<div attr-cid="policy:1.1703456" attr-version="policy:1.1703456" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.1703456" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.1703456', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.1703456">Imagem (1.1703456)</a></div>Atualizada às 8h04 de 11/01/2019O governador Ronaldo Caiado anunciou na noite desta quinta-feira (10) o nome do novo controlador-geral de Goiás. Henrique Ziller, ex-controlador-geral do Distrito Federal (DF), assumirá o cargo na Controladoria Geral do Estado (CGE). O nome foi anunciado em reunião com sindicalistas da segurança e do Sindifisco.Ziller é formado em Comunicação Social e mestre em Administração Pública pela Universidade de Brasília. Em 2015 assumiu o cargo de controlador-geral do DF. Ele é auditor de controle externo do Tribunal de Contas da União e seu nome foi sugestão do presidente do TCU, ministro José Múcio, ex-deputado federal.O auditor disputou as eleições para deputado distrital em 2018 pelo PSB. Caiado teve reunião com ele na lista de compromissos em Brasília na quarta-feira. Eles conversaram na liderança do DEM no Senado.<div attr-cid="policy:1.1703457" attr-version="policy:1.1703457" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.1703457" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.1703457', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.1703457">Imagem (1.1703457)</a></div>

Caiado anuncia Henrique Ziller na Controladoria Geral

Política

Política - título

Assine - Offers Target - 2

Matéria - Política

WEBSTORY COMISSIONADOS

Cargos no governo

O governo de Goiás alcançou, em 2024 - ano de eleição municipal -, o maior patamar de comissionados desde que Ronaldo Caiado (UB) assumiu o Executivo, em 2019. Ao longo deste ano, a quantidade de funcionários com este tipo de vínculo se manteve na casa de 6 mil, com o pico de 6.697 de julho, e despesa de R$ 39,5 milhões. Os dados são do Portal da Transparência do estado.

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 85, 128); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; outline: 0px; outline-offset: -2px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a>

Em janeiro de 2019, o estado tinha 6.170 <a href="https://opopular.com.br/politica/camara-de-goiania-quer-criar-160-cargos-comissionados-e-18-func-es-1.3210278" target="_blank">comissionados</a>. Houve corte no mês seguinte e o número caiu para 3.799 (diferença de 2.371). No entanto, em dezembro daquele ano, a administração já registrava 5.202 comissionados. O aumento nos exercícios seguintes foi gradual. A folha de pagamento do estado alcançou 6.180 comissionados novamente em março de 2023.

Em novembro deste ano, o Executivo registrou 6.669 comissionados, número que representou 7% dos servidores ativos. A legislação atual (publicada em 2023) determina que o governo pode ter até 8.426 comissionados, ou seja, atualmente a administração tem 79% dos espaços ocupados.

<div attr-cid="policy:1.3215007" attr-version="policy:1.3215007:1735559909" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3215007" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3215007', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3215007">WEBSTORY COMISSIONADOS (1.3215007)</a></div>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/camara-de-goiania-quer-criar-160-cargos-comissionados-e-18-func-es-1.3210278" target="_blank">Câmara de Goiânia quer criar 160 cargos comissionados e 18 funções</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/vereadores-querem-mais-cargos-e-verba-indenizatoria-de-r-15-5-mil-1.3209856" target="_blank">Vereadores querem mais cargos e verba indenizatória de R$ 15,5 mil</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/vereadores-alteram-regimento-interno-e-confirmam-verba-indenizatoria-1.3214249" target="_blank">Vereadores alteram regimento interno e confirmam verba indenizatória</a></div>

A maior parcela atual dos contratados do estado são efetivos, 59,2 mil, que custaram R$ 698 milhões. A folha completa do estado, incluindo ativos, inativos e pensionistas, registrou 167 mil servidores em 15 categorias, com custo de R$ 1,5 bilhão.

Os cargos comissionados são de livre nomeação, sem necessidade de concurso ou processo seletivo para serem ocupados. De acordo com a Lei nº 21.792, que trata sobre a organização administrativa básica do Executivo estadual, estes espaços destinam-se a funções de direção, chefia e assessoramento. A norma afirma que, além do vínculo de confiança com o superior hierárquico imediato, a escolha para a ocupação de cargo comissionado deve considerar a qualificação técnica e experiência profissional.

