Rubens Salomão

O governador Ronaldo Caiado (UB) comemorou nesta terça-feira (02) a oficialização do desembarque da federação União Progressista do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A composição de União Brasil e Progressistas anunciou a decisão de exigir a renúncia de cargos na administração por parte de filiados às duas siglas, sob pena de perderem funções de direção partidária e punições disciplinares.

A definição já era defendida pelo governador, que antecipou a deliberação interna nas últimas duas semanas. A expectativa do goiano, no entanto, era de que o anúncio ocorresse já na convenção da federação, em 19 de agosto, o que não ocorreu. “É claramente isso o que eu tenho lutado durante todos esses meses. Político não tem como ter pé em duas canoas e tem que ter posição na vida”, apontou.

Em vídeo gravado logo após a divulgação de nota aos integrantes da federação, Caiado afirmou que a decisão “fortalece o partido”. “Agora o partido tem identidade clara e um norte. Está unido, federado com o PP, com o único objetivo de derrotar o PT em 2026 e poder governar o país com muita tranquilidade e com a estrutura que tem hoje na Câmara, no Senado Federal, nos estados e também nos municípios”, apontou.

A federação determinou que integrantes dos partidos deixem os cargos no governo Lula, em anúncio conjunto do presidente do UB, Antonio Rueda, e do presidente do PP, senador Ciro Nogueira. Os dois dirigentes acertaram os detalhes do comunicado depois de conversa com os ministros do Turismo, Celso Sabino (União-PA), e do Esporte, André Fufuca (PP-MA).

Até então, os ministros defendiam a permanência por mais tempo nos postos, mas os comandantes das legendas consideraram a situação insustentável. A punição para quem continuar no governo pode chegar à expulsão das respectivas siglas.

Caiado tem apontado que o desembarque é passo importante no processo de estruturação de projeto próprio da federação na disputa pela Presidência da República em 2026. “Parabéns pela ação do nosso partido em Brasília e amanhã estaremos juntos no encontro da executiva nacional. Parabéns a todos e esse é o caminho. Vamos em diante derrotar o PT em 2026”, finalizou o governador em vídeo postado nas redes sociais. A reunião que reforça o desembarque foi marcada para às 10h desta quarta-feira (03), em Brasília.

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<a href="https://opopular.com.br/politica/goias-continua-em-8-do-pais-em-competitividade-1.3307147" target="_self">Goiás continua em 8º do País em competitividade</a></div>

Questionados sobre o prazo para que as renúncias aos cargos no governo sejam feitas, o presidente do União Brasil afirmou que o prazo está “dado como hoje”. Já Ciro Nogueira afirmou à imprensa em Brasília que dependerá do “bom senso” de cada um.

A determinação dos partidos não inclui os ministros do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e das Comunicações, Frederico Siqueira, que são considerados parte da cota do União Brasil. Os dois devem ser poupados nas mudanças porque não são filiados aos partidos atualmente, apesar de serem apadrinhados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (UB-AP). Rueda e Nogueira não comentaram a situação do presidente da Caixa, Carlos Vieira, que é indicado do ex-presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL).

Pré-campanha

Caiado cumpriu agenda política em Belo Horizonte (MG) ao longo desta terça-feira (02) e reforçou o discurso da sua pré-candidatura, principalmente focado na segurança pública, em encontros com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), deputados estaduais, empresários e prefeitos mineiros. O dia foi iniciado em café da manhã com Zema, que também se apresenta como possível pré-candidato à presidente pelo grupo de centro-direita.

Os dois tiveram reunião na Cidade Administrativa Presidente Tancredo de Almeida Neves, sede do governo de Minas Gerais. “Prazer muito grande receber o governador Caiado, que tem feito uma gestão muito bem avaliada em Goiás. Trocamos muitas ideias boas”, afirmou Zema. “O que nós queremos é isso, que o Brasil dê certo, porque Goiás e Minas nós já provamos que estão avançando”, disse o governador.

