Quando eu chego em Washington e vejo aquelas autoridades americanas, líderes, com todas aquelas estátuas enormes e chego no Brasil e não vejo nada para Juscelino Kubitschek, que para mim foi o maior estadista que esse País já teve, causa uma certa estranheza de ver que realmente o Brasil não realça as suas lideranças. Eu faço questão de realçar a trajetória do Iris, do Maguito. Eu faço questão de realçar as pessoas que contribuíram com o nosso Estado. Eu não me omito em enaltecer as pessoas que construíram pelo Estado”, disse o governador.

Meirelles lançou o livro “Calma Sob Pressão: O que aprendi comandando o Banco de Boston, o Banco Central e o Ministério da Fazenda”.

Caiado modula tom sobre anistia após revelação de trama golpista

Ataque à democracia

GALERIA RAFAEL LARA

<img attr-cid="policy:1.3201323" attr-version="policy:1.3201323:1732053600" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3201323/WhatsApp Image 2024-11-19 at 18.37.51.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Advogado Rafael Lara Martins, de 43 anos ganha eleições com 80,31% dos votos válidos (Cristiano Borges)

Rafael Lara Martins foi reeleito presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seção Goiás (OAB-GO) no triênio 2025 a 2027, nesta terça-feira (19). Ele recebeu 17.397 votos, o que representa 80,31% dos votos válidos. Pela primeira vez, o grupo <a href="https://opopular.com.br/cidades/advogados-escolher-o-novos-dirigentes-da-oab-go-pela-primeira-vez-em-votac-o-on-line-1.3198694" target="_blank">elegeu seus dirigentes de forma online</a>.&nbsp;

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Três chapas concorreram neste pleito. O grupo de Rafael Lara esteve inscrito sob a chapa um “O Compromisso Continua”. A chapa dois, nomeada “Coragem pra Mudar”, foi liderada por Bruno Aurélio Rodrigues. A chapa 3 “Pela Ordem”, é representada por Pedro Augusto Miranda de Almeida.&nbsp;

O candidato de oposição&nbsp;Bruno Aurélio&nbsp;recebeu 2.981 votos - 13,76% dos votos válidos, sendo seguido por Pedro Augusto&nbsp;com 1.284 votos (5,93%).&nbsp;

Dos 27.572 eleitores habilitados, votaram 22.790, o que representa 82,66% dos advogados aptos, sendo 752 votos presenciais e o restante online.

Além da diretoria da instituição, as eleições escolheram os membros dos Conselhos Seccional e Federal, diretoria da Caixa de Assistência dos Advogados e as diretorias das Subseções para o triênio 2025-2027 e cada chapa completa inclui 142 nomes.

<div attr-cid="policy:1.3201319" attr-version="policy:1.3201319:1732053447" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3201319" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3201319', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3201319">GALERIA RAFAEL LARA (1.3201319)</a></div>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/troca-de-ataques-marca-reta-final-de-disputa-na-oab-go-1.3200009" target="_blank">Troca de ataques marca reta final de disputa na OAB-GO</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/advogados-escolher-o-novos-dirigentes-da-oab-go-pela-primeira-vez-em-votac-o-on-line-1.3198694" target="_blank">Advogados escolherão novos dirigentes da OAB-GO pela primeira vez em votação on-line</a></div>

<h2>Quem é Rafael Lara&nbsp;</h2>

Rafael Lara Martins, 43 anos, atual presidente da OAB-GO, é doutor em Direitos Humanos (UFG) e mestre em Direito das Relações Sociais e Trabalhistas (UDF). Tem especializações em Direito do Trabalho, Direito Civil e Direito Processual Civil. Foi Conselheiro Federal da OAB entre 2019-2021 e diretor-geral da Escola Superior de Advocacia da OAB-GO. Ele é casado e tem um casal de filhos.

<h2>Independência política&nbsp;</h2>

O POPULAR mostrou que o principal debate da campanha, iniciada com registro das chapas, 30 dias antes do dia da votação, gira em torno da histórica <a href="http://opopular.com.br/politica/troca-de-ataques-marca-reta-final-de-disputa-na-oab-go-1.3200009" target="_blank">cobrança por independência política</a> da instituição. A pauta é levantada pelos dois opositores, que inferem relação de "subserviência" da atual direção em relação ao governo estadual e, pessoalmente, ao governador Ronaldo Caiado (UB).&nbsp;

A partir das críticas, Bruno Pena e Pedro Miranda apontam que o suposto relacionamento, que é negado por Rafael Lara, teria gerado omissão da instituição na cobrança por pautas consideradas prioritárias para a advocacia. Entre as demandas, citam principalmente o atraso nos pagamentos dos advogados dativos pelo governo e a alegada falta de articulação política para o aumento do piso salarial e redução das custas judiciárias.&nbsp;

Três chapas concorrem neste pleito. O grupo de Rafael Lara, atual presidente da Ordem, está inscrito sob a chapa “O Compromisso Continua”. A chapa dois, nomeada “Coragem pra Mudar”, é liderada por Bruno Aurélio Rodrigues. Por fim, a chapa 3 “Pela Ordem”, é liderada por Pedro Augusto Miranda de Almeida.&nbsp;