A gestão anterior, do PSDB, teve oscilações na contratação de comissionados. Em 2016 (ano de eleição municipal), o quadro de servidores registrou cerca de 7 mil funcionários com este vínculo por mês. No ano seguinte, o patamar ficou, em geral, entre 5 mil e 6 mil. Já em 2018, quando José Eliton (hoje no PSB) se candidatou à reeleição, a quantidade de comissionados ficou entre 6,7 mil e 6,9 mil por mês.

<h2>Justificativa</h2>

Em nota, a Secretaria de Estado da Administração (Sead) informou que, de janeiro de 2019 a novembro de 2024, o estado perdeu mais de 7 mil servidores efetivos, especialmente por causa de aposentadorias. Segundo a pasta, este número já considera as reposições por concursos públicos realizados no período.

A Sead apontou que a Administração foi a área do governo que mais demandou contratação de comissionados, 20% do total, para suprir atendimentos em 75 unidades do Vapt-Vupt em 60 municípios.

Em seguida, está o Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran), para o serviço prestado pelas Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretrans) no interior, com 11%. A Polícia Civil demandou 8% das contratações, para atender, segundo a Sead, especialmente os Institutos de Identificação e delegacias no interior do estado.

A Administração informou que a despesa com comissionados também foi impactada pela Lei nº 21.250, de 2022, que concedeu a data-base aos servidores efetivos, beneficiando também os <a href="https://opopular.com.br/politica/vereadores-querem-mais-cargos-e-verba-indenizatoria-de-r-15-5-mil-1.3209856" target="_blank">cargos em comissão</a> com a revisão anual (não ocorria em gestões anteriores, mas, segundo a Sead, já era prática adotada por outros Poderes).

O secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, argumentou que o aumento na quantidade de comissionados nos últimos anos tem relação com maior equilíbrio financeiro do estado. O auxiliar apontou que, em 2019, o cenário era de crise fiscal, e 2020 e 2021 foram diretamente atingidos pela pandemia.

“Em 2022, é quando começamos a colocar o nariz para fora d’água, mas ainda com dificuldade. Em 2023 e, principalmente, em 2024, é quando estamos com uma estrutura de capacidade de entrega, por ter o estado equilibrado fiscalmente e por nós termos um programa de gestão em que temos controle preciso do que é necessário ser feito. Esses incrementos de pessoal vêm atender justamente essas prioridades que foram definidas”, afirmou Rocha Lima.

O auxiliar refutou qualquer relação do aumento de comissionados com o período eleitoral. Segundo ele, indicações políticas acontecem, mas, após validação de currículo, em regra estipulada por Caiado, independentemente do nível do cargo.

<h3>Geral</h3>

A folha de pagamento é uma das principais despesas do estado de Goiás. Dados do Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO) em Foco, publicado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), mostram que Goiás aplicou 54% da receita total com pessoal até o 4º bimestre deste ano. Na composição da despesa, 28% foram aplicados com custeio (gastos com a manutenção da máquina pública). No período, o governo aplicou 5% da receita total em investimentos e 3% no pagamento de serviço da dívida.

Até o 4º bimestre de 2023, o patamar de despesa com pessoal era um pouco maior, 56% da receita total. O porcentual de gasto com custeio e investimentos se repetiu em 28% e 5%, respectivamente. Já a aplicação de recursos para o pagamento de serviço da dívida foi de 2%. A STN é um órgão federal ligado ao Ministério da Fazenda. Os números do relatório são divulgados de acordo com os documentos encaminhados pelo governo estadual.

<div attr-cid="policy:1.3214978" attr-version="policy:1.3214978:1735521247" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3214978" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3214978', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3214978">Cargos no governo (1.3214978)</a></div>

Estado alcança maior patamar de comissionados

Gestão Caiado

Por suspeita de sobrepreço de R$ 62,5 milhões, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO) determinou, em medida cautelar esta semana, a suspensão de processo licitatório da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) para aquisição de aduelas para o programa Goiás em Movimento Eixo Pontes - lançado pelo governador Ronaldo Caiado (UB) em fevereiro. A licitação, realizada em dezembro do ano passado, teve cinco lotes com valor total de cerca de R$ 270 milhões.