Caiado reforçou o tom de propaganda de pré-campanha: “Sabemos governar. Se Deus quiser nós vamos dar conta de mostrar isso para o Brasil”, afirmou. 
 
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Além de Zema e Caiado, a centro-direita estrutura reorganização em projeto alternativo ao clã do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em grupo que envolve total de 12 governadores e seis partidos políticos. Os envolvidos inauguraram a articulação em meados de agosto, em jantar na casa de Rueda, em Brasília. Os integrantes, no entanto, ainda não tomaram decisão sobre eventual unificação das pré-candidaturas ou o lançamento de múltiplos nomes no primeiro turno.

“Nós dois já lançamos. Eu no dia 4 de abril e o Zema poucos dias atrás. Eu acredito que nós teremos em torno de quatro pré-candidatos, em princípio, o que é normal no primeiro turno porque não se concentra candidaturas no primeiro turno”, defendeu Caiado.

“O grande problema nosso é que não somos conhecidos no Brasil todo. Outro problema é enfrentar a máquina do governo federal com um candidato só tendo 14 meses pela frente. Já imaginou a máquina de destruir do governo do PT? Eles têm essa capacidade destrutiva com o uso não republicano da máquina pública”, reforçou.

O governador também teve reuniões na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, proferiu palestra no evento Conexão Empresarial e visitou a Associação Mineira dos Municípios (AMM). Em entrevista coletiva, Caiado evitou tecer críticas mais diretas ao Supremo Tribunal Federal (STF), que iniciou o julgamento de Bolsonaro e outros réus acusados de planejar um golpe após a derrota eleitoral em 2022.

“A discussão deve ser feita. O problema todo é que, neste momento, o ex-presidente da República deveria ser julgado pelo pleno do Supremo Tribunal Federal”, afirmou. “O que cabe a nós, cidadãos, é aguardarmos essa decisão que virá do julgamento que começou. Quanto ao futuro deste assunto, isso será um momento de debate no cenário político para as eleições de 2026, onde essa matéria estará na pauta de como nós queremos a partir de agora pacificar o Brasil”, disse o goiano antes de retomar a defesa por “anistia ampla, geral e irrestrita”.

Caiado celebra desembarque e indica 'identidade' da federação

Política

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Matéria - Política

Eleições 2026

O presidente nacional do Avante, deputado federal Luis Tibé, garantiu que o partido poderia abrigar a pré-candidatura do governador Ronaldo Caiado à Presidência da República, caso o projeto não encontre viabilidade na federação União Progressista, formada por UB e PP. Mesmo antes da oficialização da união entre as duas siglas, Caiado assumiu o desafio de aumentar o nível de conhecimento, com a meta de alcançar ao menos 10% das intenções de voto para confirmar a candidatura pela federação.Luis Tibé respondeu ao POPULAR antes de participar de reunião para estruturação das chapas da legenda para deputado estadual e federal em Goiás. O encontro foi realizado na sala da presidência da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Questionado, o deputado federal admitiu a possibilidade de filiação de Caiado, apesar de o assunto ainda não ter sido tratado diretamente.“A gente tem uma relação até de amizade. Ele é muito amigo nosso. A gente nunca conversou sobre essa possibilidade de ele vir para o Avante, mas é claro que é uma figura muito representante nacionalmente e seria muito interessante para o partido. Enfim, a gente está aberto ao diálogo”, afirmou. “O partido aqui em Goiás tem uma relação muito próxima com o Caiado. Independente de ele vir disputar pelo partido, não tem possibilidade de o Avante no estado não estar com ele”, completou o dirigente.Apesar de cogitar ser abrigo ao projeto presidencial de Caiado, o Avante mantém articulações em Brasília para compor a base de apoio à provável candidatura à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Luis Tibé considerou que o partido não tem caminho traçado para o posicionamento nacional na próxima eleição e apontou que cada estado tem uma preferência que deverá ser considerada no próximo ano.“As candidaturas majoritárias não estão definidas ainda. A gente está vendo que as eleições estão sendo muito antecipadas e vamos dialogar internamente e achar o melhor caminho. Obviamente, isso vai depender muito dos estados. O partido tem doutrina de que a maioria define. Então, os estados vão sentar lá na frente”, apontou.Tibé cita nomes lançados na pré-campanha, como Caiado e os governadores do Paraná, Ratinho Júnior, e de São Paulo, Tarcisio de Freitas. “Ou até se o Bolsonaro disputa mesmo preso. Então, o cenário está muito indefinido para a gente ter uma definição, principalmente para o Avante que, provavelmente, não terá uma candidatura majoritária. A gente tem que ver as candidaturas cristalizarem para o partido decidir o melhor caminho”, analisou.Chapa localO presidente nacional do Avante também reforçou o convite para a filiação do presidente da Alego, Bruno Peixoto (UB), para a composição da chapa a deputado federal da sigla em 2026. Apesar da presidência estadual ser exercida pelo vereador de Goiânia, Thialu Guiotti, o comando sobre os rumos e articulações da legenda segue sob influência direta do deputado estadual, que ainda considera outras alternativas de filiação, como o PRD.Questionado pelo POPULAR, Peixoto aponta que a decisão sobre nova filiação só deverá ser tomada no período próximo à janela eleitoral, entre março e abril de 2026. “Sim, depende da montagem de chapas, mas nós vamos aguardar para anunciar no momento oportuno. O Avante terá todo o meu apoio e vou ajudar alguns candidatos a deputado federal”, afirmou o presidente da Alego.