No rol de agentes públicos relacionados às supostas irregularidades constatadas pelo tribunal estão quatro dos seis servidores - incluindo dois diretores - da Goinfra exonerados esta semana, e o presidente do órgão, Lucas Alberto Vissotto Júnior. Ao POPULAR, o presidente negou que a saída dos auxiliares tenha a ver com a decisão do TCE-GO, mas admitiu que a exoneração de parte deles está relacionada ao contrato com a Prime Construções, mostrado pela reportagem na terça-feira (9).

Vissotto diz que vai repactuar os valores da licitação das aduelas com as empresas vencedoras. “O TCE-GO é um grande parceiro da Goinfra neste processo e estamos atuando em conjunto para sanear as questões apontadas”, afirmou (leia na página 5).

A cautelar, determinada pelo conselheiro Kennedy Trindade no dia 8, teve como base relatório de unidade técnica do tribunal, que aponta “irregularidades percebidas na formação dos preços de referência, sem correspondência entre os itens pesquisados e os pretendidos na contratação”. A medida será submetida ao pleno do TCE-GO na próxima semana, em julgamento virtual de segunda (15) a quinta-feira (18), que pode confirmar ou não o prosseguimento da suspensão.

Em 27 de fevereiro, o governador promoveu evento para lançar o programa de troca de pontes de madeira por aduelas (estruturas pré-fabricadas de concreto) em todo o Estado. A licitação teve como objeto o fornecimento de 44.280 metros de aduela pré-moldada de concreto armado e teve o resultado total de R$ 269,6 milhões, praticamente o mesmo preço estimado do edital, de R$ 271,8 milhões.

O POPULAR teve acesso à instrução técnica do Serviço de Fiscalização de Licitações e Projetos de Engenharia do TCE-GO que motivou a cautelar e foi concluída em 5 de abril. O documento afirma que “foram constatadas diversas irregularidades na formação dos preços de referência”, que vão desde os valores das estruturas em si a serviços de transporte.

Ao contestar os preços, a unidade técnica diz ter usado como referência o Sistema de Custos Referenciais de Obras (Sicro), criado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Em alguns casos, o valor individual da aduela com o custo de transporte chegou a 40% a mais na licitação em relação ao valor estimado pelo tribunal.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/n-o-tinha-como-adivinhar-valores-reais-diz-presidente-da-goinfra-1.3127728" style="font-size: 12px;">“Não tinha como adivinhar valores reais”, diz presidente da Goinfra</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/goinfra-instaura-processos-para-apurar-indicios-de-superfaturamento-em-contrato-1.3127118" style="font-size: 12px;">Goinfra instaura processos para apurar "indícios de superfaturamento" em contrato</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/em-meio-a-investigac-o-caiado-exonera-diretores-da-goinfra-1.3126677" style="font-size: 12px;">Em meio a investigação, Caiado exonera diretores da Goinfra</a></div>

O relatório fala ainda em “fragilidade na estimativa realizada por intermédio da pesquisa de preços deficiente, visto não haver correspondência entre os itens pesquisados e os pretendidos na pretensa contratação”.

“As irregularidades percebidas na pesquisa de preços constituem grave inobservância do dever de cuidado e zelo com a coisa pública, com ausência de juízo crítico em relação aos valores obtidos, sem correspondência razoável dos objetos utilizados com o deste certame, posto tratar-se de itens dissemelhantes nas especificações e/ou na modelagem dos serviços, com inclusão irregular dos custos de carga, descarga, transporte e, até mesmo, de assentamento das aduelas, configurando a presença de erro grosseiro e desvirtuando a finalidade do procedimento, ensejando risco de contratação antieconômica, cabendo responsabilização de quem lhe tenha dado causa”, conclui a inspeção.

A unidade técnica do tribunal também considerou indevida a designação da Diretoria de Gestão Integrada como responsável pelo processo, por solicitação da Diretoria de Manutenção. Os titulares das duas diretorias, Thiago Carim Bucker e Adriano Mendes Ribeiro, entraram na lista de exonerações desta semana.

O relatório apontou ainda falhas nas responsabilidades de gerentes e gestores do processo, cujas funções teriam relação com o objeto da licitação. “Infere-se a possibilidade das graves irregularidades observadas serem consequência da deficiente gestão por competências e pela inobservância de requisitos para indicação dos agentes públicos responsáveis pelo desempenho das funções essenciais a este certame.”

Além dos dois diretores, são citados como responsáveis no relatório da unidade técnica o agora ex-gerente de Apoio Administrativo e Logístico Vítor Angrisani Berquó Ramalhão; e a ex-líder de Área ou Projeto Thayana Torres Avelar Nasser da Veiga.

O documento cita que Thayana foi designada gestora e, ao mesmo tempo, ajudou a elaborar estudo técnico preliminar, pesquisa de preços, justificativa e termo de referência, entre outros documentos do edital. “O que vai de encontro às boas práticas administrativas e ao princípio da segregação de funções”, diz a unidade técnica.

Venceram a licitação as empresas Artsul - Indústria e Comércio de Pré-Moldados Cruzeiro do Sul Ltda. e Moldi Indústria e Comércio de Artefatos de Cimento Ltda. A primeira ficou com quatro lotes, ao total de R$ 221,6 milhões, e a Moldi, com um ao preço de R$ 47,98 milhões.

Procurado, o TCE-GO afirmou nesta sexta-feira (12) que, “como se trata de matéria ainda não apreciada no pleno, o gabinete do conselheiro (Kennedy Trindade) não irá se manifestar” sobre a suspensão do processo licitatório.

Contrato

O POPULAR mostrou que também <a href="https://opopular.com.br/politica/em-meio-a-investigac-o-caiado-exonera-diretores-da-goinfra-1.3126677" target="_blank">está em investigação</a>, na Polícia Civil e na Controladoria Geral do Estado (CGE), contrato de R$ 28 milhões da Goinfra com a Prime Construções para manutenção predial. Há suspeita de superfaturamento e pagamentos indevidos.

O contrato foi cancelado na quinta-feira pela Goinfra, que também instaurou processos administrativos contra a empresa e contra três dos servidores exonerados.

TCE-GO suspende licitação por suspeita de sobrepreço

Goinfra

O presidente da Associação Goiana do Ministério Público (AGMP), Benedito Torres, informou durante o período em que ele estava à frente da procuradoria-geral de Justiça de Goiás, período em que Ronaldo Caiado (UB) não era governador do estado, os promotores tinham mais "liberdade para expressar os seus direitos e pensamentos com relação a todas as situações" vividas no dia a dia, aém de tomada de decisões.&nbsp;

A declaração do ex-procurador-geral de Justiça ocorreu após ser questionado pela jornalista Cileide Alves, durante a live “Chega pra Cá" desta segunda-feira (20), em relação ao <a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/cnj-devolve-cargo-a-desembargador-que-criticou-a-pm-1.3081884" target="_blank">afastamento do desembargador Adriano Roberto Linhares Camargo</a>, após o mesmo sugerir o fim da Polícia Militar (PM).&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/tribunal-esta-se-deixando-influenciar-pelo-governador-diz-fiore-1.3081753" target="_blank">‘Tribunal está se deixando influenciar pelo governador’, diz Fiore</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/afastamento-de-desembargador-que-criticou-pm-n-o-tem-sentido-e-e-contra-o-estado-democratico-de-direito-diz-advogado-1.3081516" target="_blank">‘Afastamento de desembargador que criticou PM não tem sentido e é contra o Estado Democrático de Direito’, diz advogado</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/cnj-aponta-duvidas-sobre-isenc-o-do-tj-go-em-processo-1.3082084" target="_blank">CNJ aponta dúvidas sobre isenção do TJ-GO em processo</a></div>

O procurador ainda afirmou não poder emitir uma opinião em relação à decisão do Conselho Especial do Tribunal de Justiça sob alegação de que o mesmo é associado. Entretanto, Torres afirmou que durante o período em que esteve à frente do cargo (2011-2013), os procuradores tinham mais liberdade de expressão.

<cite>Eu vejo que existia liberdade maior. A questão da liberdade para se expressar, antes parecia que os colegas tinham mais liberdade para expressar os seus direitos, os pensamentos com relação a todas as situações que nós vivenciamos no dia a dia”, relembrou.</cite>

Ao ser questionado sobre o discurso do governador Ronaldo Caiado (UB) de que “os poderes em Goiás andam de mãos dadas”, o procurador apontou que considera que todos devem ter uma aproximação, que ele chamou de "republicana”, mas que as instituições devem viver “isoladamente".