Avante se oferece para abrigar projeto presidencial

Ranking de competitividade dos estados

Goiás manteve a mesma posição (8º lugar) do ano passado no Ranking de Competitividade do Estados de 2025, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), com registro de melhora nas colocações nas áreas de segurança e solidez fiscal e piora em potencial de mercado, sustentabilidade ambiental e educação.

O ranking avalia dez indicadores em raio-x da gestão pública. A melhor posição de Goiás é no item eficiência da máquina, em que fica em 4º lugar no País. A pior é em inovação, em que aparece na 24ª colocação, entre os quatro piores do Brasil.

Em nota, o governo estadual afirmou que há “outros indicadores mais efetivos e relevantes” que apontam “resultados expressivos” da gestão. Na sexta-feira (29), o governo havia divulgado release comemorando o item de solidez fiscal do ranking do CLP.

A pontuação geral de Goiás é 58,9. São Paulo, primeira colocada no ranking, tem 81 pontos, seguida por Santa Catarina, com 79,6. Na Região Centro-Oeste, Goiás está atrás apenas do Distrito Federal, que é 4º colocado. Mato Grosso do Sul e Mato Grosso ocupam, respectivamente, 9º e 10º lugares no ranking geral.

O maior avanço de Goiás na comparação com o ano passado foi na segurança pública, em que melhorou seis posições. No entanto, não aparece entre os 10 primeiros colocados, o que contrapõe o discurso recorrente do governo de que a segurança do Estado é a melhor do Brasil.

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Em novembro do ano passado, o POPULAR mostrou que, no ranking de 2024, Goiás havia caído duas posições e aparecia em 17º colocado em segurança do País. De 2022 para 2023 houve queda de seis posições (de 9ª para 15ª).

O setor tem o maior peso para a composição das notas no relatório anual do CLP. A entidade afirma que trata-se do “serviço público que melhor expressa o funcionamento das instituições do Estado, visto que a construção da ordem e a proteção aos direitos individuais ao longo de toda história se mostraram essenciais para a construção de um ordenamento virtuoso para o desenvolvimento”.

Ainda na comparação com 2024, Goiás caiu três posições no item potencial de mercado. Neste pilar, o levantamento considera o tamanho do Produto Interno Bruto (PIB), a dinâmica de crescimento nos últimos 4 anos e o crescimento potencial da força de trabalho nos dez próximos anos. Ainda entram na conta indicadores relacionados ao mercado de crédito. 
 
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“Naturalmente, o tamanho da economia do Estado é uma das variáveis levadas em consideração na decisão de localização de investimentos das empresas, favorecendo a competitividade das maiores unidades da federação”, justifica a entidade.