<cite>Tem que ser independente, autônoma para tomar as decisões. A base da democracia está justamente nisso. Cada um cumprindo a sua missão e assim o resultado é muito bom para a democracia e para o estado democrático de direito.&nbsp; Eu vejo que tem que caminhar neste sentido’, opinou.</cite>

A jornalista Cileide Alves ainda pediu a avaliação do procurador sobre uma possível influência do poder executivo nas ações do Ministério Público e Judiciário goiano. Entretanto, o mesmo não quis se pronunciar, mas pontuou como, segundo ele, deve agir um procurador-geral de Justiça.&nbsp;

“O procurador-geral de Justiça tem que estar mais próximo ao procurador e manter aquele relacionamento verdadeiro e republicano com as chefias do Executivo, Legislativo ou Judiciário. Deve ser desta forma. para que não tenha dúvidas em relação a essas questões, para que não seja chamado de ‘subserviente’, ‘secretaria do executivo’ e outras coisas mais."&nbsp;

Procurado pela reportagem, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) rebateu as afirmações. "Ao contrário do expressado pelo presidente da Associação, membras e membros têm ampla liberdade de expressão com relação à atuação do Ministério Público e na busca de seus direitos, atuando com total independência no cumprimento dos deveres funcionais. O Ministério Público goza de plena autonomia e independência em relação aos demais poderes e instituições. No âmbito interno, a Procuradoria-Geral de Justiça preza pelos valores democráticos, pela transparência e pelo diálogo constante com todas e todos os integrantes da instituição", informou em nota enviada ao POPULAR.

<h2>Remuneração</h2>

Ainda na oportunidade, Torres comentou sobre a falta de simetria de salários e benefícios entre o Tribunal de Justiça (TJ) e o Ministério Público (MP) e afirma que essa é uma das pautas da AGMP, que também afirmou que a equivalência é garantida na Constituição Federal.&nbsp;

“A estrutura do Ministério Público está muito defasada em relação ao judiciário. Se você perguntar para todo promotor, todo procurador vai te dizer isso. E existe uma Constituição Federal, no artigo 129, 4º parágrafo, que fala sobre a simetria. No que couber à magistratura, cabe ao Ministério Público e o que cabe ao Ministério cabe à magistratura”, afirmou.&nbsp;

Ainda conforme o ex-procurador-geral de Justiça, a falta de simetria de remuneração tem feito com que promotores busquem outras instituições, até mesmo, em outros estados.&nbsp;

“No último concurso, dos 44 que passaram, hoje existem 31. Ou seja, 13 deles já saíram do MP. Isso significa que estamos perdendo quadro para magistratura e para outros ministérios públicos onde o salário está mais atraente do que aqui’, contou.&nbsp;

Assista a entrevista completa:

<iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/TuXLhvyrWWo?si=FPtWoLfVXKdYLb_z" title="YouTube video player" width="560"></iframe>

MP antes de Caiado tinha mais liberdade de decisões, diz Benedito

ENTREVISTA 

O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) afirmou em entrevista durante o programa&nbsp;Chega pra Cá&nbsp;que o governador Ronaldo Caiado (UB) deixará um rombo fiscal no estado. O tucano atribuiu o montante a possíveis dívidas do estado não pagas pelo chefe do executivo em função do acordo de adesão ao regime de recuperação fiscal (RRF), em janeiro de 2022.