Na educação, a queda foi de duas posições e o Estado aparece em 10º lugar no País. O relatório leva em conta resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), de programas estaduais de avaliação da educação básica, taxa de frequência e atendimento no ensino infantil.

Na nota de resposta da Secretaria Estadual de Comunicação (Secom), o governo diz que o ranking do CLP considera responsabilidades compartilhadas entre União, municípios e os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, e não deve ser interpretado como avaliação exclusiva da gestão estadual.

O governo goiano afirma que “Goiás tem a melhor educação do Brasil, ao ter alcançado o 1º lugar no Ideb 2024, e o 2º lugar no ranking nacional de alfabetização infantil, conforme dados divulgados pelo Ministério da Educação (MEC)”. Ressaltou que o ranking também avalia as redes de educação dos municípios e privada.

Outro lado

Quanto ao levantamento na segurança, a Secom aponta índices de redução (52,1% desde 2019) de homicídios indicados no Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025. Já sobre meio ambiente, em que houve queda de duas posições, a gestão alega que o desmatamento em Goiás caiu 72% em 2024 na comparação com 2023, segundo dados do Mapbiomas.

O governo estadual também rebate a posição de lanterna na área de inovação alegando que foi o primeiro do País a aprovar uma legislação específica para inteligência artificial. Diz ainda que houve investimentos de R$ 689,7 milhões em ciência, tecnologia e inovação, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapeg), de 2019 a 2024.

“Goiás abriga ainda o Centro de Excelência em Inteligência Artificial (Ceia/UFG), o maior da América Latina, com mais de 400 pesquisadores e R$ 300 milhões já captados com apoio do governo de Goiás. Nesse período, também foi criado o Hub Goiás, o primeiro centro público de excelência em empreendedorismo inovador do Centro-Oeste, consolidando o estado como referência nacional no setor”, completa.

Quanto à área de infraestrutura, em que Goiás aparece em 13º lugar, com queda de uma posição, o governo estadual alega que os resultados refletem custos de energia elétrica, voos comerciais e outras ações que são reguladas pela União.

“O ranking ainda não contempla o maior ciclo de investimentos da história promovida pelo governo do Estado: em 2025, são R$ 3 bilhões em rodovias e R$ 5,8 bilhões em saneamento até 2033, garantindo competitividade e qualidade de vida no longo prazo”, diz.

Na área social, em que também houve queda de uma posição (11ª no ranking), a gestão afirma que o Estado registrou em 2023 a menor taxa de pobreza de sua história (1,3% da população), o segundo melhor índice do país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados de 2024 ainda não foram divulgados.

A Secom finaliza a nota afirmando que “para além de todos os dados e índices apresentados, há o mais importante: a aprovação que o povo goiano faz da atual gestão estadual, resultado este sim, incontestável”. A menção é à pesquisa Genial/Quaest, divulgada em 22 de agosto, que mostra o governador Ronaldo Caiado com 88% de aprovação.

<div attr-cid="policy:1.3307149" attr-version="policy:1.3307149:1756777909" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3307149" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3307149', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3307149">Ranking de competitividade dos estados (1.3307149)</a></div>

Goiás continua em 8º do País em competitividade

Gestão pública

Integrantes do PL e do PSDB apontam diálogo para o lançamento de duas candidaturas ao Palácio das Esmeraldas, de direita e centro-direita, pela oposição, com abertura de espaço para união em um eventual segundo turno contra o vice-governador Daniel Vilela (MDB). A estratégia é a mesma que o governador Ronaldo Caiado (UB) defende para a corrida presidencial como a melhor alternativa para derrotar o presidente Lula (PT). 

Presidente do PSDB em Goiás, o deputado estadual Gustavo Sebba é um dos defensores do movimento. Ele cita a dificuldade de união do ex-governador Marconi Perillo (PSDB) e do senador Wilder Morais (PL) no primeiro turno de 2026, mas trata uma aliança na etapa seguinte como um caminho natural. 