<cite>Eu tenho alertado desde o início, que o rombo fiscal que este governo Caiado vai deixar pra frente vai ser o maior calote da história de Goiás”, declarou Marconi Perillo.&nbsp;</cite>

Durante a live Chega pra Cá desta terça-feira (31), com a jornalista Cileide Alves, Marconi disse ainda que durante os anos em que ele esteve no comando do Palácio das Esmeraldas (1999-2003, 2003-2006 e 2011-2018) as dívidas foram pagas em dia, o que, diz, não acontece na atual gestão.&nbsp;

"Nós fomos diminuindo o comprometimento com a receita. Pagamos uma dívida de quase quatro anos e dois anos e o que acontece hoje é que esta dívida está sendo acumulada. Não está sendo paga”, afirmou Marconi.&nbsp;

Ainda em relação às despesas públicas, o ex-governador afirma que Caiado contratou um amigo, sem licitação, para a construção do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora).&nbsp;

“Hoje parece normal para as pessoas que um governante contratante, sem licitação, e entregue a um amigo a construção e [aquisição de] equipamentos de manutenção de uma construção de R$ 2,4 bilhões”, disse Marconi. Ele se referia ao presidente da Fundação Pio II, Henrique Prata, que o governador disse ser seu amigo há 30 anos. A fundação foi contratada pelo governo para construir, implantar, mobiliar e fazer a gestão do Cora.

O tucano também criticou a ação de Caiado ao articular a aquisição da Enel D pela Equatorial. “Ele pegou a única companhia viável do estado [a Celg FT] e vendeu só a transmissão por R$ 2 bilhões. Por que ele não comprou a Celg D? Ao contrário, foi atrás da Equatorial e colocou a filha dele para defender a Equatorial na área jurídica”, concluiu Marconi.&nbsp;

<h2>Eleições municipais</h2>

Como presidente do PSDB, Marconi garantiu que a sigla terá um nome para disputar a Prefeitura de Goiânia nas eleições municipais de 2024. Entre os cotados para representar o partido ele disse que estão na lista o jornalista Matheus Ribeiro, a vereadora Aava Santiago e o ex-vice-prefeito de Goiânia Valdivino de Oliveira.&nbsp;

Ao ser questionado pela jornalista Cileide Alves sobre a possibilidade de Ronaldo Caiado indicar o ex-prefeito de Trindade Jânio Darrot (MDB) para disputar a gestão da capital, Marconi acredita que a atitude deve causar um descontentamento na base aliada ao governo. Darrot foi prefeito pelo PSDB e presidente do diretório e aderiu ao governo de Caiado depois que deixou a prefeitura, em 2021.

“Como ele vai explicar para o Bruno Peixoto (UB), presidente da Assembleia Legislativa que ele vai trair ele? Será que ele vai dizer para o Bruno Peixoto que vai fazer com ele o mesmo que fez com o [ex-deputado] Lissauer [Vieira]?", declarou Marconi. Aliado fiel do governador, Bruno Peixoto quer ser o candidato da base aliada em Goiânia.

O tucano ainda afirmou que este deve ser um motivo com o qual Caiado deve se preocupar, já que a base aliada dele aguarda seu apoio para o pleito.

<h2>Posicionamento</h2>

Em resposta às acusações do ex-governador Marconi Perillo, o secretário de Governo, Lucas Vergílio, enviou uma nota ao POPULAR em que afirma que o estado “saiu da condição de mal pagador e retomou a credibilidade perante órgãos de controle, fornecedores e organismos internacionais. Hoje está superavitário”.

<h2>Confira a nota na íntegra:</h2>

Rombo é o que Marconi deixou em todas suas passagens pelo governo do Estado, com folha do funcionalismo em atraso, um enorme portfólio de obras inacabadas, empresas públicas dilapidadas e escândalos de corrupção. Acomodado em São Paulo, para onde foi embora há mais de cinco anos, Marconi se dedica nas horas vagas a criar intrigas e espalhar desinformação, o que lhe coloca num papel menor no cenário político estadual. Acho que Marconi deveria fazer uma autorreflexão e compreender que não é com esta postura agressiva e fantasiosa que ele vai reconquistar o respeito dos goianos.

O governo de Goiás saiu da condição de mal pagador e retomou a credibilidade perante órgãos de controle, fornecedores e organismos internacionais. Hoje está superavitário e com as contas no azul, mesmo tendo ampliado os investimentos na área social, na regionalização da saúde, construindo hospitais que realmente funcionam (e não só carcaças), contratado mais de 1,2 mil professores efetivos, 200 técnico-administrativos e mais de 1,1 mil agentes para as forças de segurança somente este ano. Conquistas que exigiram muito esforço e seriedade. Tudo para superar os rombos que Marconi deixou como herança para os goianos.

Lucas Vergílio – Secretário Estadual de Governo