“É difícil eu falar em nome do partido porque esse assunto não foi debatido (oficialmente), mas é uma coisa que eu tenho defendido internamente e várias pessoas também. Tanto o PSDB quanto o PL fazem oposição ao governo estadual e ao governo federal. É possível essa união”, defende.

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<h2>Soma</h2>

O deputado estadual Eduardo Prado (PL) também defende a tese. “No primeiro turno, a saída de Wilder e Marconi pode ser estratégica em relação a Daniel Vilela. O governo perde com isso. E aí eles se juntam no segundo turno. O Wilder pega um eleitorado que o Marconi não pega. E o Marconi pega um eleitorado que o Wilder não pega.”

<h2>Meta</h2>

Entre os palacianos mais otimistas, há a expectativa de que Daniel possa vencer no primeiro turno, repetindo os feitos de Caiado nas duas últimas eleições.

<h2>Agora vai?</h2>

A cúpula nacional do União Brasil deve se reunir na quarta-feira (3), para debater o desembarque do governo Lula.

<h2>Em cima</h2>

O governador Ronaldo Caiado ampliou a pressão a colegas de partido pelo desembarque. “Não dá mais para conviver com essa situação desmoralizante”, disse ele ao Radar, da Veja.

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Maria fumaça? - Caminhão que faz varrição mecanizada apresenta defeito nas ruas de Goiânia. (Wildes Barbosa / O Popular)

<h2>Quase lá</h2>

O presidente da Assembleia Legislativa, Bruno Peixoto, está cada vez mais próximo de se filiar ao PRD, que anunciou federação com o Solidariedade. O chefe do Legislativo goiano manteve, por bastante tempo, preferência pelo Avante. No entanto, passou a pesar o receio de aliança do partido, presidido em Goiás pelo vereador Thialu Guiotti com o PT.

<h2>Depende</h2>

Uma das possibilidades estudadas na Câmara de Goiânia para o porcentual de remanejamento orçamentário que o prefeito Sandro Mabel (UB) terá em 2026 é a de criar índices diferentes, a depender da área. E, claro, com redução em relação aos 50% previstos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) enviada pela Prefeitura.

<h2>Humor</h2>

Conforme a coluna mostrou no fim de semana, o relator da LDO na Comissão Mista é o vereador oposicionista Lucas Vergílio (MDB), que foi alvo de ataques de Mabel na semana passada.

<h2>Pergunta para:</h2>

Sandro Mabel, prefeito de Goiânia

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Sandro Mabel (Divulgação)

Igor Franco diz que o sr. advoga para o Limpa Gyn. Como avalia?

Diferente do que falou Igor Franco, eu não sou advogado de empresa. Sou advogado da população de Goiânia contra pessoas que não querem entender que o prefeito mudou. E que as práticas antigas que ele estava acostumado, e prejudicavam a população, eu não deixarei acontecer, doa a quem doer.

<h2>Arremate:</h2>

Dia de Jackson - O convidado do Jackson Abrão Entrevista desta segunda-feira (1º) é o presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg), Rubens Fileti. O programa tem transmissão ao vivo a partir das 10 horas.

Pauta-&nbsp;Fileti e Jackson conversarão sobre a segunda edição da Feira Internacional de Comércio Exterior do Brasil Central (Ficomex), que começa na quinta-feira (4). Outro tema será o tarifaço de Donald Trump.

Dose dupla -&nbsp;A Câmara de Goiânia realizará, respectivamente, nesta segunda e na terça-feira (2), sessões especiais em homenagem “aos destaques da maçonaria” e “à fraternidade feminina da maçonaria”.

Oposição pode reproduzir em Goiás estratégia que Caiado defende nacionalmente

Opinião

Matéria - Coluna Giro

Coluna Giro

Investimentos do PAC em Goiás

De 840 ações e obras previstas para Goiás no período 2023-2026, por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), 250 foram concluídas. O número representa 30% do total. Além disso, 25% estão em execução e outras 45% ainda não começaram (18% estão em licitação e 27% em fase preparatória). Os dados são da Casa Civil da Presidência da República. O resultado é registrado a pouco mais de um ano do período eleitoral, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve disputar a reeleição.

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A lista tem diferentes tipos de obras, como de rodovias, pontes, escolas, quadras em escolas, ampliação da estrutura de universidades, unidades de saúde, manutenção e restauração de rodoviárias. Também entram no PAC a compra de ônibus, ambulâncias e equipamento multimídia para teleconsulta, por exemplo.

Os projetos são executados em parcerias da União com governo estadual, prefeituras e o setor privado, mas também há possibilidade de o governo federal ser o único responsável. Existem ainda casos de empreendimentos que envolvem diferentes unidades da federação ou municípios, como obras em rodovias, revitalização de bacias hidrográficas e estudos sobre prevenção a desastres.

De acordo com a Casa Civil, para o período de 2023 a 2026, o investimento total previsto pelo Novo PAC em Goiás é de R$ 30,9 bilhões, sendo R$ 4,5 bilhões do Orçamento Geral da União (OGU) e R$ 14,5 bilhões de investimentos privados. Os outros quase R$ 12 bilhões são de financiamentos, estatais, fundos setoriais e contrapartidas de estados e municípios.

Segundo o órgão federal, até abril de 2025 foram executados R$ 26,1 bilhões do Novo PAC em Goiás (considerando todas as fontes de recursos). O valor representa 84,4% do previsto até 2026. Do recurso da União, foi empenhado R$ 1,95 bilhão. Outros R$ 923,8 milhões foram liquidados e R$ 1,16 bilhão foi pago (somando o exercício de 2025 e os restos a pagar). A Casa Civil afirmou que os valores reais podem ser maiores, pois os citados não consideram iniciativas de abrangência nacional.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/planalto-segura-verba-pedida-por-ministerio-dos-transportes-para-religar-radares-nas-estradas-federais-1.3301730" target="_blank">Planalto segura verba pedida por Ministério dos Transportes para religar radares nas estradas federais</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/subestac-o-de-empresa-chinesa-vai-reforcar-oferta-de-energia-em-goias-1.3282998" target="_blank">Subestação de empresa chinesa vai reforçar oferta de energia em Goiás</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/flexibilizac-o-de-licenciamento-ambiental-vira-prioridade-para-ruralistas-1.3267452" target="_blank">Flexibilização de licenciamento ambiental vira prioridade para ruralistas</a></div>

A reportagem questionou a pasta sobre a diferença de 30% de obras e ações concluídas e a execução de 84,4% do investimento previsto. A Casa Civil explicou que existem recursos considerados executados em todas as etapas, da ação preparatória à conclusão, ou seja, pode haver liberação de verba para etapas de estudos, projetos e análises, além do próprio andamento da obra.

<div attr-cid="policy:1.3306697" attr-version="policy:1.3306697:1756691918" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3306697" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3306697', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3306697">Investimentos do PAC em Goiás (1.3306697)</a></div>

Goiânia

Existem 52 empreendimentos do Novo PAC de forma específica para Goiânia. Destes, 13 são de responsabilidade da União e um é da iniciativa privada. Na lista, existem sete de parceria com o estado de Goiás e 31 com a Prefeitura. Quanto ao andamento das obras e ações, 11 já foram concluídas, 10 estão sendo executadas, 10 estão em fase de licitação e 21 estão em estágio preparatório. Existem outros 11 itens em que Goiânia é apenas uma entre as cidades envolvidas.

Uma das obras da capital é o Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Jardim Real, localizado no bairro que leva o mesmo nome. A informação foi confirmada pela Secretaria Municipal de Educação de Goiânia (SME). A obra começou em 2014 e está parada desde 2019, após abandono por parte da empresa contratada. A pasta informou que, na época, instaurou um procedimento para apuração de responsabilidade e aplicação de penalidades previstas em contrato.

Ainda de acordo com a SME, a obra está em fase de novo procedimento licitatório, que será conduzido pela Secretaria Municipal de Administração. A repactuação dentro do Novo PAC ocorreu em 2025. O valor estimado para a conclusão da obra, conforme dados da SME, é de R$ 3,8 milhões, sendo R$ 2,9 milhões do Tesouro Municipal e R$ 830 mil de recursos federais.

A SME afirmou que está adotando todas as providências para garantir a retomada da construção. A entrega da obra está prevista para o segundo semestre de 2026.

Trindade tem 10 obras na lista do Novo PAC. Quatro estão concluídas e os estágios de execução, licitação e ação preparatória têm duas, cada. O prefeito Marden Júnior (UB) afirmou que as duas obras em execução são das unidades básicas de saúde que estão sendo construídas no Residencial Marise e no Setor Maysa. O custo total deve ser de cerca de R$ 3 milhões.

Atualmente, as obras estão em fase inicial, de terraplanagem, que, segundo Marden, faz parte da contrapartida da prefeitura. “O caminho foi simples e objetivo: ter os projetos e encaminhar para os ministérios para fazer adesão das obras de necessidade do município”, afirmou.

O prefeito disse que há histórico na cidade de obras que demoraram mais que o esperado para ficar prontas por causa de bloqueio e cortes no PAC. Marden afirmou que este tipo de situação ocorre em cenário de transição do governo federal, em que uma nova gestão decide revisar as ações da administração anterior.

Trindade também tem uma escola que deve ser construída com parte do recursos do PAC, mas o projeto ainda está em fase de licitação. Segundo dados da Casa Civil, existe outra unidade de educação que está em fase preparatória.

Estado

Na lista de ações e obras, existem 120 itens de parceria entre o governo de Goiás e a União. Entre elas, 20 foram concluídas, 10 estão em execução e 90 ainda estão em fase burocrática (licitação e estágio inicial de preparação). Entre os itens concluídos estão oito escolas de Ensino Fundamental e 12 quadras e/ou cobertura de quadra.

Entre as ações que estão em estágio preparatório está a construção do BRT de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. O empreendimento foi apresentado pelo governador Ronaldo Caiado (UB) a Lula em 2023, como um dos itens estratégicos para o estado, ao lado do Complexo Oncológico de Referência (Cora) e do projeto de fruticultura do Vão do Paranã e não fazem parte do PAC.

Em nota, o governo de Goiás criticou o fato de 90 obras e ações ainda não terem saído do papel, entre elas o BRT. A administração afirmou que as intervenções que avançaram são de pequeno porte e não têm impacto estruturante no estado.

Quanto aos projetos prioritários, o estado afirmou que o programa de fruticultura do Vão do Paranã avança apenas com recursos estaduais e que o Cora não recebeu recursos da União. O governo federal já afirmou que, no caso do Cora, o dinheiro não foi repassado por causa do modelo de contratação. A Fundação Pio XII foi selecionada sem licitação para construir o hospital, ato que já foi questionado no Tribunal de Contas de Goiás (TCE-GO), mas teve representação arquivada.

O governo estadual também apontou falta de recursos federais na segurança pública, saúde e transporte público. Para a gestão, os dados demonstram que a execução das ações federais em Goiás “é limitada” e “não atende às necessidades da população”. Caiado é pré-candidato a presidente da República em 2026 e tem endurecido o discurso de oposição a Lula.

O Novo PAC foi estruturado em 2023 e, segundo a Casa Civil, os resultados podem ser vistos em diferentes setores, com a entrega de equipamentos, contratação de mais de 1,6 milhão de unidades do Minha Casa, Minha Vida, entre outros. A pasta afirmou que o programa colabora para avanços em diferentes áreas, como inclusão digital, moradia, segurança hídrica, desenvolvimento sustentável e modernização da indústria.

“O programa faz o Brasil crescer, gerar empregos, criar mecanismos suficientes para o desenvolvimento sustentável, destravar a economia, impulsionar e aprofundar a relação entre Estado e mercado”, disse a Casa Civil. A pasta ligada à Presidência ainda destacou a relevância das consultas diretas aos governos estaduais e municipais e aos movimentos sociais.